Avaliação de modelo estrutural da escala comportamento inovador aplicado a agricultores familiares do Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32690Palavras-chave:
Comportamento Inovador; Agricultor familiar; Avaliação de modelo estrutural.Resumo
Há pouca compreensão sobre o comportamento dos produtores rurais, além da falta de evidências empíricas sobre fatores que influenciam a disposição e a capacidade dos produtores rurais para expandirem seus negócios (CELE, 2020). Nesse sentido, o objetivo deste estudo é avaliar o comportamento inovador dos agricultores familiares do Estado RS. Utilizou-se a escala de comportamento inovador, a partir da criação de um modelo estrutural parcial baseado na escala original proposta por Jong & Hartog (2008). A partir das dimensões de liderança participativa, contatos externos e resultados inovadores realizou-se a criação de um modelo estrutural parcial baseado em variâncias (Partial Least Squares Structural Equation Modeling – PLS-SEM) e o modelo foi avaliado por meio da consistência interna, validades convergente e discriminante e avaliação do modelo estrutural e preditiva do modelo. A pesquisa abrangeu feirantes da agricultura familiar do Estado no qual 174 questionários foram coletados e analisados por meio de equações estruturais (Smart-PLS) e do programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), com análise das relações entre as três dimensões. Como resultados, o modelo estrutural proposto é eficaz e sustentado pela confirmação das hipóteses e, portanto, pode ser considerado para verificar o comportamento inovador de agricultores familiares. Nesta pesquisa foi possível inferir que os agricultores familiares possuem um comportamento inovador de intensidade moderada à alta e estão mais orientados para resultados inovadores, e liderança participativa apresentou a menor intensidade.
Referências
Alsos, G. A., Ljunggren, E., & Pettersen, L. T. (2003). Farm-based entrepreneurs: What triggers the start-up of new business activities? Journal of Small Business and Enterprise Development, 10(4), 435–443. https://doi.org/10.1108/14626000310504747
Awang, A. H., Haron, M., Rela, I. Z., & Saad, S. (2019). Formation of civil servants’ creativity through transformative leadership. 39(4), 499–515. https://doi.org/10.1108/JMD-04-2019-0142
Axtell, C., Holman, D., Unsworth, K., Wall, T. D.., Waterson, P., & Harrington, E. (2000). Shopfloor Innovation: Facilitating the Suggestion and Implementation of Ideas. Jornal of Occupational and Organizational Psychology, 723(3), 265–285.
Cele, L., & Wale, E. (2020). Determinants of smallholders’ entrepreneurial drive, willingness and ability to expand farming operations in KwaZulu-Natal. Development in Practice, 0(0), 1–15. https://doi.org/10.1080/09614524.2020.1764501
Dhewanto, W., Ratnaningtyas, S., Permatasari, A., Anggadwita, G., & Prasetio, E. A. (2020). Rural entrepreneurship: towards collaborative participative models for economic sustainability. Entrepreneurship and Sustainability Issues, 8(1), 705–724. https://doi.org/http://doi.org/10.9770/jesi.2020.8.1(48)
Fernandes, R. A., Severo, J. A., & Antunes, L. W. (2018). A utilização de Tecnologia e Inovação na Gestão de Propriedades Rurais e Sua Relação com a Produtividade e Rentabilidade. Unoesc & Ciência - ACSA Joaçaba, 9(2), 145–153.
Fitz-Koch, S., Nordqvist, M., Carter, S., & Hunter, E. (2018). Entrepreneurship in the agricultural sector: A literature review and future research opportunities. Entrepreneurship: Theory and Practice, 42(1), 129–166. https://doi.org/10.1177/1042258717732958
Gonzaga, J. F., Vilpoux, O. F., & Pereira, M. W. G. (2019). Factors influencing technological practices in the Brazilian agrarian reform. Land Use Policy, 80(October 2018), 150–162. https://doi.org/10.1016/j.landusepol.2018.10.005
Gozukara, I.., Yildirim, O.., & Yildiz, B. (2016). Innovative Behavior: Relations with Developmental Culture, Psychological Empowerment, Distributive Justice and Organizational Learning Capacity. International Business Research, 9(10), 186–200.
HAIR, J. J. F.., HULT, G. T. M., RINGLE, C., & SARSTEDT, M. (2017). A primer on partial least squares structural equation modeling (PLS-SEM). Sage publications.
Jong, J. P. J. de., & Hartog, D. N. Den. (2008). Innovative Work Behavior: Measurement and Validation. SCALES - Scientific Analysis of Entrepreneurship and SMEs.
Jong, J. P. de., & Hartog, D. N. Den. (2010). Measuring innovative work behaviour. Creativity and Innovation Management, 19(1), 23–36. https://doi.org/10.1111/j.1467-8691.2010.00547.x
Kan, A., Kan, M., Doğan, H. G., Tosun, F., Uçum, İ., & Solmaz, C. (2018). Evaluation of Young Farmers Project Support Program in Terms of Agri-Entrepreneurship in Turkey. Pakistan Journal of Agricultural Sciences, 55(4), 1021–1031. https://doi.org/10.21162/PAKJAS/18.7321
Kanter, R. M. (1988). When a Thousand Flowers bloom: structural, collective, ans social conditions for innovation in organization. Research in Organizational Behavior, 10(169–211).
Krueger, N. F., & Brazeal, D. V. (2018). Potencial Empreendedor e Empreendedores em Potencial. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 7(2), 201–226.
Lopes, L. F. D. (2018). Métodos quantitativos aplicados ao comportamento organizacional. Voix.
Lyons, T. S., Lyons, J. S., & Jolley, G. J. (2019). Entrepreneurial skill-building in rural ecosystems: A framework for applying the Readiness Inventory for Successful Entrepreneurship (RISE). Journal of Entrepreneurship and Public Policy, 9(1), 112–136. https://doi.org/10.1108/JEPP-09-2019-0075
McElwee, G., & Bosworth, G. (2010). Exploring the strategic skills of farmers across a typology of farm diversification approaches. Journal of Farm Management, 13(12), 819–838.
Methorst, R. G. (Ron)., Roep, D. (Dirk), Verhees, F. J. H. M. (Frans)., & Verstegen, J. A. A. M. (Jos). (2017). Differences in farmers’ perception of opportunities for farm development. NJAS - Wageningen Journal of Life Sciences, 81, 9–18. https://doi.org/10.1016/j.njas.2017.02.001
Nain, M. S., Singh, R., Mishra, J. R., Sharma, J. P., Singh, A. K., & Kumar, A. (2019). Maximising farm profitability through entrepreneurship development and farmers’ innovations: Feasibility analysis and action interventions. Indian Journal of Agricultural Sciences, 89(6), 1044–1049.
Orr, A. (2018). Markets, institutions and policies: A perspective on the adoption of agricultural innovations. Outlook on Agriculture, 47(2), 81–86. https://doi.org/10.1177/0030727018776433
Pindado, E. & Sánchez, M. (2019). Growth-oriented new agricultural ventures: the role of entrepreneurial resources and capabilities under convergence forces. European Review of Agricultural Economics, 46(5), 800–833. https://doi.org/10.1093/erae/jby039
Pires, L. M. P., Antonello, N. R. B., & Klidzio, R. (2014). Comportamento humano através de uma liderança eficaz. Revista FEMA Gestão e Controladoria, 4(1), 50–71.
Porto, A. (2019). Áreas da vida no trabalho como preditoras da síndrome de burnout: tradução, adaptação transcultural e validação do modelo AWS-MBIGS. Universidade Federal de Santa Maria.
Pugas, M. A. R., Ferreira, H. L., Herrero, E., & Patah, L. A. (2017). Mensuração da Relação Entre o Comportamento Inovador, Contatos Externos, Liderança Participativa e Resultados Inovadores: Um Estudo Exploratório por Meio de Equações Estruturais. Revista de Administração, Contabilidade e Economia Da Fundace, 8(2). https://doi.org/10.13059/racef.v8i2.434
Ringle, C. M., Wende, S., & Becker, J.-M. (2015). SmartPLS 3. GmbH: SmartPLS. www.smartpls.com
Robbins, S. P. (2005). Comportamento Organizacional (11th ed.). Pearson Prentice Hal.
Rocha, F. E. de C., & Padilha, G. de carvalho. (2004). Agricultura Familiar. In Agricultura Familiar: dinâmica de grupo aplicada às organizações de produtores rurais (1a). Embrapa Cerrados. https://doi.org/10.2307/j.ctvnp0kbt.8
Westland, J. C. (2010). Lower bounds on sample size in structural equation modeling. Eletronic Commerce Research and Appications, 9, 476–487.
Wiggins, S., Kirsten, J., & Llambí, L. (2010). The future of small farms. World Development2, 38(10), 1341–1348. https://doi.org/doi.org/10.1016/j.worlddev.2009.06.013
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Silvana Bortoluzzi Balconi; Luis Felipe Dias Lopes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.