Ensino de Óptica para Pessoas com Deficiências Visuais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.32191Palavras-chave:
Inclusão; Deficiência visual; Propagação da luz; Ensino.Resumo
A legislação brasileira busca garantir a inclusão escolar de crianças com necessidades especiais. No entanto, uma inclusão efetiva necessita que haja modificações dentro do ensino tradicional de forma a permitir o desenvolvimento da autonomia dos alunos nas atividades em sala de aula, a socialização e condições de aprendizagem. Diante disto, este trabalho tem como objetivo propor e avaliar um material destinado ao ensino de óptica a pessoas com deficiência visual. Para tanto, foram construídas maquetes multissensoriais para facilitar o ensino da propagação da luz, incluindo os processos de reflexão, refração e, por fim, a dispersão da luz branca. A aplicação em contexto escolar foi desenvolvida com um aluno com deficiência visual em horário extraclasse. Concluímos que os materiais desenvolvidos foram muito bem recebidos pelo aluno que apresentou facilidade em explorá-los de modo autônomo e que foram de grande importância para a compreensão dos conceitos trabalhados. Sendo um material de baixo custo, de simples confecção e que pode ser utilizado por alunos com ou sem deficiência visual, esperamos que este trabalho possa contribuir para o ensino da óptica de forma a favorecer a inclusão do aluno com deficiência visual no processo de ensino e aprendizagem.
Referências
Andrade, H. B., & Schwerz, R. C. (2018). Um Panorama sobre o Ensino de Física para Deficientes Visuais. Revista Pontes, 3, 97-107.
Batista, M. C., & Gomes, E. C. (2021). Diário de campo, gravação em áudio e vídeo e mapas mentais e conceituais. In: Magalhães Júnior, C. A. O.; Batista, M.C. (org.). Metodologia da Pesquisa em Educação e Ensino de Ciências. Maringá: Massoni. 288- 300.
Barcelos, K. da S.; Machado, G., & Martins, M. de F. A (2021). Desenho universal para aprendizagem: levantamento das pesquisas realizadas no Brasil. Research, Society and Development, 10 (7), 1-10.
Brasil (1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.
Brasil (2004). Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm.
Brasil (2015). Estatuto da Pessoa com Deficiência. Lei 13.146, de 6 de julho de 2015. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm.
Camargo, E. P., Nardi, R., Maciel Filho, P. R. P., & Almeida, D. R. V. (2008). Como ensinar óptica para alunos cegos e com baixa visão. Física na Escola, 9 (1), 20-25.
Camargo, E. P. (2012). Saberes docentes para a inclusão do aluno com deficiência visual em aulas de Física. São Paulo: Editora Unesp.
Camargo, E. P. (2016). Inclusão e necessidade educacional especial: compreendendo identidade e diferença por meio do ensino de física e da deficiência visual. São Paulo: Editora Livraria da Física.
Custódio, G. A., Nogueira, R. E., & Chaves, A. P. N. (2011). Mapas e maquetes táteis como recursos para o enfrentamento às barreiras educacionais. In: VII Colóquio de Cartografia para crianças e escolares, Vitória, ES, 577-597.
Forato, T. C. M. (2009). A natureza da ciência como saber escolar: um estudo de caso a partir da história da luz. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil.
Mantoan, M. T. E. (2004). O direito de ser, sendo diferente, na escola. Revista CEJ –Centro de Estudos Judiciários. 8 (26), 36-44.
Martins, D. Q. (2017). Guia de montagem de maquetes táteis para o auxílio do ensino de física para pessoas com deficiência visual. Monografia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.
Máximo, A., Alvarenga, B. (2011). Curso de Física. São Paulo: Scipione, v. 2.
Nesi, E. R., & Batista, M. C. (2018). Produtos educacionais elaborados no mestrado profissional em ensino de física: a busca por referenciais norteadores. Revista Valore, 3 (Edição Especial), 554-563.
Rodrigues, A. J. (2003). Contextos de aprendizagem e integração/inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. In: Ribeiro, M. L. S.; Baumel, R. C. R. (Org.) Educação especial: do querer ao fazer. São Paulo: Avercamp, 13-26.
Richardson, R. J. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas.
Sanches, E. C. P., Macedo, C. M. S., & Bueno, J. (2017). Imagens táteis tridimensionais: um modelo para a tradução tátil a partir de imagens estáticas bidimensionais. Revista Brasileira De Design Da Informação, 14 (2), 234–252.
Santos, G. R. dos, & Faria, F. L. de. (2020). O ensino de Química para deficientes visuais: um estado da arte das publicações em eventos científicos de ensino de Química e Ciências. Research, Society and Development, 9 (10), 1-29.
Santos, A. L. M., Paganotti, A., & Leão, A. R. C. (2021). Ensino de Astronomia para pessoas com deficiência visual: Um levantamento sobre a produção bibliográfica em congressos no Brasil . Research, Society and Development, 10 (7), 1-11.
Silva, D. F. (2013). Concepções alternativas de pessoas com deficiência visual sobre óptica: uma análise fenomenológica. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Maringá, PR, Brasil.
Silva, D. dos S. Da, & Lopes, D. S. (2020). Panorama da Literatura nas Ciências Naturais e na Biologia Acerca de Experiências Formativas Para a Inclusão de Estudantes com Deficiência Visual no Brasil. Revista Brasileira de Ensino de Ciências e Matemática, 3 (2), 695-724.
Souza, F., & Palma, F. (2017). Proposta de um sistema de representação da reflexão da luz em um espelho esférico para alunos com deficiência visual. Revista Areté| Revista Amazônica de Ensino de Ciências, 9(20), 67-71.
Young, H. D., Freedman, R. A, Sears, F. W., & Zemansky, M. W. (2016). Física IV: Ótica e Física Moderna. São Paulo: Pearson.
Zerbato, A. P., & Mendes, E. G. (2018). Desenho universal para a aprendizagem como estratégia de inclusão escolar. Educação Unisinos, 22 (2), 147-155.
Zerbato, A. P., & Mendes, E. G. (2021). O desenho universal para a aprendizagem na formação de professores: da investigação às práticas inclusivas. Educação E Pesquisa, 47, 1-19.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Telma Cordeiro Lopes Esser; Roseli Constantino Schwerz; Michel Corci Batista
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.