O Ensino de Botânica no ensino fundamental: percepções e análise de uma estratégia de ensino
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.3173Palavras-chave:
Percepção; Ensino; Botânica; Ciências; Pedagogia Histórico-Crítica.Resumo
O presente trabalho apresenta os resultados de uma investigação das percepções acerca da Diversidade Vegetal de 26 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública na cidade de Uruguaiana/RS. Os objetivos deste trabalho foram investigar o conhecimento prévio de estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental a respeitos das concepções de ser vivo e de vegetal e propor uma ação pedagógica, que promovesse, coletivamente discussões a respeito do Ensino de Botânica e a ressignificação de conceitos pautada na mediação dos conteúdos. A metodologia utilizada foram os cinco passos da Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval Saviani, e as produções dos investigados, desenhos, entrevistas e atividades caracterizaram-se como objeto de análise, conforme Bardin (2011). Os resultados obtidos evidenciam que o ser humano é quem representa a concepção prévia de ser vivo da maioria dos estudantes, sendo a concepção de vegetais voltada apenas à alimentação. Verificou-se que apesar da Diversidade Vegetal estar muito próxima aos alunos no cotidiano, estes não sabem denominar suas estruturas e funções básicas. Não se constatou um aumento do conhecimento com relação a concepção de vegetais, entretanto houve uma apropriação do conceito de ser vivo muito mais abrangente na prática social final.
Referências
Ausubel, D. P.; Novak, J.D. & Hanesian, H., (1980). Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana.
Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. São Paulo, SP: Edições 70. Tradução: Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro.
Bulgraen, V. C. (2010). O papel do professor e sua mediação nos processos de elaboração do conhecimento. Revista Conteúdo, Capivari, 1 (4), 30-38. Recuperado de http://www.moodle.cpscetec.com.br/capacitacaopos/mstech/pdf/d3/aula04/FOP_d03_a04_t07b.pdf.
Candau, V. M. (2012). Didática: entre saberes, sujeitos e práticas. In: XVI ENDIPE – Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino: UNICAMP/Campinas. Recuperado de http://endipe.pro.br/ebooks-2012/0075m.pdf.
Cavasini, R.; Peterson, R. S. D.; Jacometti, L. A & Breyer, R. F. (2015) Educação ambiental ao ar livre: intervenções em esportes na natureza. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 10 (2), 270-282. Recuperado de http://revbea.emnuvens.com.br/revbea/article/view/4290.
Cornacini, M. R.; Silva da, R. G.; Dornfeld, C. B.& Camargos de, L. S. (2017). Percepção de alunos do ensino fundamental sobre a temática botânica por meio de atividade experimental. Revista Experiências em Ensino de Ciências, 12 (4), 166-184. Recuperado de http://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID375/v12_n4_a2017.pdf.
Costa, M. V. (2011). Material instrucional para ensino de botânica: CD-ROM possibilitador da aprendizagem significativa no ensino médio. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande-MS. Recuperado de https://uerr.edu.br/ppgec/wp-content/uploads/2017/08/DISSERTA%C3%87%C3%83O-2015-Misiara-Neves-dos-Santos.pdf.
Dalfovo, M. S.; Lana, R. A. & Silveira, A. (2008) Métodos quantitativos e qualitativos: um resgate teórico. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, 2 (3), 1-13. Recuperado de http://www.aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/168069/mod_forum/attachment/271244/MONOGRAFIAS%20M%C3%89TODOS%20QUANTITATIVOS%20E%20QUALITATIVOS.pdf.
Duarte, R. (2004). Entrevistas em pesquisas qualitativas. Revista Educar, Scielo. 24, 213. doi: doi.org/10.1590/0104-4060.357.
Fernandes, J. A. B. (2007). Você vê essa adaptação? A aula de campo em ciências entre o retórico e o empírico. São Paulo, 326p. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-14062007-165841/pt-br.php.
Fonseca, T. M. (2008). Ensinar e aprender. Pensando a prática pedagógica. Apostila: Material Didático elaborado como suporte pedagógico ao projeto de intervenção no colégio estadual Major Vespasiano Carneiro De Mello. Ponta Grossa - MG. Recuperado de www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1782-6.pdf.
Freitas, M. (1889). Distinção entre ser vivo e ser inanimado: uma evolução por estádios ou um problema de concepções alternativas? Revista Portuguesa de educação, 2 (1), 33-51. Recuperado de https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/446/1/1989,2(1),33-51(MarioFreitas).pdf.
Gadotti, M. (2007). A Escola e o Professor: Paulo Freire e a paixão de ensinar. 1.ed. São Paulo: Publisher Brasil.
Gasparin, J. L. & Petenucci, M. C. (2014). Pedagogia histórico-crítica: da teoria à prática no contexto escolar. Dia a dia Educação, Paraná, v. 2. Recuperado de http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2289-8.pdf.
Gobetti, V. M. S. & Castro, M. P. (2018). O desenho infantil: um olhar psicopedagógico. Revista de Pós-Graduação Multidisciplinar, São Paulo, 1(4), 37-46. doi 10.22287/rpgm.v1i4.768.
Jotta, P. A. C. V.; Querol, M. V. M. & Pessano, E. F. C. (2015). Percepções de crianças sobre aranhas em diferentes escolas de Uruguaiana. Monografia (Aperfeiçoamento/Especialização em Especialização em Educação em Ciências) - Universidade Federal do Pampa. Recuperado de https://sites.unipampa.edu.br/nupaes/?page_id=189.
Merhy, T. S. M. & Santos, M. G. (2014). Planta ou vegetal? As concepções alternativas dos alunos do ensino fundamental. Revista Experiências em Ensino de Ciências, 9 (2), 104-116. Recuperado de http://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID245/v9_n2_a2014.pdf.
Moreira, M. A. (2012). Mapas conceituais e aprendizagem significativa. Instituto de Física – UFRGS Porto Alegre. Recuperado de http://lief.if.ufrgs.br/pub/cref/pe_Goulart/Material_de_Apoio/Referencial%20Teorico%20-%20Artigos/Mapas%20Conceituais%20e%20Aprendizagem%20Significativa.pdf.
Naves, J. G. P. & Bernardes, M. B. J. (2014). A relação histórica homem/natureza e sua importância no enfrentamento da questão ambiental. Revista Geosul, 29 (57), 7-26. Recuperado de https://periodicos.ufsc.br/index.php/geosul/article/viewFile/30442/27882.
Pillar, A. D. (2012). Desenho e escrita como sistemas de representação. [recurso eletrônico] 2 ed. Porto Alegre.
Raven, P.H.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. (2001). Biologia Vegetal. Editora Guanabara São Paulo.
Salatino, A. & Buckeridge, M. (2016). Mas de que te serve saber botânica? Estudos Avançados, 30 (87), 177. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142016.30870011.
Santos, R. E. & Macedo, G. E. L. (2017). Aprendizagem Significativa de Conceitos Botânicos em uma classe de Jovens e Adultos. Revista Contexto & Educação, 32 (101), 105-124. doi: https://doi.org/10.21527/2179-1309.2017.101.105-124.
Sauvé, L. (2005). Educação ambiental: possibilidades e limitações. Revista Educação e Pesquisa, 31 (2), 317-322. doi: https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000200012.
Saviani, D. (2003). Escola e Democracia. 36. ed. Campinas, SP: Autores Associados.
Saviani, D. (2011). Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 11. Ed. Campinas, SP: Autores Associados.
Silva, J. N. & Ghilardi-Lopes, N. P. (2014). Botânica no Ensino Fundamental: diagnósticos de dificuldades no ensino e da percepção e representação da biodiversidade vegetal por estudantes. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 13 (1), 115-136. Recuperado de https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4734530.
Silva, P. G. P. & Cavassan, O. (2006). Avaliação das aulas práticas de botânica em ecossistemas naturais considerando-se os desenhos dos alunos e os aspectos morfológicos e cognitivos envolvidos. Revista Ciências Humanas (MIMESIS), 27 (2), 33-46. Recuperado de https://secure.unisagrado.edu.br/static/biblioteca/mimesis/mimesis_v27_n2_2006_art_02.pdf.
Trindade, O. S. N.; Júnior, J. C. S. & Teixeira, P. M. M. (2012). Um estudo das representações sociais de estudantes do ensino médio sobre os insetos. Revista Ensaio, 1 (3), 37-50. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/epec/v14n3/1983-2117-epec-14-03-00037.pdf.
Word Clouds. (2018). Nuvem de palavras [recurso eletrônico]. Recuperado em https://www.wordclouds.com/.
Zborowski, C. A.; Conceição, M. S.; Konflanz, T. L. & Pigatto, A. G. S. (2017) Percepção de alunos dos anos iniciais sobre seres vivos. In: XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPEC Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis/SC. Recuperado de http://www.abrapecnet.org.br/enpec/xi-enpec/anais/resumos/R1450-1.pdf.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.