Interação do ozônio com microrganismos: revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33363Palavras-chave:
Ozônio; Microrganismos; Biofilme.Resumo
O ozônio (O3) é uma molécula alotrópica que foi descoberta em meados do século XIX. Possui uma estrutura cíclica composta por três átomos de oxigênio que normalmente está presente como gás. O uso do ozônio na prática clínica foi introduzido no século passado por alguns clínicos pioneiros que desenvolveram trabalhos focados principalmente na área de ozônio medicinal aplicada localmente. Desde então, o uso terapêutico em medicina foi estendido a muitas doenças. O objetivo deste estudo é revisar a ação do ozônio sobre variados microrganismos. Para o cumprimento desse trabalho foi realizada uma revisão de literatura na qual foram utilizados artigos os quais abordam temas a respeito do ozônio em diversos aspectos biológicos. O ozônio inativa os microrganismos ao reagir com suas enzimas intracelulares, material nucleico e componentes de seu envelope celular, revestimentos de esporos ou capsídeos virais. Foi constatado que o ozônio é uma excelente opção para múltiplos usos, desde o tratamento de sanitização, quanto para uso medicinal de agentes patogênicos e também de purificação da água.
Referências
Albuquerque, G. G., da Silva Braga, R. P., & Gomes, V. (2012). Conhecimento dos alunos sobre microrganismos e seu uso no cotidiano. Revista de Educação, Ciências e Matemática, 2(1).
Braidy, N., et al. Therapeutic relevance of ozone therapy in degenerative diseases: Focus on diabetes and spinal pain. Journal of cellular physiology, 233(4), 2705-2714, 2018.
Brié, A., et al. Inactivation of murine norovirus and hepatitis A virus on fresh raspberries by gaseous ozone treatment. Food microbiology, v. 70, p. 1-6, 2018.
Diao, E., et al. Ozone detoxification of patulin in aqueous solution and cytotoxic evaluation using human hepatic carcinoma cells. Toxicon, v. 155, p. 21-26, 2018.
Fall, C., et al. Sludge reduction by ozone: Insights and modeling of the dose-response effects. Journal of environmental management, v. 206, p. 103-112, 2018.
Ji, J. H., et al. Inactivation of Poliovirus by Ozone and the Impact of Ozone on the Viral Genome. Biomedical and Environmental Sciences, 32(5), 324-333, 2019.
Lee, O.-Mi., et al. A comparative study of disinfection efficiency and regrowth control of microorganism in secondary wastewater effluent using UV, ozone, and ionizing irradiation process. Journal of hazardous materials, v. 295, p. 201-208, 2015.
Mahmoud, A., & Freire, R. S. (2007). Métodos emergentes para aumentar a eficiência do ozônio no tratamento de águas contaminadas. Química Nova, 30, 198-205.
Marino, M., et al. Inactivation of foodborne bacteria biofilms by aqueous and gaseous ozone. Frontiers in microbiology, v. 9, p. 2024, 2018.
Montenegro, J. L. P. S. (2021). O uso e aplicação do ozônio em atividade residenciais: uma revisão de literatura. Repositorio.ifpb.edu.br/handle/177683/1869
Murray, K., et al. Inactivation of Listeria monocytogenes on and within apples destined for caramel apple production by using sequential forced air ozone gas followed by a continuous advanced oxidative process treatment. Journal of food protection, 81(3), 357-364, 2018.
Nesi, A. K. (2018). Ozonioterapia: o uso do ozônio na odontologia. Trabalho de conclusão de curso (TCC) na odontologia.
Oliveira Junior, J. O. D., & Lages, G. V. (2012). Ozonioterapia em lombociatalgia. Revista Dor, 13, 261-270.
Pilatti, C. M., Franzes, D. B., Rangel, D. E. N., Loth, E. A., Genske, R. D., Cecatto, V., & Pessoa, R. S. (2022). Efeitos da ozonioterapia em modelo experimental murino de vulvovaginite por Candida albicans. Research, Society and Development, 11(5), e45511528354. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28354
Ribeiro da Silva, G. H., et al. UASB reactor effluent disinfection by ozone and chlorine. Journal of Environmental Science and Health, Part A, 50(12), 1215-1222, 2015.
Silva, S. B., de Mello Luvielmo, M., Geyer, M. C., & Prá, I. (2011). Potencialidades do uso do ozônio no processamento de alimentos. Semina: Ciências Agrárias, 32(2), 659-68
Tormin, S. C., Navarrini, A., de Almeida, J. O. C. F., Travassos, L. H. R., de Godoy Negri, M. V., & Silva, R. A. (2016). Análise do efeito bactericida do ozônio sobre bactérias multirresistentes/Analysis of bactericidal effect of ozone on multi-resistant bacteria. Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, 138-141.
Tuncay, Ö., et al. Effect of gaseous ozone and light‐activated disinfection on the surface hardness of resin‐based root canal sealers. Scanning, 38(2), 141-147, 2016.
Wang, Q., Markland, S., & Kniel, K. E. Inactivation of human norovirus and its surrogates on alfalfa seeds by aqueous ozone. Journal of food protection, 78(8), 1586-1591, 2015.
Wolf, C., Von Gunten, U., & Kohn, T. Kinetics of inactivation of waterborne enteric viruses by ozone. Environmental science & technology, 52(4), 2170-2177, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Cleverson Marcelo Pilatti; Rafael Luiz Dias; Célia Patrícia Müller Rodrigues; Eduardo Alexandre Loth; Rodrigo Sávio Pessoa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
