Estratégias para o ensino de Química remoto: Uma revisão sistemática da literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32091

Palavras-chave:

Pandemia; Estratégias de ensino; Ensino de química.

Resumo

Diante da pandemia do COVID-19, escolas no mundo todo tiveram suas atividades presenciais suspensas, tendo como alternativas aulas remotas. Com este quadro a continuidade do ano letivo ocorreu de forma online, surgindo a necessidade de novas estratégias, ferramentas e recursos tecnológicos que trouxessem alternativas para auxiliar o aluno no processo de aprendizagem. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão sistemática da literatura (RSL) acerca das estratégias de ensino utilizadas em tempos de pandemia para a aprendizagem de Química e avaliar seu potencial para o ensino presencial. A RSL ocorreu para o período de 2020-2021, ápice da pandemia e suspensão das atividades, em periódicos qualis A e B, nas bases de dados da CAPES e Google Acadêmico, utilizando-se operadores booleanos. Os dados foram avaliados a luz da análise de conteúdo. Como resultado verificou-se que apesar das dificuldades de adaptação ao cenário digital, a utilização das estratégias de ensino apresentadas nos artigos analisados teve um elevado potencial para a aprendizagem, pois possibilitaram aos alunos o desenvolvimento da sua autonomia intelectual, promovendo a construção do conhecimento, trazendo o professor com o papel de orientador, estimulando os alunos a argumentarem e refletirem sobre as atividades propostas. Entretanto, destacaram-se apenas duas estratégias a experimentação e as que se utilizaram de problematização, ademais o enfoque foi nas ferramentas e recursos tecnológicos em si, principalmente videoaulas, ferramentas dos G-Suite, Redes sociais e aplicativos interativos.

Referências

Ayac, A. A. S., & Lemos, I. N. (2021). O ensino a distância de Química em uma realidade pandêmica: as mídias digitais e suas contribuições. Diversitas Journal, 6(4), 4130–4141. https://doi.org/10.48017/dj.v6i4.1869.

Barbosa, A. A. (2021). Experimentos com materiais alternativos aplicados ao ensino remoto de Química. Revista Insignare Scientia, 4(6), 479-494. https://doi.org/10.36661/2595-4520.2021v4i6.12175.

Barbosa, L. T. C., & Melo, Í. L. (2021). Conhecimentos químicos aliados à prevenção do coronavírus (Aprendizagem Baseada em Projeto): um relato de caso. Brazilian Journal of Development, 7(7), 66703-66715. 10.34117/bjdv7n7-105.

Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo: edição revista e ampliada. Edições 70.

Barell, J. (2007). Problem-Based Learning: An Inquiry Approach. Corwin Press.

Behar, P. A. (2020). O ensino remoto emergencial e a educação a distância. Rio Grande do Sul: UFRGS. https://www.ufrgs.br/coronavirus/base/artigoo-ensino-remoto-emergencial-e-a-educacao-a-distancia.

Brito, R. C., Czolpinski, A. L., Vaz, A., & Raupp, D. (2021). Reações químicas na cozinha: o uso do google sala de aula na realização de experimentos investigativos fundamentados na técnica predizer-observar-explicar. Revista Prática Docente, 6(3), 1-16. 10.23926/RPD.2021.v6.n3.e098.id1273.

Brizola, J., & Fantin, N. (2016). Revisão da literatura e revisão sistemática da literatura. Revista de Educação do Vale do Arinos-RELVA, 3(2). 23-39.

Damascena, P. H. M., Carvalho, C. V. M., & Silva, L. A. S. (2018). Estratégias didáticas no ensino de Química: em foco o uso de paródias. Multi-Science Journal, 1(13), 30-38.

Fabri, P. H., & Giacomini, R. A. (2018). Estudo da Motivação do Aluno no Processo de Ensino e Aprendizagem Promovida pelo Uso de Modelos Moleculares, Validado por Meio de Áudio e Vídeo. Química Nova na Escola. 40 (3), 196-208. http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160123.

Fernandes, A. C. (2021). O ensino remoto emergencial no contexto de pandemia da Covid-19: Relatos de uma experiência desafiadora e exitosa numa turma de Licenciatura em Química do IFRN. Research, Society and Development, 10(5), e4310514670, https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14670.

Fiori, R., & Goi, M. E. J. (2020). O Ensino de Química na plataforma digital em tempos de Coronavírus. Revista Thema, 18(Especial), 218-242. http://dx.doi.org/10.15536/thema.V18.Especial.2020.218-242.1807.

Fontana, F. (2018). Metodologia da pesquisa e do trabalho científico. Org. Mazucato, T. Penápolis: FUNEPE.

Freitas, M. T. (2010). Letramento digital e formação de professores. Educação em Revista, 26(3), 335-352.

Freire, P. (2011). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra.

Galego, J. P. C., Nobrega, D. S., Caires, L. R., Vianna, R. P. F°, & Oliveira, S. B. C. M. (2021). Como ficou a Química em período Pandêmico? Estratégias de ensino e aprendizagem envolvendo a temática ácidos e bases. Brazilian Journal of Development, 7(11), 105070-105082. 10.34117/bjdv7n11-229.

Galvão, M. C. B., & Ricarte, I. L. M. (2019). Revisão sistemática da literatura: conceituação, produção e publicação. Logeion: Filosofia da informação, 6(1), 57-73. 10.21728/logeion.2019v6n1.p57-73.

Gomes, I. S., & Caminha, I. O. (2014). Guia para estudos de revisão sistemática: uma opção metodológica para as Ciências do Movimento Humano. Movimento, 20(1), 395-411.

Graffunder, K. G., Camillo, C. M., Oliveira, N. M., & Goldschmidt, A. I. (2020). Alfabetização científica e o ensino de Ciências na Educação Básica: panorama no contexto das pesquisas acadêmicas brasileiras nos últimos cinco anos de ENPEC. Research, Society and Development, 9(9), e313997122. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7122.

Grossi, M. G. R., & Fernandes, L. C. B. E. (2014). Educação e Tecnologia: O telefone celular como recurso de aprendizagem. EccoS Revista Científica, 35, 47-65.

Gusso, H. L., Archer, A. B., Luiz, F. B., Sahão, F. T., Luca, G. G., Henklain, M. H. O., Panosso, M. G., Kienen, N., Beltramello, O., & Gonçalves, V. M. (2020). Ensino Superior em Tempos de Pandemia: Diretrizes à Gestão Universitária. Educ. Soc., Campinas, 41, e238957, https://doi.org/10.1590/ES.238957.

Leite, B. S. (2018). A Experimentação no Ensino de Química: Uma Análise das Abordagens nos Livros Didáticos. Educácion Química, 29(3), 61-78.

Ludke M., & André M. E. D. A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. EPU, 2013.

Machado, P. L. P. (2020). Educação em tempos de pandemia: O ensinar através de tecnologias e mídias digitais. Rev Cient Multidisciplinar Núcleo Conhecimento, 8, 58-68.

Martins, J., Teles, A., Viana, D., Silva, F. J., Coutinho, L., & Teixeira, S. (2019). Avaliação do Google Sala de Aula como Ferramenta de Apoio ao processo de ensino-aprendizagem em um curso de licenciatura em Ciências Biológicas presencial. RENOTE, 17 (3), 587-596. 10.22456/1679-1916.99544.

Moreira, J. A., Henriques, S., & Barros, D. M. V. (2020). Transitando de um ensino remoto emergencial para uma educação digital em rede, em tempos de pandemia. Dialogia, 34, 351-364. https://doi.org/10.5585/Dialogia.N34.17123.

Novais, R. M. (2018). Experimentação no Ensino de Química: analisando reflexões de licenciandos durante uma disciplina de prática de ensino. Educação Química en Punto de Vista. 2(2), 24-50.

Novaki, L. P., Marchi, J., Omori, A. T., & Locatelli, S. W. (2021). Percepções dos alunos sobre a mudança do curso presencial para o remoto durante a pandemia de COVID-19: um estudo de caso do ensino de Química Geral. Research, Society and Development, 10(17), e15101724184. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24184.

Nunes, R. C. (2021). Um olhar sobre a evasão de estudantes universitários durante os estudos remotos provocados pela pandemia do COVID-19. Research, Society and Development, 10 (3), e1410313022, http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13022.

Oliveira, F.V., Candito, V., Guerra, L., & Schetinger, M. R. C. (2020). Aprendizagem baseada em Problemas por meio da temática coronavírus: uma proposta para ensino de química. EDUCAÇÃO, 10(1), 110-123. https://doi.org/10.17564/2316-3828.2020v10n1p110-123.

Organização da Nações Unidas (ONU), (2022). https://todospelaeducacao.org.br

Pasqualetto, T. I., Veit, E. A., & Araújo, I. S. (2017). Aprendizagem Baseada em Projetos no Ensino de Física: uma Revisão da Literatura. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. 17(2), 551–577. 10.28976/1984-2686rbpec2017172551.

Pereira, P. M. (2019). Metodologias ativas no ensino superior: estudo de caso do Programa EDUCALAB do Centro Universitário Estácio de Santa Catarina. Anais.1. ed. – São Paulo: Blucher.

Portaria MEC n..345, de 19 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19. https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-345-de-19-de-marco-de-2020.

Raimondi, A. C., & Razzoto, E. S. (2020). Aprendizagem Baseada em Problemas no Ensino de Química Analítica Qualitativa. Revista Insignare Scientia, 3(2), 36-48.

Rodrigues, N. C., Souza, N. R., Patias, S. G. O., Carvalho, E. T., Carbo, L., & Santos, A. F. S. (2021). Recursos didáticos digitais para o ensino de Química durante a pandemia da Covid-19. Research, Society and Development, 10 (4), e22710413978, http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i4.13978.

Sales, P. F. (2020). “Químiemcasa”: aspectos de um processo de ensino para a aprendizagem de Química em épocas de pandemia. Research, Society and Development, 9(11), e83391110420. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10420.

Santos, J. R., & Ferreira, M. E. (2021). Um relato de ensino de Química no contexto da pandemia de COVID-19 na rede pública de São Paulo: O desafio das aulas virtuais na Educação Básica. Research, Society and Development, 10(2), e8710212267. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12267.

Santos, A. O., Silva, R. P., Andrade, J. P., & Lima, J. P. M. (2013). Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médio investigadas em ações do (PIBID/UFS/Química). Scientia Plena, 9(7), 077204-1.

Silva, E. K. S., Lima, J. P. F., & Ferreira, M. L. (2016). “Descobrindo os elementos químicos”: jogo lúdico proporcionando uma aprendizagem significativa sobre a Tabela Períodica. Revista de Pesquisa Interdisciplinar, 1 (Esp). 228-237.

Silva, F. S., & Serafim, M. L. (2016). Redes sociais no processo de ensino e aprendizagem: com a palavra o adolescente. In: Sousa, R. P. et al., orgs. Teorias e práticas em tecnologias educacionais [online]. Campina Grande: EDUEPB, SciELO Books.

Silva, A. J. J., Lopes, A. P., Silva, A. T. O., Maurício, A. C., Santana, F. F. S., Silva, C. M., Santos, G. G., & Lourenço, I. S. (2021a). Tempos de Pandemia: Efeitos do Ensino Remoto nas Aulas de Química do Ensino Médio em uma Escola Pública de Benjamin Constant, Amazonas, Brasil. Journal of Education, Science and Health. 1(3), 1-21. https://doi.org/10.52832/jesh.v1i3.36.

Silva, L. K. A., Silva, M. D. G., Sales, P. F., Góis, P., & Ferreira, W. J. (2021b). Estratégias complementares ao ensino de Química. Research, Society and Development. 10(1), e19110111660, http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11660.

Souza, A., & Souza, F.V. (2016). Uso da Plataforma Google Classroom como ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem: Relato de aplicação no ensino médio. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Paraíba. Universidade Federal da Paraíba. 27p.

Vieira, W. E. S., Melo, H. D. F., & Viana, K. D. S. L. (2018). Estratégias didáticas no ensino de química: concepções e práticas do profissional da educação e suas relações com a aprendizagem de conceitos. In: V Congresso Nacional de Educação.

Yamaguchi, K. K. L. (2021). Ensino de química inorgânica mediada pelo uso das tecnologias digitais no período de ensino remoto. Revista Prática Docente, 6(2), e041.

Downloads

Publicado

15/07/2022

Como Citar

LIMA, V. M. R. .; SOUZA, K. dos S. de . Estratégias para o ensino de Química remoto: Uma revisão sistemática da literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 9, p. e444911932091, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i9.32091. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/32091. Acesso em: 18 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais