Paralisia do nervo oculomotor como manifestação inicial de esclerose múltipla: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.33205Palavras-chave:
Esclerose múltipla; Estrabismo; Paralisia do nervo oculomotor.Resumo
Objetivo: Descrever um caso clínica de esclerose múltipla com manifestação atípica em relação aos sinais e sintomas iniciais, faixa etário e gênero. Metodologia: Relato de caso com base no prontuário de um paciente que esteve internado no Hospital Policlínica Pato Branco, na cidade de Pato Branco, no Paraná, por paralisia unilateral do nervo oculomotor, diagnosticando-se esclerose múltipla posteriormente. Descrição do caso e discussão: O referido caso teve início com estrabismo convergente, diplopia e ptose palpebral, em olho direito, caracterizando paralisia do III nervo craniano à direita, sem outros sinais e sintomas associados. Foi feita investigação por ressonância magnética e pela análise de líquor. A esclerose múltipla é uma doença desmielinizante que prejudica a transmissão do impulso nervoso, resultando nas mais diversas manifestações clínicas, de acordo com a área do sistema nervoso central que é afetada e acomete, principalmente, mulheres jovens e brancas, entre a terceira e a quarta décadas de vida, iniciando tipicamente com um quadro agudo ou subagudo de alterações visuais ou da sensibilidade Conclusão: Somando-se a clínica apresentada aos exames complementares foi possível inferir o diagnóstico de esclerose múltipla, mesmo sendo um paciente com características atípicas para a doença em relação ao gênero, à idade e à apresentação inicial.
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