Estudo da corrosão e da microestrutura no compósito cimentício autoadensável com substituição do agregado miúdo por resíduo de vidro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32568Palavras-chave:
Corrosão; Compósito cimentício; Resíduo de vidro; Espectroscopia de impedância eletroquímica.Resumo
O objetivo desse trabalho é investigar a corrosão e a microestrutura no compósito cimentício autoadensável com a substituição do agregado miúdo por resíduo de vidro. Uma das patologias mais frequentes encontradas no concreto armado é a corrosão de armaduras que envolve riscos à segurança da estrutura. Entre as várias técnicas para se estudar e avaliar a corrosão neste trabalho foi escolhida a espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) que caracteriza uma grande variedade de sistemas eletroquímicos. Foram moldados corpos de prova no traço de 1:1:0,1:0,43 sendo um de referência (sem adição de resíduo), outros com substituição de 5%, 10%, 15% e 20% em resíduo de vidro, em relação ao agregado miúdo. A escolha do circuito equivalente foi diferente dependendo da quantidade de materiais utilizados, para a amostra referência foi utilizado um circuito resistivo em série com um segundo circuito em paralelo composto por uma resistência R e um elemento de fase CPE. Para as misturas com resíduo de vidro foi acrescentado mais um circuito paralelo R/CPE. Também foram realizadas micrografias obtidas através da microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectrometria de energia dispersiva de raios X (EDS). Os resultados demostraram que a amostra referência apresenta um circuito proposto por Randles e as amostras 5% a 20% apresentam um circuito equivalente de Christensen. A análise do EDS para todas as amostras observou-se como o Fe que é um dos elementos constituintes regulares da matriz de cimento e também o Ca, C, Mg, Na, Al, Si que são os elementos constituintes do vidro.
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