Relação entre obesidade e hipertensão arterial sistêmica em crianças e adolescentes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.31466

Palavras-chave:

Hipertensão Arterial Sistêmica; Crianças; Adolescentes; Obesidade; Incidência.

Resumo

A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma condição clínica, a partir da combinação de vários fatores, caracterizada por uma elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Crianças e adolescentes são considerados hipertensos quando a Pressão Arterial Sistólica e/ou Pressão Arterial Diastólica forem superiores ao percentil 95 mmHg. Objetivou-se investigar a relação da obesidade e a hipertensão arterial sistêmica em crianças e adolescentes. Para a coleta de dados realizou-se uma pesquisa nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde por meio dos sites: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Scientific Electronic Library Online, Physiotherapy Evidence Database e National Library of Medicine. Para a pesquisa foram utilizados de forma associada os descritores “hipertensão arterial sistêmica”, “crianças”, “adolescentes”, “incidência”. Os critérios utilizados para seleção dos artigos foram que abordassem o tema proposto, Qualis Periódico de A1 a B3, publicados no período compreendido de janeiro de 2015 a dezembro de 2020, estudos de campo, disponibilizados nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola. Foram analisados 20 estudos dos tipos: observacional de corte transversal, estudo qualitativo e quantitativo, nos quais 8 foram escolhidos, pois possuíam informações sobre o tema do presente estudo. Conclui-se que crianças que apresentam índice de massa corporal mais elevado, tendem a ter uma maior predisposição a hipertensão arterial sistêmica, tal fator está associado a fatores mutáveis como a má alimentação e o sedentarismo.

Biografia do Autor

Ana Mara Ferreira Lima, Universidade Anhembi Morumbi

Graduada em FISIOTERAPIA pela Universidade Estadual do Piauí (2007). DOUTORANDA em Engenharia Biomédica pela Universidade Anhembi Morumbi (SP), MESTRE em BIOENGENHARIA na Universidade Brasil (SP), especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória (HCOR-SP) e Educação e Promoção da Saúde (UnB) e Titulada em Especialista Profissional em Terapia Intensiva pela ASSOBRAFIR. Atualmente é Fisioterapeuta e coordenadora de Fisioterapia do Instituto Tecnológico de Avaliação do Coração (Hospital Itacor), nas UTIs geral e cardiológica e professora adjunta da Cristo Faculdade do Piauí (CHRISFAPI), atuando principalmente nos seguintes temas: ventilação mecânica invasiva e não invasiva, terapia intensiva, fisioterapia pneumológica, reabilitação cardíaca e espectroscopia Raman.

Luma Luar de Pádua Sousa Lopes, Faculdade CET

Possui graduação em Fisioterapia pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI (2013) e atualmente é acadêmica de Medicina. Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva em Adultos (UNICAMP-2015) .Tem experiÊncia na área de Fisioterapia Intensiva e Hospitalar.

Clice Pimentel Cunha de Sousa, Faculdade CET

Possui graduação em ENFERMAGEM pela Faculdade Estácio de São Luis (2014), atualmente é acadêmica de Medicina na Faculdade CET. Mestrado em PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO DE SAÚDE DO ADULTO E DA CRIANÇA. pela Universidade Federal do Maranhão (2018). Pós graduada em Cuidados Intensivos, pela Faculdade Laboro (2017). Atou como enfermeira estagiária da área saúde da mulher do Hospital Universitário Materno Infantil. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem, atuando principalmente nos seguintes temas: testes de papanicolau, esfregaço vaginal, prevalência de incontinência urinária e colo do útero.

Keylla da Conceição Machado, Faculdade CET

Farmacêutica pela Associação de Ensino Superior do Piauí (2018) e Biomédica graduada pela Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí - NOVAFAPI (2012) e Especialista em Citologia Clínica. Mestre em Farmacologia pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), atuando nas seguintes áreas: Sistema Nervoso Central e Genética Toxicológica. Autora e colaboradora de trabalhos científicos na área de Biologia Molecular. Doutora em Biotecnologia (RENORBIO) pela UFPI (2019) com período sanduíche na Bulgarian Academy of Sciences. Professora da faculdade Faculdade de Tecnologia de Teresina. Tem experiência na área de Genética Toxicológica e estudo de modulação de drogas mutagênicas/carcinogênicas e neurotoxicologia estudando principalmente alterações histológicas e neuroquímicas de compostos antioxidantes naturais e sintéticos obtidos de plantas medicinais em modelos animais de depressão, ansiedade e epilepsia. Atua nas seguintes linhas de pesquisas: Avaliação de compostos naturais e sintéticos contra doenças negligenciadas como também na avaliação de dano de DNA e marcadores clínicos e bioquímicos

Referências

Baldelini, H., Hassankhani, A., Naeemi, Z., Hosseinzadeh, S., Mehrabi, S., Pourkarimi, M., Hosseini, S., Nikoukar, P. R., Nezamdoust, R., Rahimi, A., Pourrajabi, A. (2016). Children's prevalence of hypertension and hypertension related to obesity at Urban-old school in Rasht. Iranian Journal of Kidney Diseases. 10(6). http://www.ijkd.org/index.php/ijkd/article/view/2745/877.

Barroso, W. K. S., Rodrigues, C. I. S., Bortolotto, L. A., Mota-Gomes, M. A., Brandão, A. A., Feitosa, A. D. D. M., ... & Nadruz, W. (2021). Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial–2020. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 116, 516-658. https://www.scielo.br/j/abc/a/Z6m5gGNQCvrW3WLV7csqbqh/?lang=pt.

Botelho, L. L. R., de Almeida Cunha, C. C., & Macedo, M. (2011). O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e sociedade, 5(11), 121-136. https://doi.org/10.21171/ges.v5i11.1220.

Brasil. (2020). Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2019: Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis, Brasília, 2020. https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/27/vigitel-brasil2019-vigilancia-fatores-risco.pdf.

Cordeiro, J. P., Dalmaso, S. B., Anceschi, S. A., Sá, F. G. D. S. D., Ferreira, L. G., Cunha, M. R. H. D., ... & Lima-Leopoldo, A. P. (2016). Hipertensão em estudantes da rede pública de Vitória/ES: influência do sobrepeso e obesidade. Revista brasileira de Medicina do Esporte, 22, 59-65. https://www.scielo.br/pdf/rbme/v22n1/1517-8692-rbme-22-01-00059.pdf.

Ferreira, S. D., Carballo, F. P., Sousa, F. F. D., & Silva, D. M. R. D. (2015). Prevalência e fatores associados ao sobrepeso/obesidade e à hipertensão arterial sistêmica em crianças da rede privada de ensino de Divinópolis/MG. Cadernos Saúde Coletiva, 23, 289-297. https://www.scielo.br/pdf/cadsc/v23n3/1414-462X-cadsc-23-3-289.pdf.

Glynn, L. G., Murphy, A. W., Smith, S. M., Schroeder, K., & Fahey, T. (2010). Interventions used to improve control of blood pressure in patients with hypertension. Cochrane database of systematic reviews, (3). https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD005182.pub4/epdf/full.

Guimarães, I. C. B., Almeida, A. M. D., Santos, A. S., Barbosa, D. B. V., & Guimarães, A. C. (2008). Blood pressure: effect of body mass index and of waist circumference on adolescents. Arquivos brasileiros de cardiologia, 90, 426-432. http://www.arquivosonline.com.br/english/2008/9006/PDF/i9006007.pdf.

Heleno, P., Emerick, L., Mourão, N., Pereira, D., Santos, I., Oliveira, A. S. D., ... & Lamounier, J. (2017). Systemic arterial hypertension, blood pressure levels and associated factors in schoolchildren. Revista da Associação Médica Brasileira, 63, 869-875. https://www.scielo.br/pdf/ramb/v63n10/0104-4230-ramb-63-10-0869.pdf.

James, P. A., Oparil, S., Carter, B. L., Cushman, W. C., Dennison-Himmelfarb, C., Handler, J., ... & Ortiz, E. (2014). 2014 evidence-based guideline for the management of high blood pressure in adults: report from the panel members appointed to the Eighth Joint National Committee (JNC 8). Jama, 311(5), 507-520. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/1791497.

Laitinen, T. T., Pahkala, K., Magnussen, C. G., Viikari, J. S., Oikonen, M., Taittonen, L., ... & Juonala, M. (2012). Ideal cardiovascular health in childhood and cardiometabolic outcomes in adulthood: the Cardiovascular Risk in Young Finns Study. Circulation, 125(16), 1971-1978. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.111.073585?url_ver=Z39.882003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed.

Malachias, M. V. B. (2016). 7ª Diretriz brasileira de hipertensão arterial: apresentação. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 107, 1-83. http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf.

Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. D. C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & contexto-enfermagem, 17, 758-764. https://www.scielo.br/j/tce/a/XzFkq6tjWs4wHNqNjKJLkXQ.

Muhihi, A. J., Njelekela, M. A., Mpembeni, R. N., Muhihi, B. G., Anaeli, A., Chillo, O., ... & Ngarashi, D. (2018). Elevated blood pressure among primary school children in Dar es salaam, Tanzania: prevalence and risk factors. BMC pediatrics, 18(1), 1-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5809963/pdf/12887_2018_Article_1052.pdf.

Muntner, P., He, J., Cutler, J. A., Wildman, R. P., & Whelton, P. K. (2004). Trends in blood pressure among children and adolescents. Jama, 291(17), 2107-2113. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/10.1001/jama.291.17.2107.

Souza, C. B. D., Dourado, C. D. S., Mill, J. G., Salaroli, L. B., & Molina, M. D. C. B. (2017). Prevalência de hipertensão em crianças de escolas públicas. International Journal of Cardiovascular Sciences, 30, 42-51. http://ijcscardiol.org/ptbr/article/prevalencia-de-hipertensao-em-criancas-de-escolaspublicas/.

Tozo, T. A., Pereira, B. O., Menezes Junior, F. J. D., Montenegro, C. M., Moreira, C. M. M., & Leite, N. (2020). Medidas hipertensivas em escolares: risco da obesidade central e efeito protetor da atividade física moderada-vigorosa. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 115, 42-49. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066782X2020000800042&lng=en&nrm=iso.

Vaneckova, I., Maletinska, L., Behuliak, M., Nagelová, V., Zicha, J., & Kunes, J. (2014). Obesity-related hypertension: possible pathophysiological mechanisms. J endocrinol, 223(3), R63-78. https://joe.bioscientifica.com/view/journals/joe/223/3/R63.xml.

Wang, J., Zhu, Y., Jing, J., Chen, Y., Mai, J., Wong, S. H., ... & Ma, L. (2015). Relationship of BMI to the incidence of hypertension: a 4 years’ cohort study among children in Guangzhou, 2007–2011. BMC Public Health, 15(1), 1-7. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4536743/pdf/12889_2015_Article_1997.pdf.

Wirix, A. J., Nauta, J., Groothoff, J. W., Rabelink, T. J., HiraSing, R. A., Chinapaw, M. J., & Kist-van Holthe, J. E. (2016). Is the prevalence of hypertension in overweight children overestimated?. Archives of disease in childhood, 101(11), 998-1003. https://adc.bmj.com/content/archdischild/101/11/998.full.pdf.

Downloads

Publicado

30/06/2022

Como Citar

LIMA, A. M. F.; LOPES, L. L. de P. S. .; SOUSA, C. P. C. de .; MACHADO, K. da C. Relação entre obesidade e hipertensão arterial sistêmica em crianças e adolescentes . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 8, p. e58711831466, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i8.31466. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31466. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão