Aplicativos educativos como apoio pedagógico para os transtornos do espectro autista: uma revisão integrativa das produções brasileiras no período de 2017 a 2022
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32076Palavras-chave:
Autismo; Aprendizagem; Ensino; Jogos.Resumo
Diante do cenário tecno-educacional, o estudo vem analisar produções científicas brasileiras acerca dos aplicativos educativos como apoio pedagógico para a pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A metodologia utilizada para a busca de pesquisas científicas foi realizada no banco de dados do portal da CAPES e do Google Acadêmico® com os seguintes termos “aplicativos” ‘and’ “TEA”, “alfabetização” ‘and’ “acessibilidade digital”; e para identificação dos aplicativos educativos foi feita pesquisa para dispositivos mobile Android, por meio dos descritores “autismo” ‘or’ “transtorno do espectro autista” na Google play. Nas coletas das produções científicas foram utilizados critérios de inclusão como: idioma português e outros, e para a busca dos apps foram selecionadas os que tinham avaliação “quatro estrelas mais”, sendo assim os critérios de exclusão: outras deficiências. Para a análise dos dados utilizou-se o Software PRISMA2020, vindo a gerar elegibilidade na revisão da literatura. Os resultados são demonstrados de forma qualitativa e quantitativa a partir da análise e discussão das 16 produções científicas encontradas e da compilação dos achados, e dos aplicativos educativos para TEA na área do ensino da alfabetização nos últimos cinco anos, confirmando a necessidade de mais estudos e desenvolvimento de aplicativos voltados para as singularidades do TEA. Espera-se que ressalte a importância do desenvolvimento e do uso de aplicativos educativos para a intervenção e para aprendizagem das pessoas com esse transtorno do neurodesenvolvimento, tornando-se de grande valia na área da educação, da saúde e da tecnologia da informação, e sobretudo às pessoas com TEA e suas famílias.
Referências
American Psychiatric Association. (2014). DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora.
Angeluci, A. C. B., & Baena, P. M. F. (2019). Tecnologia para uma prática pedagógica inclusiva: o uso do aplicativo Open Office Writer. Textura-Revista de Educação e Letras, 21(46).
Araújo, G. S., & Seabra Junior, M. O. (2021). Elementos fundamentais para o design de jogos digitais com o foco no treino de competências e habilidades de estudantes com transtorno do espectro autista: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 102, 120-147.
Barreto, S. R. S. (2021). Prototipagem de um ambiente virtual de aprendizagem para auxiliar o desenvolvimento cognitivo de crianças com transtorno do espectro autista.
Branco, K. D. S. C., da Silva Pinheiro, V. M., Damian, A. L., & dos Santos Marques, A. B. (2021). Como o uso de aplicativos móveis educacionais impacta o cotidiano de crianças autistas? Uma avaliação por meio de diários de usuário. Revista Brasileira de Informática na Educação, 29, 1107-1136.
Brasil, C., & Brasil. (1996). Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 134(248), 2783427841-2783427841.
Brasil. (2000). Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 2-2.
Brasil. (2012). Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Diário Oficial da União, 2-2.
Becker, M. M., Medeiros, I. J. S., & Lamazon, V. L. (2020). O uso das tecnologias digitais acessíveis como estratégia de aprendizagem no atendimento educacional especializado-AEE. Revista Gepesvida, 5(13).
Britto, T. C. P. (2016). GAIA: uma proposta de guia de recomendações de acessibilidade web com foco em aspectos do autismo.
Britto Pichiliani, Talita Cristina Pagani (2020). Gaia: um guia de recomendações sobre design digital inclusivo para pessoas com autismo. 1. ed. Curitiba: Appris.
Britto, T. C. P., & Pizzolato, E. B. (2014). Proposta de guidelines de interfaces com foco em aspectos do autismo. In Companion Proceedings of the 13th Brazilian Symposium on Human Factors in Computing Systems (pp. 37-40).
Caldwell, B., Cooper, M., Guarino Reid, L., & Vanderheiden, G. (2008, 11 de dezembro). Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) 2.0. World Wide Web Consortium (W3C). https://www.w3.org/TR/WCAG20/
Cavalcanti, R. S., & de Carvalho, L. A. (2021). Ferramentas educacionais digitais para crianças autistas. Research, Society and Development, 10(10), e248101018823-e248101018823.
da Silva Fernandes, F. L., & da Silva, H. R. (2017). Inclusão digital e educação: possibilidades e desafios para tecnologia da informação na escola. Revista de Pesquisa Interdisciplinar, 1(Esp).
da Silva, A. R. L., Catapan, A. H., da Silva, C. H., Reategui, E. B., Spanhol, F. J., Golfetto, I. F. & Sartori, V. (2014). Gamificação na educação. Pimenta Cultural.
de Sousa, A. S., de Oliveira, G. S., & Alves, L. H. (2021). A pesquisa bibliográfica: princípios e fundamentos. Cadernos da FUCAMP, 20(43).
de Souza, A. C., Benitez, P., & dos Santos Carmo, J. (2021). Diretrizes de acessibilidade de interfaces digitais para pessoas com Transtorno do Espectro Autista: uma revisão integrativa de literatura. Revista Educação Especial, 34, 1-21.
de Oliveira-Franco, C. R., & Rodrigues, O. M. P. R. (2019). Conhecimento dos profissionais de educação infantil sobre o transtorno do espectro autista. Educação: Teoria e Prática, 29(61), 494-512.
de Freitas Reis, M. B., de Souza, C. S. M., & dos Santos, L. C. (2020). Tecnologia assistiva em dispositivos móveis: aplicativos baseados no teacch como auxílio no processo de alfabetização com crianças autistas. EccoS–Revista Científica, (55), 10652.
Dias, G. L. (2022). Desenvolvimento de uma cartilha digital sobre acessibilidade web.
França, G. & Pinho, K. R. (2020). Autismo: Tecnologias e formação de professores para a escola pública. Palmas: i-Acadêmica.
Fernandes, M., & Nohama, P. (2020). Jogos Digitais para Pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA): Uma Revisão Sistemática. Revista Iberoamericana de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología, (26), 72-80.
Haddaway, N.R., McGuinness, L. A., & Pritchard, C. C. (2021). PRISMA2020: Pacote R e ShinyApp para produção de diagramas de fluxo compatíveis com PRISMA 2020.
Leach, C. (2010). The use of Smartboards and bespoke software to develop and deliver an inclusive, individual and interactive learning curriculum for students with ASD. Journal of Assistive Technologies, v. 4, n. 1, p. 54-57, 2010.
Liberalesso, P., & Lacerda, L. (2020). Autismo: compreensão e práticas baseadas em evidências. Marcos Valentin de Souza.
Lucian, B. O., & Stumpf, A. (2019). Análise de aplicativos destinados ao aprendizado de crianças com transtorno do espectro autista. Design E Tecnologia, 9(19), 43-65. https://doi.org/10.23972/det2019iss19pp43-65.
Maenner MJ, Shaw KA, Bakian AV, et al. Prevalência e Características do Transtorno do Espectro Autista Entre crianças de 8 anos — Rede de Monitoramento de Autismo e Deficiências, 11 Locais, Estados Unidos, 2018. MMWR Surveill Summ 2021;70(Nº. SS-11):1-16. DOI: http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.ss7011a1.
MJ, Moher D, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. (2021). PRISMA 2020 explicação e elaboração: orientação atualizada e exemplares para relatórios de revisões sistemáticas. BMJ 2021;372:n160. doi: 10.1136/bmj.n160.
Paiva Júnior, J. (2014). Casos de autismo sobem de 1 para cada 68 crianças. Revista Autismo. Recuperado em: http://www.revistaautismo.com.br. Acesso em: 29 abr. 21.
Pereira, V. G. R. (2021). Uso do Design Thinking no desenvolvimento de protótipos para crianças com TEA.
Pletsch, M. D., de Souza, I. M. D. S., Rabelo, L. C. C., Moreira, S. C. P. C., & de Assis, A. R. (2019). Acessibilidade e Desenho Universal na Aprendizagem.
Pontes, E. L. F., Kleparde, A. A., Silva, T. P., Puggina, A. C. G., Apostolico, M. R., & Pina-Oliveira, A. A. (2019). Tecnologias Digitais e Recursos Físicos Na Abordagem de Crianças Com Transtorno do Espectro Autista. Revista Saúde-UNG-Ser, 12(3/4), 68-74.
Portal, I.S. 25000. (2014). ISO/IEC, 25000. Recuperado em https://www.iso.org/standard/64764.html.
Reis, Marlene Barbosa de Freitas; Souza, Carla Salomé Margarida de; Santos, Lilian Cristina dos (2020). Tecnologia Assistiva em dispositivos móveis: aplicativos baseados no TEACCH como auxílio no processo de alfabetização com crianças autistas. Eccos -Revista Cientifica, São Paulo, n. 55, p. 1-17, e10652, out./dez. 2020. Disponível em:https://doi.org/10.5585/eccos.n55.10652.
Rezende, L. F., & de Souza, C. J. (2021). O trabalho pedagógico e a inclusão escolar para crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA). Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 10(13), e460101321486-e460101321486.
Rodrigues, B. F. (2018). Avaliação de aplicativos para pessoas com transtorno do espectro autista da comunidade russana.
Rodrigues, M. E. M. (2019). Investigação de metodologias de design de interface com foco na acessibilidade de pessoas com transtorno do espectro autista.
Santiago, M. T. D. L. (2021). Avaliação de acessibilidade com base em revisões de usuários na Google Play Store.
Souza, A. C., de Benitez, P., & Carmo, J. dos S. (2021). Diretrizes de acessibilidade de interfaces digitais para pessoas com Transtorno do Espectro Autista: uma revisão integrativa de literatura. Revista Educação Especial, 34, e29/1–21. https://doi.org/10.5902/1984686X62649.
Souza, A. C. D., & Silva, G. H. G. D. (2019). Incluir não é Apenas Socializar: as contribuições das tecnologias digitais educacionais para a aprendizagem matemática de estudantes com transtorno do espectro autista. Bolema: Boletim de Educação Matemática, 33, 1305-1330.
Souza, Marcela Tavares de, Silva, Michelly Dias da & Carvalho, Rachel de. (2010). Integrative review: what is it? How to do it?. Einstein [online]. São Paulo, v. 8, n. 1 [Accessed 01 June 2022], pp. 102-106. Available from: <https://doi.org/10.1590/S1679-45082010RW1134>. ISSN 2317-6385. https://doi.org/10.1590/S1679-45082010RW1134.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Fernanda Aline Costa França; Francisco Adelton Alves Ribeiro; Álvaro Itaúna Schalcher Pereira; Adriana Alves da Silva Chaves; Luciana Valéria Leão Lima; Rainan Carneiro Araújo; Pedro Lucas Souza Carneiro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.