Avaliação dos efeitos do novo plano de ordenamento territorial de Teresina/PI sobre seu potencial de ocupação e expansão urbana
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32250Palavras-chave:
Análise hierárquica processual; PDOT; Planejamento urbano.Resumo
Com o acelerado processo de crescimento das cidades, torna-se imprescindível se pensar nas formas segundo as quais o espaço urbano deve se desenvolver, especialmente no tocante ao seu ordenamento territorial, uso e ocupação do solo. Nesse sentido, pode-se citar a criação e implementação dos planos de ordenamento territorial que se destacam como ferramentas de orientação e construção desses espaços e buscam por meio de um olhar criterioso e técnico contribuir para o surgimento de cidades coesas, compactas e planejadas. Diante disso, o presente estudo buscou, por meio do uso de sistemas de informações geográficas, mapear e avaliar os efeitos do novo Plano de Ordenamento Territorial de Teresina – PDOT - (Lei 5.481/2019) sobre o potencial de ocupação e expansão urbana. Aplicando a técnica de Análise Hierárquica Processual (AHP) foi realizada a padronização e organização dos dados geográficos julgados relevantes e que influem diretamente no processo de decisão quanto à ocupação e uso da terra. Para fins de determinação dos valores dos dados realizou-se a atribuição de pesos, segundo graus de importância, em uma matriz de pesos a partir da qual se determinou o Índice de Consistência (IC) e a Razão de Consistência (RC) para validação do AHP. Considerando os resultados obtidos têm-se que se observou efetivamente que o novo PDOT promoveu inúmeras mudanças no uso e ocupação da terra, bem como na forma como a cidade cresce. Assim, foram identificadas muitas áreas passíveis de ocupação, contudo com ressalvas e restrições de natureza ambiental e uma forte tendência a coesão e compactação da cidade.
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