Aumento da expectativa de vida e crescimento populacional no Brasil e os impactos no número de pessoas vivendo com doenças crônico-degenerativas: desafios para o manejo da Doença de Alzheimer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i5.31673

Palavras-chave:

Demência; Doença de Alzheimer; Transição demográfica; Incidência; Expectativa de vida; Brasil.

Resumo

A Doença de Alzheimer (DA) e outras demências são doenças crônico-neurodegenerativas que atingem maior incidência na população mais idosa, sendo que estas doenças crônicas não-transmissíveis poderão atingir números alarmantes com o crescimento da população brasileira e o aumento da expectativa de vida, uma vez que nas últimas décadas o aumento exponencial na incidência destas doenças, tais como a DA, tem sido um fenômeno inexorável durante a transição epidemiológica vivenciada no país. De fato, esta transição demográfica tem sido considerada em teorias de ações de saúde no país, contudo, pouco efetivamente tem sido feito na prática, de modo que ainda existem enormes lacunas nas políticas e ações no âmbito da saúde pública que sejam voltadas a suprir as necessidades epidemiológicas locais quanto a atenção voltada a uma complexa rede de atenção em saúde que atenda às expectativas no cuidado com a saúde de populações idosas mais vulneráveis impactadas pelas doenças crônicas não-transmissíveis, visto que este possível aumento implica em um associado aumento na demanda por serviços e que estes devem ser de qualidade, visando o sucesso no manejo dos pacientes, a redução da morbimortalidade e a implementação de qualidade de vida e um envelhecimento mais saudável, com diminuição dos anos de vida perdidos ajustados por incapacitação (AVPAI). Nesta revisão sistemática nós analisamos o caso atual da DA na população brasileira, focando nos aspectos referentes aos impactos da transição demográfica no número de pessoas vivendo com a doença.

Referências

Alzheimer’s Disease International (ADI). (2022). <https://www.alzint.org/resource/numbers-of-people-with-demenetia-worldwide/>.

Amado, D. K., Brucki, S. M. D. (2018). Knowledge about Alzheimer’s disease in the Brazilian population. Arq Neuropsiquiatr. 76(11), 775-782.

Aysegul, U., et al. (2015). Epidemiology of Alzheimer's Disease with the Projection of Falls Among the Aged Population. In: Alzheimer's disease: challenges for the future. IntechOpen. 372 pg.

Barber, R.C. (2012). The Genetics of Alzheimer’s Disease. Scientifica. 2012, Article ID 246210.

Brasil. (1990). Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm>

Centers for Disease Control and Prevention (CDC). (2022). <https://www.cdc.gov/aging/aginginfo/alzheimers.htm>.

da Costa, G. D., et al. (2019). Educação profissional sobre demências na atenção primária à saúde: revisão integrativa. Rev Bras Enferm [Internet]. 72(4), 1144-52.

Feter, N., et al. (2021). Who are the people with Alzheimer’s disease in Brazil? Findings from the Brazilian Longitudinal Study of Aging. Rev Bras Epidemiol. 24, E210018.

GBD. (2018). Burden of disease in Brazil, 1990–2016: a systematic subnational analysis for the Global Burden of Disease Study 2016. Lancet, 392, 760–75.

GBD. (2022). Estimation of the global prevalence of dementia in 2019 and forecasted prevalence in 2050: an analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. Lancet Public Health. 7, e105–25.

Herrera, E., et al. (2002). Epidemiologic Survey of Dementia in a Community-Dwelling Brazilian Population. Alzheimer Disease and Associated Disorders. 16, 103–108.

Ilha, S., et al. (2020). (Geronto)Technologies of care for old people with Alzheimer’s disease and their families: contribution of awareness/training workshops. Rev Bras Geriatr Gerontol. 23(3), e200129.

Leal Cortez, A. C., et al. (2019). Aspectos gerais sobre a transição demográfica e epidemiológica da população brasileira. Enferm Bras. 18(5), 700-9.

Mayeux, R., & Stern, Y. (2012). Epidemiology of Alzheimer Disease. Cold Spring Harb Perspect Med. 2, a006239.

Organização Mundial da Saúde (OMS). (2022). <https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/dementia>.

Page, M. J., et al. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ. 372 (71), 1-9.

Passos, V. M. A., et al. (2020). The burden of disease among Brazilian older adults and the challenge for health policies: results of the Global Burden of Disease Study 2017. Population Health Metrics. 18(Suppl 1), 14.

Reis, C., et al. (2016). desafio do envelhecimento populacional na perspectiva sistêmica da saúde. BNDES Setorial. 44, 87-124.

Sandoval, J. J., et al. (2019). Adjusted mortality rates attributable to Alzheimer’s disease dementia, Brazil, 2009-2013. Cad Saúde Pública. 35(6), e00091918.

Schramm, J. M. A., et al. (2004). Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 9(4), 897-908, 200.

Sims, R., et al. (2020). The multiplex model of the genetics of Alzheimer’s disease. Nat Neurosci. 23, 311–322.

Teixeira, J. B., et al. (2015). Doença de Alzheimer: estudo da mortalidade no Brasil, 2000-2009. Cad Saúde Pública. 31(4), 1-12.

Ximenes, M. A., et al. Doença de Alzheimer: a dependência e o cuidado. Revista Kairós Gerontologia. 17(2), 121-140.

Zissimopoulos, J. M., et al. (2018). The Impact of Changes in Population Health and Mortality on Future Prevalence of Alzheimer’s Disease and Other Dementias in the United States. J Gerontol B Psychol Sci Soc Sci. 73, S38–S47.

Wolters, F. J., et al. (2020). Twenty-seven-year time trends in dementia incidence in Europe and the United States. Neurology. 95, e519-e531.

Downloads

Publicado

24/05/2023

Como Citar

PEREIRA, W. A. . B. .; OLIVEIRA, I. R. de .; WERNER, F. .; SANTOS, L. T. dos .; FURTADO, P. S. .; BRIGAGÃO, R. V. .; MAYER, A. J. S. .; CERDEIRA, C. D. Aumento da expectativa de vida e crescimento populacional no Brasil e os impactos no número de pessoas vivendo com doenças crônico-degenerativas: desafios para o manejo da Doença de Alzheimer. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 5, p. e24112531673, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i5.31673. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31673. Acesso em: 12 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde