Análise de custo-benefício cirúrgico de apendicectomia no sistema de saúde público brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33315

Palavras-chave:

Apendicite; Laparoscopia; Laparotomia.

Resumo

Objetivos: Comparar o número de pacientes internados, o número de óbitos, dias de internação e valores de serviços hospitalares com procedimentos de apendicectomia aberta e videolaparoscópica. Comparar o custo-benefício dos procedimentos de apendicectomia aberta e videolaparoscópica. Comparar a eficácia dos procedimentos de apendicectomia aberta e videolaparoscópica. Metodologia: Esta pesquisa foi realizada por meio de um estudo retrospectivo, quantitativo, com dados secundários temporais coletados no banco de dados DATASUS. Artigos científicos coletados na plataforma de dados eletrônicos Scientific Electronic Library Online (SCIELO), US National Library of Medicine (PubMed) e Ministério da Saúde (MS) foram utilizados para discutir os resultados. Resultados: O número de apendicectomias abertas aumentou 130,86% de 2008 a 2018, enquanto o número de apendicectomias videolaparoscópicas aumentou 708,31%. As regiões brasileiras mais desenvolvidas, ou seja, Sul e Sudeste, somaram mais da metade de todos os procedimentos laparoscópicos realizados no Brasil, somando 85,52% do valor total. A taxa de mortalidade foi de 0,27% na apendicectomia aberta e 0,09% na apendicectomia videolaparoscópica. Portanto, a taxa de mortalidade foi 66,7% menor na apendicectomia videolaparoscópica. O custo médio para os cofres públicos foi de 383,02 reais para cada apendicectomia aberta e 403,02 reais para cada apendicectomia fechada. Conclusão: A análise das incógnitas relacionadas às cirurgias de apendicite mostra que fatores como óbitos, tempo médio de permanência e valor dos serviços hospitalares apresentam diferenças significativas para o médico e o paciente.

Biografia do Autor

Vitor Hugo Ramos Alves, Universidade Brasil

Graduated in Medicine from the Universidade Brasil in São Paulo.

Nara Moraes Guimarães, Universidade Brasil

Acadêmica de medicina da Universidade Brasil

 

Bárbara Santarém Soares, Universidade Brasil

Acadêmica de medicina da Universidade Brasil

Leonardo Murilha Ruiz, Faculdade Ceres

Acadêmica de medicina da Faculdade de Ceres

José Martins Filho, Universidade Brasil

médico e professor da universidade Brasil

Renato Canevari Dutra da Silva, Universidade de Rio Verde

doutor e professor da Universidade de rio verde

Referências

Ban, K. A., Minei, J. P. & Laronga, C. et al. (2017) American College of Surgeons and Surgical Infection Society: Surgical Site Infection Guidelines, J Am Coll Surg. 224(1), 59-74.

Bastos I. D. R., Mota H. M. & Fernandes A. N. G. (2021) Apendicite aguda e suas complicações cirúrgicas. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, 4(1) , 2142-2152.

Bresciani, C., Perez, R.O. & Habr-Gama, A. et al. (2005). Laparoscopic versus standard appendectomy outcomes and cost comparisons in the private sector. J Gastrointest Surg, 9 (8), 1174–80.

César, B. F., Borges, R. B. P. & Karoliny, A. C. B. et al. (2020). Critério De Alvarado Para Diagnóstico De Apendicite Aguda Infantil. Revista Interdisciplinar Em Ciências Da Saúde E Biológicas, 4(2), 75-87.

Coelho, J.C.U. (2005) Aparelho Digestivo: clínica e cirurgia. Editora Atheneu, (2), 862-868.

Evers, B. M., townsend, C. M. & Mattox, K. L. et. al. (2016). Sabiston Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern Surgical Practice. lsevier - Health Sciences Division, (20).

Figueiredo, B. Q. de, Cruz, B. A. & Teixeira, J. F. et al. (2021). Applications of laparoscopic surgery in pediatric patients: a systematic literature review. Research, Society and Development. 10 (15), 408101523165.

Franzon, O., Piccoli, M. & Neves, T. (2009). Apendicite aguda: análise institucional no manejo peri-operatório. ABCD, arq. bras. cir. dig. 22(2) .

Freitas, E. L. M. & Lamada, V. (2019) Perfil clínico-epidemiológico da apendicite aguda no Brasil: uma revisão sistemática. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento de Medicina do Campus Prof. Antônio Garcia Filho da Universidade Federal de Sergipe. Sistema de Bibliotecas UFS.

Garbutt, J. M., Soper, N. J. & Shannon, W. D. et al. (1999) Meta-analysis of randomized controlled trials comparing laparoscopic and open appendectomy. Surg Laparosc Endosc (9), 17-26.

Gil, A. C. (2021) Como fazer uma pesquisa quantitativa, Editora: Atlas. (1), 1-190.

Guller, U., Hervey, S. & Purves, H. et al. (2004) Laparoscopic versus open appendectomy: outcomes comparison based on a large administrative database. PubMed. 239(1), 43-52.

Hillesheim, V. R. (2018). Apendicectomia Aberta Versus Videolaparoscópica No Tratamento Da Apendicite Aguda: Coorte Histórica. Trabalho de Conclusão de Curso de graduação apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Medicina na Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Passo Fundo. Repositório Institucional da UFFS.

Iamarino, A. P. M, Juliano, Y. & Rosa, O. M. et al. (2017) Fatores de risco associados às complicações de apendicite aguda. Rev. Col. Bras. Cir. 44(06).

Johnson, A. B. & Peetz, M. E. (1998) Laparoscopic appendectomy is an acceptable alternative for the treatment of perforated appendicitis. Surg Endosc. 12 (7) , 3-940.

Jurema, H. G. M., Mostardeiro, L. R. & Menezes L.O. (2020) Apendicectomia convencional versus videolaparoscópica pelo SUS: estudo descritivo e transversal sobre as internações hospitalares no Brasil. Revista Saúde (Santa Maria), 46(2).

Li, X., Zhang, J. & Sang L, et al. (2010). Laparoscopic versus conventional appendectomy--a meta-analysis of randomized controlled trials. BMC Gastroenterol.(10) ,129.

Lima, G. J. S., Silva, A. L. & Leite, R. F. G. et al. (1012) Apendicectomia videoassistida por acesso único transumbilical comparada à via laparoscópica e laparotômica na apendicite aguda. Arq Bras Cir Dig. 25(1), 2-8.

Machado E. A. S., Dutra K. B. & Hayashida, M. et al. (2019) Ocorrência e fatores associados para infecção de sítio cirúrgico em colecistectomia videolaparoscópica. Rev Rene, 20(40718).

Malik, A. A. & Bari, S. (2009) Conservative management of acute appendicitis. J Gastrointest Surg. 13 (5), 966-70.

Marins N. (2001) Colégio Brasileiro De Cirurgiões. Segundo programa de auto-avaliação em cirurgia. Perspectivas atuais em videolaparoscopia. Editora diagraphic, 1(2).

Mark, H. B., Robert, S. P. & Thomas, V. J. et al. (2014) Manual Merck: diagnóstico e tratamento. Editora Roca, (19).

Matos, B., Santana, C. & Souza, D. et al. (2011) Apendicite Aguda. Rev.Med Minas Gerais; (21), 1-113.

Matzenbacher, L. P. S., Santo, D. M. N. E. & Galvan, C. et al. (2021) Orientações de Enfermagem na alta hospitalar pós-procedimentos cirúrgicos ambulatoriais. Research, Society and Development, 10(9), 37210917834.

Mccahill, L. E., Pellegrini, C. A. & Wiggrins. T. et al. (1996) A clinical outcome and cost analysis of laparoscopic versus open appendectomy. Am J Surg (171), 533-53.

Moore, K. L., Dalley, A. F. & Agur, A. M. R. (2014) Moore Anatomia Orientada Para a Clínica. Editora: Guanabara Koogan, (7).

Moreira L. F., Garbn H. I. & Da-Natividade G. R. et al. (2018). Fatores preditores de complicações pós-operatórias em apendicectomias. Rev Col Bras Cir, 45(5).

Prisco, R. (2002) Instrumental Laparoscópico. Acta Urológica, edição especial, 11-20.

Rodrigues, J. J. G., Machado, M. C. C. & Rasslan, S. (2008) Clínica Cirúrgica. Barueri, São Paulo: Manole, (2),1557-1558.

Santos, J. C. M. J., Martins, A. J. & Feres, O. et al. (1990) Plastrao apendicular: tratamento conservador com apendicectomia eletiva retardada. Rev Col Bras Cir, 17(4), 5- 82.

Thees, V. (2018) Apendicite: você sabe qual é a melhor abordagem diagnóstica? WhiteBook. Portal PubMed. https://pebmed.com.br/apendicite-voce-sabe-qual-e-a-melhor-abordagem-diagnostica/#:~:text=O%20diagn%C3%B3stico%20de%20apendicite%20aguda,em%20caso%20de%20d%C3%BAvida%20diagn%C3%B3stica.

Troncoso L. T. & Nunes C. P. (2019) Pós-Operatório Apendicectomia Laparoscópica X Cirurgia Aberta. Revista de Medicina de Família e Saúde Mental, 1(2).

Vieira, D. C. C. & Sá N. M. (2021) Estudo Da Evolução De Pacientes Portadores De Apendicite Aguda Com 65 Anos Ou Mais. Relatório final de pesquisa de Iniciação Científica apresentado à Assessoria de Pós-Graduação e Pesquisa. Brasilia. CEUB Educação Superior.

Downloads

Publicado

25/08/2022

Como Citar

ALVES, V. H. R.; GUIMARÃES, N. M.; SOARES, B. S.; RUIZ, L. M.; MARTINS FILHO, J.; SILVA, R. C. D. da . Análise de custo-benefício cirúrgico de apendicectomia no sistema de saúde público brasileiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 11, p. e359111133315, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i11.33315. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/33315. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde