Acurácia da ultrassonografia no diagnóstico de tumores de glândulas salivares: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.33087Palavras-chave:
Neoplasias das Glândulas Salivares; Ultrassonografia; Diagnóstico.Resumo
Os tumores de glândulas salivares, embora incomuns, não são raros. Dada a sua localização, é difícil diagnosticar corretamente estas alterações patológicas somente com o recurso do exame clínico. Para tal, deve-se lançar mão de exames complementares, como a ultrassonografia (US), que devem ser seguros e precisos. Assim, o objetivo deste estudo foi descrever a acurácia da US para o diagnóstico de tumores de glândulas salivares em comparação à avaliação histopatológica. Trata-se de uma revisão integrativa. As buscas foram realizadas nas bases de dados PUBMED/MEDLINE, Scopus e Embase, utilizando os seguintes descritores na língua inglesa: “ultrasonography/ultrasound”; “salivary glands”; “lesions”; “cyst” e “tumour”. Foram selecionados seis artigos publicados entre 2015 e 2017. Foi verificado que os principais tumores de glândulas salivares identificáveis por meio da US foram o adenoma pleomórfico e tumor de Warthin e que estes acometem principalmente a glândula parótida. Os estudos demonstraram valores médios de acurácia variando entre 73,1% e 93,4%, sensibilidade de 60% a 80%, especificidade de 76,9% a 92,0%. Características como tamanho da lesão, ecogenicidade, regularidade da margem e vascularização foram mencionadas com padrões para o diagnóstico das lesões. Assim, a US é um recurso promissor para diagnóstico dos tumores de glândulas salivares, já que é um exame de imagem acurado em comparação ao histopatológico, não invasivo, indolor e com alta especificidade em tecidos moles. Contudo é operador-dependente e a experiência do avaliador pode influenciar na interpretação das imagens.
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