Estimativa de eliminação no meio ambiente e revisão de literatura de aspectos ecotoxicológicos dos principais antirretrovirais mais utilizados no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32975Palavras-chave:
Antirretrovirais; Ecotoxicologia; Meio ambiente.Resumo
Objetivo: Estimar o consumo e a quantidade de antirretrovirais (ARV) eliminados inalterados no meio ambiente e realizar uma pesquisa bibliográfica sobre estudos de ecotoxicologia aquática de ARV utilizados no Brasil. Metodologia: Solicitamos em uma das unidades dispensadoras de ARV da cidade de Belo Horizonte (BH) a quantidade de ARV dispensada nos anos de 2018-2019-2020. Considerando a quantidade dispensada em 2020, a dose diária e a taxa de eliminação, foram estimadas as quantidades de fármaco na forma inalterada no ambiente. Para todo o município de BH e Brasil, foram utilizados dados epidemiológicos referentes aos indivíduos em uso de terapia antirretroviral (TARV) em 2020, a proporção de pessoas vivendo com HIV em uso do regime principal de TARV, seguindo a mesma metodologia de estimativa utilizada anteriormente. Foram realizadas buscas estruturadas e individuais para cada ARV utilizado no Brasil, relacionando-o à ecotoxicologia, por meio do Google Scholar, National Center for Biotechnology Information e Scifinder, além do uso da plataforma fass.se. Resultados: Quatro artigos apresentaram resultados de toxicidade aguda ou crônica em modelos ecotoxicológicos envolvendo ARV. Dolutegravir e efavirenz foram considerados altamente tóxicos. Em 2020, aproximadamente 2.167kg de ARV na forma inalterada foram liberados no meio ambiente em BH. No Brasil foram 112.274kg. Conclusão: É urgente quantificar os principais ARV em corpos d'água. Com esses dados, somados aos dados ecotoxicológicos será possível estabelecer critérios de risco para possíveis medidas de controle ou mitigação desses contaminantes no meio ambiente, especialmente ações de melhoria nos tratamentos de esgoto/águas.
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