Mamografia de rastreamento no SUS antes e durante a Pandemia de Covid-19: uma comparação entre biênios
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32738Palavras-chave:
Câncer de Mama; Mamografia; Covid-19; SUS.Resumo
O câncer de mama é o mais comum dentre as mulheres. Ações de rastreamento buscam diminuir a morbidade e mortalidade por essa neoplasia, identificando tumores em fases iniciais para melhorar as chances de reabilitação e cura. Objetivo: analisar se houve redução ou aumento das taxas de mamografias no biênio 2020-2021 em comparação ao biênio 2018-2019 no Brasil, suas Regiões e Unidades da Federação. Método: por meio dos dados do DATASUS de projeção populacional e mamografias aprovadas no SUS em mulheres de 50 a 69 anos, nos anos de 2018 a 2021, calcularam-se as taxas de cobertura de exames por mulheres alcançadas e a redução ou aumento dessas taxas entre os biênios. Resultados: de maneira geral, o Brasil apresentou uma redução de cerca de 30% de exames em 2020/2021 com relação a 2018/2019. Na Região Sul observou-se a maior redução: 33% menos mamografias, enquanto a Região Norte apresentou a menor: aproximadamente 11% de redução. Dentre as Unidades da Federação, verificou-se um aumento de mamografias realizadas durante a pandemia no Distrito Federal (25%), Roraima (15%), Pará (5%) e no Amapá, que alcançou 3.228%, em contraponto com os demais estados, que apresentaram redução no mesmo período. Conclusão: houve uma redução nacional de cerca de 30% na quantidade de mamografias aprovadas no SUS no biênio 2020-2021 em comparação a 2018-2019. Apesar disso, o Distrito Federal, Roraima, Pará e Amapá apresentaram taxas positivas, que podem indicar boas ações públicas em saúde voltadas para o rastreamento, passíveis de serem replicadas em futuras políticas pelos demais estados.
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