O Nursing Activities Score e sua associação com as infecções relacionadas à assistência à saúde em uma unidade de terapia intensiva adulto brasileira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33269Palavras-chave:
Infecção Hospitalar; Carga de Trabalho; Enfermagem; Unidade de Terapia Intensiva; Nursing Activities Score.Resumo
A unidade de terapia intensiva (UTI) requer uma equipe especializada e com recursos humanos adequados, inclui-se nestes a Enfermagem. Para uma mensuração adequada à carga de trabalho dos profissionais de Enfermagem das UTIs brasileiras têm-se utilizado o Nursing Activities Score (NAS) com intuito de promover melhor adequação das escalas de trabalho. A sobrecarga de trabalho pode aumentar a incidência de eventos adversos, dentre eles, as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Objetivo: Associar a carga de trabalho em Enfermagem mensurada pelo NAS com as taxas IRAS em uma UTI Adulto de um hospital universitário, além de avaliar o impacto da separação das UTIs por tipo de especialização. Método: A coleta dos dados foi realizada em uma UTI Adulto: estratificada em função especialidades Cirúrgica, Neurológica e Médica; englobando o cálculo do NAS médio e as taxas de IRAs mensais de cada unidade da UTI, no período de 2016 a abril de 2019. Os dados do NAS foram coletados de planilhas secundárias, sem identificação do paciente, e as taxas de IRAs foram coletadas de informativos do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. Esses dados são de caráter administrativo e público. Resultados: O NAS médio foi diferente para cada unidade sendo a Neurológica com a maior carga de trabalho. Em relação às IRAS a unidade Neurológica apresentou maior incidência de IRAs e pacientes com IRAs. A pneumonia associada à ventilação mecânica foi maior nas unidades Cirúrgica e Neurológica. A infecção de corrente sanguínea e do trato urinário foi maior na unidade Clínica. Houve correlação positiva para NAS com PAV na unidade Médica e com infecção do trato urinário na unidade Cirúrgica. Na unidade Neurológica houve correlação negativa do NAS com taxa de IRAs e taxa de pacientes com IRAs. Conclusão: O NAS médio observado por nós foi inferior quando comparado a outras UTIs brasileiras, e estas variações podem estar associadas quanto ao tipo de hospital e perfil clínico dos pacientes. Foi possível observar que cada unidade tem sua particularidade quanto à incidência das IRAS e quanto à associação entre NAS (carga de trabalho) e as taxas de IRAs, reforçando a necessidade da estratificação e associação dos indicadores por unidade.
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