Corpo temporal e sexualidade atemporal: um conflito na velhice

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31519

Palavras-chave:

Envelhecimento; Saúde do Idoso; Sexualidade; Psicanálise.

Resumo

Envelhecer implica em alterações no corpo, em contraponto com outros elementos que não se alteram com o tempo, como a sexualidade. Isso acontece pois é possível tomar notas de dois tempos - cronológico e kairológico. O corpo acompanha o ritmo cronológico, e a sexualidade, tomada em seu sentido amplo, não segue uma marcação temporal. Diante deste paradoxo, o objetivo dessa pesquisa foi compreender a dualidade vivenciada na velhice, na qual há um corpo que se altera com o envelhecimento, enquanto o desejo não se modifica. A partir de um estudo teórico, baseado em uma revisão conceitual, o percurso metodológico ocorreu na seguinte ordem: uma breve compreensão filosófica sobre o tempo; uma descrição sobre o corpo no envelhecer; conceituação da sexualidade na velhice; e no último tópico, as ideias apresentadas foram aglutinadas, pensando as diferenças entre os gêneros na vivência da sexualidade na velhice. Foi adotado o referencial psicanalítico como base para a discussão. Com as alterações do corpo masculino e feminino, muitos acreditam que com a ereção mais flácida no homem e uma mulher que iniciou a menopausa, a sexualidade e desejo está fadado ao fim. A pessoa idosa por não ter mais o corpo reconhecido socialmente, vai deixando de ser vista como objeto de desejo. Porém, ser velho é ser desejante, mas a sociedade condena essa perspectiva devido ao tabu de serem assexuais. Assim, muitos idosos acabam reprimindo suas manifestações de prazer por não conseguirem compreender qual seu papel nesta etapa da vida.

Biografia do Autor

Fabiane Petean Soares de Lima, Universidade São Judas Tadeu

Psicóloga graduada pela Universidade São Judas Tadeu (USJT); Especialista em Psicoterapia Psicanalítica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Aprimoramento em Psicossomática Psicanalítica pela UNIFESP; e mestranda em Ciências do Envelhecimento na USJT.

Leny Nunes Louzada Dutra , Universidade São Judas Tadeu

Professora, graduada em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Sociodramatista pelo Instituto Mineiro de Psicodrama de Minas Gerais; Graduanda em Psicologia na Universidade UMA. Mestranda em Ciências do Envelhecimento na Universidade São Judas Tadeu.

Lucas Felix Novaes, Universidade São Judas Tadeu

Psicólogo graduado pela Universidade São Judas Tadeu (USJT).  Atualmente é mestrando em Ciências do Envelhecimento pela USJT e Pós Graduando em Psicologia Clínica e Psicanálise pela PUC-PR.

Isabela Silva Fernandes, Universidade São Judas Tadeu

Psicóloga pela Universidade São Judas Tadeu (USJT), mestranda no Programa de Pós Graduação em Ciências do Envelhecimento da USJT. Possui experiência em Recursos Humanos e Psicologia Clinica em abordagem psicodinâmica.

Guilherme Carlos Brech, Universidade São Judas Tadeu

Fisioterapeuta,  Mestre e Doutor em Ciência pelo programa de Ortopedia e Traumatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMSUP)

Pós-Doc em Ciências do Envelhecimento pela Universidade São Judas Tadeu (USJT).

Pós-Doc em Ciência pelo programa de Ortopedia e Traumatologia pela FMUSP.

Pesquisador do Laboratório do Estudo do Movimento do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP

Professor da Graduação do Curso de Fisioterapia e do Programa Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento pela USJT.

Rodrigo Jorge Salles, Universidade São Judas Tadeu

Psicólogo, Doutor e Mestre em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP/USP). Professor no curso de graduação em Psicologia e no Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu (USJT).

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Publicado

04/07/2022

Como Citar

LIMA, F. P. S. de .; DUTRA , L. N. L. .; NOVAES, L. F. .; FERNANDES, I. S. .; BRECH, G. C. .; SALLES, R. J. . Corpo temporal e sexualidade atemporal: um conflito na velhice . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 9, p. e10811931519, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i9.31519. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31519. Acesso em: 26 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde