Retorno ao trabalho após reabilitação profissional: desafios e perspectivas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33203Palavras-chave:
Saúde do trabalhador; Retorno ao trabalho; Reabilitação vocacional.Resumo
Objetivo: Compreender o processo de retorno ao trabalho de trabalhadores atendidos pelo Programa de Reabilitação Profissional do Instituto Nacional do Seguro Social em uma cidade localizada no interior de São Paulo. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo-exploratório, desenvolvido em duas etapas com trabalhadores que passaram pelo Programa e que tiveram alta entre os anos de 2009 e 2020. Inicialmente, realizou-se uma pesquisa documental para identificação do perfil e das causas de afastamento dos trabalhadores e posteriormente, as entrevistas telefônicas individuais, que foram guiadas por um roteiro de questões semiestruturadas. O perfil e as causas de afastamento foram analisados por meio de análise descritiva, e as entrevistas por meio de análise de conteúdo temática. Resultados: Durante o período analisado, 263 trabalhadores retornaram ao trabalho, sendo 84 mulheres e 179 homens, afastados predominantemente por doenças do tecido osteomuscular e conjuntivo e por causas externas. Destes, 192 retornaram em função diversa e 71 à mesma função, mas em atividade diferente. Onze trabalhadores foram entrevistados, originando três categorias de análise: o difícil e desarticulado processo de retorno ao trabalho; potencialidades e fragilidades do Programa de Reabilitação Profissional; o fortalecimento do Programa de Reabilitação Profissional pode transformar o processo de retorno ao trabalho. Conclusão: Os achados deste estudo evidenciam as limitações e a necessidade de revisão no formato do Programa oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, além da necessidade de estabelecimento de diálogo com o empregador, especialmente devido à alta precoce e a falta de acompanhamento no retorno ao trabalho.
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