Análise temporal da mortalidade por neoplasia maligna do pâncreas no Brasil e suas regiões no período de 1980 a 2019

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31736

Palavras-chave:

Neoplasias pancreáticas; Mortalidade; Epidemiologia.

Resumo

Objetivou-se analisar a tendência temporal da mortalidade por câncer de pâncreas no Brasil e suas regiões no período de 1980 a 2019. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal sobre mortalidade por câncer de pâncreas no Brasil e suas regiões no período de 1980 a 2019. Foram calculadas as medidas de tendência central das variáveis selecionadas bem como, as taxas padronizadas de mortalidade (TPM). A tendência temporal foi estimada pelo modelo de regressão por JoinPoint. A Taxa Padronizada de Mortalidade (TPM) média no Brasil para o sexo feminino, foi de 5,06 óbitos para 100 mil, (DP=0,91), para o sexo masculino a TPM foi de 6,49 para 100 mil (DP=0,88). No Brasil, houve um padrão de crescimento da taxa padronizada de mortalidade por câncer de pâncreas em ambos os sexos ao longo dos anos (Variação Percentual Anual Média=1,0 e 1,5% masculino e feminino, respectivamente). O Norte apresentou VPAM não significativa indicando tendência estacionária (p>0,05). O Nordeste apresentou crescimento no sexo masculino (VPAM=3,6%) e feminino (VPAM=3%). A região sul apresentou diminuição no sexo masculino (VPAM=-9,5%) e aumento no feminino (VPAM=1,1%). A tendência do Sudeste foi de crescimento no masculino (VPAM=0,3%) e estacionária no feminino (p>0,05). O Centro-oeste apresentou aumento em ambos os sexos (VPAM=1,8%). No presente estudo, verificou-se que o sexo masculino apresentou a maior taxa padronizada de mortalidade por câncer de pâncreas em todo o território brasileiro. Houve tendência de aumento na taxa de óbitos no Brasil, na região Nordeste e no Centro-oeste.

Referências

Ahmad, O. B., Boschi Pinto, C., & Lopez, A. D. (2001). Age Standardization of Rates: A New WHO Standard. GPE Discussion Paper Series: No 31, 10–12.

Albuquerque, F. G. F. (2019). Características sociodemográficas de homens atendidos na Atenção Primária à Saúde. [Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Universidade Federal de Campina Grande]. http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11736

Brasil & Conselho Nacional de Saúde. (2016). Ministério da Saúde. Rresolução no 510, de 7 de Abril de 2016. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2016/res0510_07_04_2016.html

Canto, M. I. (2022). Familial risk factors for pancreatic cancer and screening of high-risk patients. Marcia Irene Canto, MD, MHS. https://www.uptodate.com/contents/familial-risk-factors-for-pancreatic-cancer-and-screening-of-high-risk-patients

Castillo, C. F. (2021). Clinical manifestations, diagnosis, and staging of exocrine pancreatic cancer. UpToDate. https://www.medilib.ir/uptodate/show/2501

Castillo, C. F., & Jimenez, R. E. (2022). Epidemiology and nonfamilial risk factors for exocrine pancreatic cancer. UpToDate. https://www.medilib.ir/uptodate/show/2480

Chielle, E. O., & Kuiava, V. A. (2018). EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE PÂNCREAS NA REGIÃO SUL DO BRASIL: ESTUDO DA BASE DE DADOS DO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (DATASUS). Revista de Atenção à Saúde, 16(56), 32–39. https://doi.org/10.13037/ras.vol16n56.4944

Colditz, G. A. (2020). Overview of cancer prevention—UpToDate. UpToDate. https://www.uptodate.com/contents/overview-of-cancer-prevention?search=electronics%20cigarettes%20pancreas%20cancer&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1

Curtin, L. R., & Klein, R. J. (1995). Direct Standardization (Age-Adjusted Death Rates) (Statistical Notes No 6). National Center for Health Statistics. https://doi.org/10.1037/e584012012-001

Derrickson, B., & Tortora, G. J. (2016). Princípios de anatomia e fisiologia (14a edição). Guanabara Koogan.

Foster, A. D., Sivarapatna, A., & Gress, R. E. (2011). The aging immune system and its relationship with cancer. Aging Health, 7(5), 707–718. https://doi.org/10.2217/ahe.11.56

Govindan, R. (2017). Washington Manual: Oncologia (3a edição). Thieme Revinter.

Ilic, M., & Ilic, I. (2016). Epidemiology of pancreatic cancer. World Journal of Gastroenterology, 22(44), 9694–9705. https://doi.org/10.3748/wjg.v22.i44.9694

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2019). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios—Tabagismo. INCA - Instituto Nacional de Câncer. https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-tabagismo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2021). Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação. IBGE. https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html

Instituto Nacional do Câncer. (2022). Câncer de pâncreas. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pancreas

Kim, H. J., Fay, M. P., Feuer, E. J., & Midthune, D. N. (2000). Permutation tests for joinpoint regression with applications to cancer rates. Statistics in Medicine, 19(3), 335–351. https://doi.org/10.1002/(sici)1097-0258(20000215)19:3<335::aid-sim336>3.0.co;2-z

Levy, D., Almeida, L. M. de, & Szklo, A. (2012). The Brazil SimSmoke Policy Simulation Model: The Effect of Strong Tobacco Control Policies on Smoking Prevalence and Smoking-Attributable Deaths in a Middle Income Nation. PLOS Medicine, 9(11), e1001336. https://doi.org/10.1371/journal.pmed.1001336

Lima-Costa, M. F., & Barreto, S. M. (2003). Tipos de estudos epidemiológicos: Conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 12(4). https://doi.org/10.5123/S1679-49742003000400003

Malta, D. C., Silva, A. G. da, Tonaco, L. A. B., Freitas, M. I. de F., & Velasquez-Melendez, G. (2019). Tendência temporal da prevalência de obesidade mórbida na população adulta brasileira entre os anos de 2006 e 2017. Cadernos de Saúde Pública, 35. https://doi.org/10.1590/0102-311X00223518

Pourshams, A., Sepanlou, S. G., Ikuta, K. S., Bisignano, C., Safiri, S., Roshandel, G., Sharif, M., Khatibian, M., Fitzmaurice, C., Nixon, M. R., Abbasi, N., Afarideh, M., Ahmadian, E., Akinyemiju, T., Alahdab, F., Alam, T.,

Alipour, V., Allen, C. A., Anber, N. H., … Naghavi, M. (2019). The global, regional, and national burden of pancreatic cancer and its attributable risk factors in 195 countries and territories, 1990–2017: A systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017. The Lancet Gastroenterology & Hepatology, 4(12), 934–947. https://doi.org/10.1016/S2468-1253(19)30347-4

Silva, A. P. da, & Pachú, C. O. (2021). O uso de cigarros eletrônicos no Brasil: Uma revisão integrativa. Research, Society and Development, 10(16), e216101623731–e216101623731. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23731

Silva, S. T. da, Martins, M. C., Faria, F. R. de, & Cotta, R. M. M. (2014). Combate ao Tabagismo no Brasil: A importância estratégica das ações governamentais. Ciência & Saúde Coletiva, 19, 539–552. https://doi.org/10.1590/1413-81232014192.19802012

Siqueira, J. H., Santana, N. M. T., Pereira, T. S. S., Moreira, A. D., Benseñor, I. M., Barreto, S. M., Velasquez-

Melendez, G., & Molina, M. del C. B. (2021). Consumo de bebidas alcoólicas e não alcoólicas: Resultados do ELSA-Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 26, 3825–3837. https://doi.org/10.1590/1413-81232021269.2.30682019

Surveillance Research Program. (2022). JoinPoint Regression Program. (4.9.0.1) [Statistical Methodology and Applications Branch].

Xu, J., Sherry, L., Murphy, B. S., Kochanek, D. K., & Arias, E. (2021). Deaths: Final Data for 2019. National Vital Statistics Reports, 70(8), 87.

Downloads

Publicado

04/07/2022

Como Citar

CARVALHO, J. V. de A. .; SANTOS, A. A. de C. .; SALES, A. M. S.; SOUZA, A. K. R. .; GUERRA, G. de S. .; SANTOS, B. V. O. dos .; HORA, M. A. C. .; SOUZA, L. S. .; BATISTA, J. F. C. .; LIMA, S. O. . Análise temporal da mortalidade por neoplasia maligna do pâncreas no Brasil e suas regiões no período de 1980 a 2019. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 9, p. e12311931736, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i9.31736. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31736. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde