Superação de dormência de sementes de umbuzeiro em função da idade e diferentes concentrações de ácido giberélico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31339Palavras-chave:
Spondias tuberosa; Germinação; Giberelina; Armazenamento de sementes.Resumo
A superação da dormência de sementes de umbuzeiro é importante para viabilizar a produção de mudas em larga escala, visando a reabilitação de áreas em seu habitat natural e a formação de pomares comerciais, tendo em vista o potencial econômico desta espécie nativa do nordeste brasileiro. O presente trabalho teve como objetivo estudar o efeito do armazenamento e de diferentes concentrações de ácido giberélico (GA3) na superação da dormência em sementes de umbuzeiro. Os experimentos foram conduzidos em laboratório e casa de vegetação na Universidade Estadual de Goiás, Unidade da Universidade Ipameri, a partir de agosto de 2018. O delineamento experimental utilizado para os experimentos de laboratório foi inteiramente casualizado, com parcelas de 50 sementes, enquanto em casa de vegetação foi em blocos casualizados, com parcelas de 32 sementes. Os tratamentos foram dispostos em fatorial 2 x 5, constituídos por sementes de duas safras 2017 e 2018, e cinco concentrações de GA3 (0, 250, 500, 750 e 1000 mg L-1). Avaliou-se a porcentagem final de germinação, índice de velocidade de germinação e tempo médio de germinação, teor de umidade e condutividade elétrica das sementes em condições de laboratório. Em casa de vegetação, avaliou-se a porcentagem final de emergência, índice de velocidade de emergência e tempo médio de emergência. O teor relativo de água das sementes recém-colhidas obteve média superior. Por outro lado, a condutividade elétrica não diferiu estatisticamente em relação aos diferentes tempos de armazenamento das sementes de umbuzeiro. Sementes recém-colhidas tiveram melhor desempenho do que as armazenadas, enquanto que a concentração de 1000 mg L-1 de GA3 destacou-se na superação da dormência de sementes de umbuzeiro.
Referências
Araújo, F. P. de & Oliveira, V. R. de. (2008). Produção de mudas de algumas espécies do gênero Spondias: uma alternativa na diversificação da fruticultura de sequeiro. In IE Lederman , JS Lira Júnior , JS Silva Júnior (Eds.), Spondias no Brasil: umbu, cajá e espécies afins (p.108-116). Pernambuco, Recife: IPA: UFRPE.
Barros, R. T., Martins, C. C., Pereira, F. E. C. B., & Silva, G. Z. da. (2018). Conditioning in the promotion and uniformization of Umbu seed germination. Revista Brasileira de Fruticultura, 40(1), 1–9. DOI: 10.1590/0100-29452018109
Binotti, F. F. da S., Haga, K. I., Cardoso, E. D., Alves, C. Z., Sá, M. E. de, & Arf, O. (2008). Efeito do período de envelhecimento acelerado no teste de condutividade elétrica e na qualidade fisiológica de sementes de feijão. Acta Scientiarum. Agronomy, 30(2), 247–254. DOI: 10.1590/S1807-86212008000200014
Brasil. (2009). Regras para análise de sementes (399p.). Brasília, DF: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária.
Brito Neto, J. F., Lacerda, J., Pereira, W. E., Albuquerqe, R., Costa, A., & Santos, D. (2009). Emergência de plântulas e características morfológicas de sementes e plantas de umbuzeiro. Engenharia Ambiental: Pesquisa e Tecnologia, 6(2), 224-230.
Campos, L. F. C., Abreu, C. M. de, Guimarães, R. N., & Seleguini, A. (2015). Escarificação e ácido giberélico na emergência e crescimento de plântulas de biribá. Ciência Rural, 45(10), 1748–1754. DOI: 10.1590/0103-8478cr20140249
Cardoso, M. R. D., Marcuzzo, F. F. N., & Barros, J. R. (2014). Classificação climática de Köppen-Geiger para o estado de Goiás e o Distrito Federal. Acta Geográfica, 8(16), 40–55. DOI: 10.5654/actageo2014.0004.0016
Cavalcanti, N. de B., Resende, G. M., & Drumond, M. A. (2006). Dormancy period of imbuzeiro seeds. Revista Caatinga, 19(2), 135–139.
Colocar espaço entre uma referência e outra. Lembre-se que usamos a norma APA.
Coimbra, R. de A., Martins, C. C., Tomaz, C. de A., & Nakagawa, J. (2009). Testes de vigor utilizados na avaliação da qualidade fisiológica de lotes de sementes de milho-doce (sh2). Ciência Rural, 39(9), 2402–2408. DOI: 10.1590/S0103-84782009000900004
Delazeri, P., Garlet, J., & Souza, G. F. (2016). Teste de Condutividade Elétrica em Lotes de Sementes de Schinus molle L. Floresta e Ambiente, 23(3), 413–417. DOI: 10.1590/2179-8087.142615
Ferreira, D. F. (2011). Sisvar: A computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, 35(6), 1039–1042. DOI: 10.1590/S1413-70542011000600001
Hartmann, H. T; Kester, D. E; Geneve, R. L. (2011). Plant propagation: principles and practices (8nd ed.). São Paulo: Prentice-Hall.
Lavagnini, C. G., Di Carne, C. A. V., Correa, F., Henrique, F., Tokumo, L. E., Silva, M. H., & Santos, P. C. S. (2014). Fisiologia Vegetal—Hormônio Giberelina. Revista Científica Eletrônica de Agronomia, 25(1), 48–52.
Lopes, P. S. N., Magalhães, H. M., Gomes, J. G., Brandão Júnior, D. da S., & Araújo, V. D. de. (2009). Superação da dormência de sementes de umbuzeiro (Spondias tuberosa, Arr. Câm.) utilizando diferentes métodos. Revista Brasileira de Fruticultura, 31(3), 872–880. DOI: 10.1590/S0100-29452009000300034
Magalhães, H. M., Gomes, J. G., Lopes, P. S. N., Júnior, D. da S. B., & Fernandes, R. C. (2007). Superação da dormência em sementes de umbuzeiro (Spondias tuberosa, Arr. Câmara) submetidas a diferentes épocas de armazenamento. Revista Brasileira de Agroecologia, 2(2), 1336–1339.
Maguire, J. D. (1962). Speed of Germination—Aid In Selection And Evaluation for Seedling Emergence And Vigor1. Crop Science, 2(2), 176–177. DOI: 10.2135/cropsci1962.0011183X000200020033x
Marcos Filho, J. (2016). Fisiologia de semillas de plantas cultivadas. (2nd ed). Londrina: ABRATES.
Melo, A. P. C. de, Seleguini, A., Castro, M. N., Meira, F. de A., Gonzaga, J. M. da S., & Haga, K. I. (2012). Superação de dormência de sementes e crescimento inicial de plântulas de umbuzeiro. Semina: Ciências Agrárias, 33(4), 1343–1349. DOI: 10.5433/1679-0359.2012v33n4p1343
Mertens, J., Germer, J., Siqueira, J. A., & Sauerborn, J. (2016). Spondias tuberosa Arruda (Anacardiaceae), a threatened tree of the Brazilian Caatinga? Brazilian Journal of Biology, 77(3), 542–552. DOI: 10.1590/1519-6984.18715
Neves, L. C., Tosin, J. M., Benedette, R. M., & Cisneros-Zevallos, L. (2015). Post-harvest nutraceutical behaviour during ripening and senescence of 8 highly perishable fruit species from the Northern Brazilian Amazon region. Food Chemistry, 174, 188–196. DOI: 10.1016/j.foodchem.2014.10.111
Piveta, G., Mieth, A. T., Garcia, F. A. de O., & Muniz, M. de F. B. (2018). Qualidade sanitária e fisiológica de Senna macranthera (DC ex. Collad.) H.S.Irwin & Barneby quando submetida a métodos de superação da dormência. Ciência Florestal, 28(2), 836–844. DOI: 10.5902/1980509832104
Piveta, G., Muniz, M. de F. B., Reiniger, L. R. S., Dutra, C. B., & Pacheco, C. (2014). Qualidade sanitária e fisiológica de sementes de aroeira-preta (Lithraea molleoides) submetidas a métodos de superação de dormência. Ciência Florestal, 24(2), 289–297. DOI: 10.5902/1980509814567
Rego, C. H. Q., Cardoso, F. B., Cotrim, M. F., Cândido, A. C. da S., & Alves, C. Z. (2018). Ácido giberélico auxilia na superação da dormência fisiológica e expressão de vigor das sementes de graviola. Revista de Agricultura Neotropical, 5(3), 83–86. DOI: 10.32404/rean.v5i3.2354
Rocha, A. P., Matos, V. P., Sena, L. H. de M., Pacheco, M. V., & Ferreira, R. L. C. (2018). Métodos para superação da dormência em sementes de Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi. Ciência Florestal, 28(2), 505–514. DOI: 10.5902/1980509832031
Santos, M. B. dos, Cardoso, R. L., Fonseca, A. A. de O., & Conceição, M. do N. (2010). Caracterização e qualidade de frutos de umbu-cajá (Spondias tuberosa X S. mombin) provenientes do Recôncavo Sul da Bahia. Revista Brasileira de Fruticultura, 32(4), 1089–1097. DOI: 10.1590/S0100-2945201100500001
Silva, J. B.; Nakagawa, J. Estudos de fórmulas para cálculo de velocidade de germinação. Informativo ABRATES, 5(1), 62-73.
Silveira, P. F., Maia, S. S. S., & Coelho, M. de F. B. (2011). Atividade alelopática do extrato aquoso de sementes de jurema preta na germinação de alface. Revista de Ciências Agrárias, 54(2), 101–106. DOI: 10.4322/rca.2012.001
Sousa, F. C., Silva, L. M. M., Moreira, I. S., Castro, D. S., Lins, A. D. F., Rocha, A. P. T. & Nunes, E. N. (2016). Características físico-químicas e compostos bioativos de umbú-caja em dois estádios de maturação. Gaia Scientia, 10(4), 57-65. DOI: 10.21707/gs.v10.n04a04
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Anderson Dias Vaz de Souza; Westefann dos Santos Sousa; Nei Peixoto; Muza do Carmo Vieira; Evaldo Alves dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.