Tumor de células gigantes do osso: Perfil epidemiológico (quinta versão) – Um protocolo de estudo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.33230Palavras-chave:
Brasil; Denosumab; Epidemiologia; Tumor de Células Gigantes do Osso; Margens de Excisão; Procedimentos cirúrgicos operatórios.Resumo
O tumor de células gigantes do osso (TCGO) representa aproximadamente 5% dos tumores ósseos primários, e mais da metade dos casos afetam indivíduos entre 20 e 50 anos de idade. Apesar de ser uma neoplasia benigna, 3 a 5% dos casos podem apresentar metástases pulmonares, além de possuir alto potencial de destruição óssea no sítio principal da lesão, muitas vezes nas epífises de ossos longos, o que pode levar a sérios problemas funcionais nos pacientes afetados. O tratamento multidisciplinar do TCGO tem sido motivo de discussão na última década devido à descoberta de medicamentos, como o denosumab, que previnem a progressão do tumor e podem ser úteis em casos de pacientes com recidivas locais e tumores não ressecáveis. A base terapêutica do TCGO permanece sendo o tratamento cirúrgico isolado por ressecção intralesional (com adjuvantes), marginal ou ampla. O tratamento intralesional apresenta maiores taxas de recidiva, porém preserva a função articular adjacente e grande parte do estoque ósseo individual. A ressecção com margens amplas apresenta menores taxas de recorrência, mas tem mostrado piores resultados funcionais e complicações frequentes nas reconstruções ósseas. O conhecimento atual dos desfechos cirúrgicos do TCGO tem sido baseado em grandes séries mundiais - faltam dados epidemiológicos e cirúrgicos brasileiros sobre esse tipo específico de neoplasia, com exceção de algumas séries de casos. O principal objetivo deste trabalho é identificar o perfil epidemiológico do TCGO; os objetivos secundários são descrever os aspectos cirúrgicos nos principais centros de diagnóstico e tratamento de tumores ósseos, analisar os aspectos clínicos e cirúrgicos dos pacientes com TCGO de punho e mão e analisar os aspectos clínicos e cirúrgicos dos pacientes com TCGO do joelho. Esses achados podem ajudar na manutenção ou mudança de diretrizes nacionais para o tratamento da TCGO. Este protocolo de estudo foi submetido à apreciação ética sob o registro CAAE (Certificado de Apresentação de Apreciação Ética) N. º 94280918.0.0000.5327 (5.ª versão), avaliado através do parecer consubstanciado N. º 4.770.705, e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Institucional em 12 de junho de 2021.
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