Formação e prática docente do pedagogo no ensino de Geografia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31665Palavras-chave:
Ensino de Geografia; Formação do Pedagogo; BNC-FI; Políticas públicas educacionais neoliberais.Resumo
Este artigo tem o objetivo de realizar reflexões acerca da formação inicial de professores dos Cursos de Pedagogia a partir da implementação da Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica- Resolução CNE/CP nº 2/2019, construindo uma parametrização com a Resolução CNE/CP N° 1/2006, esta última, fruto de lutas históricas na área educacional. A construção do problema de pesquisa gira em torno da constituição profissional e dos saberes disciplinares/epistemológicos necessários aos pedagogos para lecionarem a disciplina “Ensino de Geografia”. Nesse sentido, analisa os programas de disciplinas de três instituições públicas do componente de Ensino de Geografia. Para debater acerca do embasamento sobre o Ensino de Geografia, ancora-se em Pontuschka, Paganelli, Cacete (2009). As considerações evidenciam que as implicações, de maneira específica, no Componente Ensino de Geografia, e no geral, na formação pedagógica da(o) Pedagoga(a), trazidas pela BNC-Formação de 2019, pauta-se em uma concepção produtivista de educação que dá prosseguimento ao ideário neoliberal, pautado na epistemologia da prática, o que esvazia os aportes dos conhecimentos socialmente constituídos, além, é claro, do fortalecimento das ideias da escola dualista, da redução do papel do professor a executor de scripts elaborado por terceiros e da culpabilização dos docentes pelos maus resultados dos índices educacionais estandardizados a partir das avaliações/provas em larga escala.
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