Fisiopatologia e manejo clínico da hanseníase: uma revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32217Palavras-chave:
Epidemiologia; Hanseníase; Manejo clínico.Resumo
A Hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae, um parasita intracelular com tropismo para macrófagos cutâneos e células de Schwann do sistema nervoso periférico. Em todo o mundo, 210.758 novos casos foram diagnosticados em 2015. O presente estudo tem como objetivo analisar a hanseníase e seu manejo clínico. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada através da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados do Pubmed, usando os cruzamentos dos descritores em inglês “Leprosy”, “Epidemiology”. Para a avaliação do problema de pesquisa e sua estratificação foi utilizada a estratégia PVO (População/ Problema, Variável/Resultados e Outcomes/ Desfechos) sendo formulada a seguinte estratégia. A estratégia supracitada permitiu formular a seguinte questão norteadora: "Como é realizado o manejo clínico da hanseníase?”. A hanseníase pode se apresentar de diferentes formas, dependendo da resposta imune do indivíduo infectado. Os principais sinais e sintomas da hanseníase são: áreas da pele, ou manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade ao calor e/ou dolorosa, e/ou ao tato; Formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas, que evoluem para dormência – a pessoa se queima ou se machuca sem perceber; Pápulas, tubérculos e nódulos (caroços), normalmente sem sintomas; Diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente nas sobrancelhas (madarose); Pele infiltrada (avermelhada), com diminuição ou ausência de suor no local. Medidas contra a hanseníase devem continuar e ser intensificadas nas regiões de maiores agravos, visando um efetivo controle homogêneo da doença.
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