Fatores relacionados ao estresse em docentes do ensino superior: uma revisão integrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31982Palavras-chave:
Estresse ocupacional; Docentes; Burnout; Saúde do trabalhador; Esgotamento profissional; Ensino.Resumo
Introdução: O estresse ocupacional decorre da dificuldade do indivíduo em atender as demandas do seu trabalho, causando sofrimento psíquico. Nos docentes, o estresse pode estar relacionado a diversos fatores, que influenciam diretamente na saúde e na qualidade de ensino prestada por esse profissional. Objetivo: realizar uma revisão da literatura sobre os fatores relacionados ao estresse em docentes do ensino superior. Método: Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa baseada na pergunta norteadora “quais os fatores relacionados ao estresse em docentes do ensino superior?”. O levantamento bibliográfico foi realizado nas plataformas Scielo, Medline, LILACS e PubMed, com os descritores “estresse ocupacional/occupational stress/estrés laboral”, “docentes/faculty” e “burnout”. Foram selecionados estudos publicados nos últimos dez anos. Resultados: Foram encontrados ao total 4.875 estudos, que passaram pela primeira etapa de seleção, sendo excluídos 4.809 artigos, por não corresponderem aos objetivos da pesquisa. Dos 66 artigos remanescentes, 54 foram excluídos, seguindo os critérios da segunda etapa de seleção. Assim, a pesquisa contou com uma amostra de 12 artigos. Os principais fatores ligados ao estresse no docente foram idade, tempo de docência, sobrecarga no trabalho, falta de interesse do estudante, e o contexto de mudanças no ensino devido a pandemia. Conclusões: O conhecimento desses fatores é fundamental para docentes e instituições formadoras, que têm um papel essencial na amenização do desenvolvimento e das consequências do estresse. Além disso, pode colaborar para a implantação de estratégias e pontos de apoio ao docente, visando melhorias na saúde desse profissional e na qualidade no ensino.
Referências
Araujo, R. M., Eliseo, M. A., Amato, C. A. H., Silveira, I. S., & Martins, V. F. (2020). COVID-19, Mudanças em Práticas Educacionais e a Percepção de Estresse por Docentes do Ensino Superior no Brasil. Rev. Bras. de Infor. na Educ;28: 864-891.
Arvidsson, I., Håkansson, C., Karlson, B., Björk, J., & Persson, R. (2016). Burnout among Swedish school teachers – a cross-sectional analysis. BMC Public Health;16(823):1-11.
Brasil (2017). Ministério da Educação. Decreto Nº 9.235, de 15 de Dezembro de 2017. Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação superior e dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação no sistema federal de ensino. Brasília.
Cecílio, S., & Reis, B. M. (2016). Trabalho docente na era digital e saúde de professores universitários. Educação: Teoria e Prática;26(52):295-311.
Cerqueira, A. C. D. R., Cardoso, M. V. L. M. L., Viana, T. R. F., & Lopes, M. M. C. O. (2018). Revisão integrativa da literatura: sono em lactentes que frequentam creche. Rev. Bras. Enferm.71(2):453-430.
Cladellas-Pros, R., Castelló-Tarrida, A., & Parrado-Romero, E. (2018). Satisfacción, salud y estrés laboral del profesorado universitario según su situación contractual. Rev. de Salud Pública;20(1):53-59.
Costa, C. R. B., Oliveira, L. B., Maynart, W. H. C., Albuquerque M. C. S., & Correia, D. S. (2018). Percepções de discentes de enfermagem sobre fatores geradores de estresse durante a graduação. Rev. Rene;19(3442):1-9.
Dalagasperina, P., & Monteiro, J. K. (2016). Estresse e docência: um estudo no ensino superior privado. Rev. Subjetividades;16(1):37-51.
Dias, F. M., Santos, J. F. C., Abelha, L., & Lovisi, G. M. (2016). O estresse ocupacional e a síndrome do esgotamento profissional (burnout) em trabalhadores da indústria do petróleo: uma revisão sistemática. Rev. Bras. Saúde Ocup;41(11):1-12.
Ferreira, J. B., Silva, K. R., Souza, A. S., Almeida, C. P., & Morais, K. C. S. (2017). Síndrome de burnout em docentes de uma instituição de ensino superior. Rev. Pesquisa em Fisioterapia;7(2):233-243.
Goebel, D. K., & Carlotto, M. S. (2019). Predictores sociodemográficos, laborales y psicosociales del Síndrome de Burnout en docentes de educación a distância. Avances en Psicología Latinoamericana;37(2):295-311.
Gomes, T. D. S., & Puente-Palacios, K. L. (2018). Estresse ocupacional, um fenômeno coletivo: evidências em equipes de trabalho. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho;18(4):485-493.
Koch, M. O., Biazi, R.J., Benedetto, C. (2015). Estresse em docentes: um estudo comparativo entre instituições de ensino superior pública e um instituições de ensino superior privada na cidade de Toledo-PR. Rev. UNINGÁ;21(1)17-23.
Li, W., & Kou, C. (2018). Prevalence and correlates of psychological stress among teachers at a national key comprehensive university in China. International Journal of Occupational and Environmental Health;24(1-2):7-16.
Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm. 17(4):758-764.
Menge, Q., & Wang, G. (2018). A research on sources of university faculty occupational stress: a Chinese case study. Psychology Research and Behavior Management; 11:597-605.
Nogueira, A. C., Teixeira, A. F. M., Tomich, G. M., & Cruz, L. R. (2019). Análise do nível de estresse entre docentes de enfermagem atuantes no ensino superior. In: II Jornada Acadêmica da FESAR - Redenção. https://www.doity.com.br/anais/ii-jornadaacademicadafesar/trabalho/124733.
Pêgo, F. P. L., & Pêgo, D. R. (2016). Síndrome de Burnout. Rev. Bras. Med. Trab;14(2)171-6.
Prado, R. L., Bastianini, M. E., Cavalleri, M. Z., Ribeiro, S. F. R., Pizi, E. C. G., Marsicano, J. A. (2017). Avaliação da síndrome de Burnout em professores universitários. Rev. da ABENO;17(3):21-29.
Rana, A., & Soodan, V. (2019). Effect of Occupational and Personal Stress on Job Satisfaction, Burnout, and Health: A Cross-Sectional Analysis of College Teachers in Punjab, India. Indian J. Occup. Environ. Med;23(3):133–140.
Robinet-Serrano, A. L., & Pérez-Azahuanche, M. (2020). Estrés en los docentes en tiempos de pandemia Covid-19. Rev. Polo del Conocimiento;5(12):637-653.
Sá, F. (2017). Burnout: mais próximo do setor da saúde do que se imagina. Ed. 9. Fehoesp.
Sanches, E. M., & Santos, J. D. F. (2013). Estresse em docentes universitários da saúde: situações geradoras, sintomas e estratégias de enfrentamento. Psicologia Argumento;31(75):615-626.
Santos, G. M. R. F., Silva, M. E., & Belmonte, B. R. (2021). COVID-19: ensino remoto emergencial e saúde mental de docentes universitários. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant;21(Supl. 1):S245-S251.
Soares, M. B., Mafra, S. C. T., & Faria, E. R. (2019). Fatores associados à percepção de estresse em docentes universitários em uma instituição pública federal. Rev. Brasileira de Medicina do Trabalho;17(1):90-98.
Souza, M. T., Silva, M. D., & Carvalho, R. (2010). Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein; 8:102-106.
Straub, R. O. (2013). Psicologia da saúde: uma abordagem biopsicossocial. (3a ed.), Artmed.
Suda, E. Y., Coelho, A. T., Bertaci, A. C., & Santos, B. B. (2011). Relação entre nível geral de saúde, dor musculoesquelética e síndrome de Burnout em professores universitários. Rev. Fisioterapia e Pesquisa;18(3):270-274.
Tijdink, J. K., Vergouwen, A. C. M., & Smulder, Y. M. (2014). Emotional exhaustion and burnout among medical professors; a national survey. BMC Medical Education;14(183):1-7.
Yu, J., Lee, S., Kim, M., Lim, K., Chang, K., & Chae, S. J. (2019). Professional self-concept and burnout among medical school faculty in South Korea: a cross-sectional study. BMC Medical Education;19(248):1-6.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Georgia Miranda Tomich; Amanda Carvalho Nogueira; Anna Felícia de Matos Teixeira; Letícia dos Reis Cruz
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
