Infecção por Leishmania em cães seropositivos do Vale do Mucuri, Minas Gerais, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32994Palavras-chave:
Leishmaniose visceral canina; Clinical features; Leishmania species identification.Resumo
Introdução: A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma zoonose sistêmica grave que tem o cão como principal reservatório para a doença humana. Sendo uma doença tropical negligenciada, há lacunas sobre seus aspectos, sobretudo em caráter regional. Neste sentido, objetivou-se avaliar o perfil dos animais infectados e identificar as espécies prevalentes na infecção canina na macrorregião do Vale do Mucuri, Minas Gerais, Brasil, por meio da reação em cadeia de polimerase (PCR-RFLP ITS1). Metodologia: Estudo observacional transversal realizado entre agosto/2019 e fevereiro/2020 na Clínica Veterinária São Francisco e no Canil Municipal. Foram selecionados animais positivos ao Teste Rápido DPP®/Biomanguinhos, por meio da coleta de sangue venoso (SNAP); fragmento de pele de orelha (imprint por aposição); e aspirado de medula óssea para esfregaço em lâminas, isolamento em meio de cultura e diagnóstico molecular. Todos os animais passaram por exame clínico e coleta de dados: procedência, clínica, pelagem, idade, sexo. Resultados: Dentre 132 amostras, 88 (66,7%) identificaram a presença de Leishmania ao PCR-RFLP ITS1 e a identificada em 87,3% destes foi a L. infantum. Destes 88, 69 eram sintomáticos; 43 fêmeas, 45 machos; 73 com pelo curto. À idade, a maior frequência de PCR positivos ocorreu entre 2-5 anos (55 animais). 91,67% foram positivas ao teste sorológico SNAP, enquanto os parasitológicos foram majoritariamente negativos, apesar da presença de sintomas. Conclusões: O presente estudo possibilitou conhecer aspectos da LVC na amostra avaliada e identificar o agente etiológico prevalente na área de procedência, permitindo estabelecer estratégias eficientes no controle da enfermidade nos cães da região.
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