Tradução e adaptação transcultural do Instrumento de Avaliação Braquial para a População Brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33455

Palavras-chave:

Plexo braquial; Medida de resultado relatada pelo paciente; Lesões de nervos periféricos; Traduções.

Resumo

Objetivo: Apresentar a tradução e adaptação cultural do BrAT para a população brasileira. Metodologia: Este estudo de tradução e adaptação transcultural envolveu dez etapas propostas pela International Society of Pharmacoeconomics and Outcomes Research (ISPOR): preparação, tradução direta, reconciliação, retrotradução, revisão de retrotradução, harmonização, debriefing cognitivo – que compreendeu: um estudo Delphi envolvendo fisioterapeutas brasileiros que deveriam responder a um formulário de 7 itens, divididos em 3 eixos centrais: conteúdo do questionário, estrutura e adaptação transcultural; e um estudo piloto envolvendo pacientes com BPI que foram questionados quanto à compreensão de cada questão da versão brasileira do BrAT -, revisão do debriefing cognitivo, revisão e relatório final. Resultados: O processo de tradução gerou a primeira versão em português do Brasil do BrAT. No debriefing cognitivo, dez fisioterapeutas das cinco regiões brasileiras responderam ao estudo Delphi, e um consenso ≥ 80% foi alcançado em todos os itens, sem propostas de emendas. O estudo piloto envolveu 21 pacientes com BPI que demonstraram total compreensão da versão traduzida do BrAT e não sugeriram alterações. Após a revisão do instrumento, foi desenvolvida a versão brasileira final do BrAT (BrAT-Brasil). Conclusão: A versão do BrAT-Brasil mostrou-se bem adaptada ao cenário cultural da população brasileira. Exibiu resultados bem-sucedidos em todas as etapas recomendadas pela diretriz internacional sobre tradução e adaptação cultural de medidas de resultados relatadas pelo paciente.

Referências

César, L., et al. (2016) Adaptação transcultural do “Pelvic Girdle Questionnaire” (PGQ) para o Brasil ARTIGO ORIGINAL. p. 166–171.

Coelho, B. R., et al. (2015) Lesões do Plexo Braquial, A utilzação da fisioterapia no tratamento. Ensaios e Ciência: C. Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 16, n. 6, p. 185–197.

De Moraes, F. B., et al. (2015) Aspectos clínicos de pacientes com lesão traumática do plexo braquial após tratamento cirúrgico. Revista Brasileira de Ortopedia, 50(5), 556–561. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2015.04.006

Dy, C. J., et al. (2015) A systematic review of outcomes reporting for brachial plexus reconstruction. Journal of Hand Surgery, 40(2), 308–313. 10.1016/j.jhsa.2014.10.033.

Flores, L. P. Estudo Epidemiológico Das Lesões Traumáticas De Plexo Braquial Em Adultos. (2006) 64(1), 88–94.

Franzblau, L., & Chung, K. C. (2015) Psychosocial outcomes and coping after complete avulsion traumatic brachial plexus injury. Disability and Rehabilitation, 37(2), 135–143. 10.3109/09638288.2014.911971.

Hasson, F., Keeney, S., & Mckenna, H. (2000) Research guidelines for the Delphi survey technique. Journal of advanced nursing, 32(4), 1008–15.10.1046/j.1365-2648.2000.t01-1-01567.x.

Hill, B., et al. (2015). Do existing patient-report activity outcome measures accurately reflect day-to-day arm use following adult traumatic brachial plexus injury? Journal of Rehabilitation Medicine, 47(50, 438–444.10.2340/16501977-1950

Hill, B., et al. (2016). Evaluation of Internal Construct Validity and Unidimensionality of the Brachial Assessment Tool, A Patient-Reported Outcome Measure for Brachial Plexus Injury. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, 97(12), 2146–2156. 10.1016/j.apmr.2016.06.021.

Hill, B., et al. (2018a). Psychometric Evaluation of the Brachial Assessment Tool Part 1: Reproducibility. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, 99(4), 629–634. 10.1016/j.apmr.2017.10.015

Hill, B., et al. (2018b). Preliminary Psychometric Evaluation of the Brachial Assessment Tool Part 2: Construct Validity and Responsiveness. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, 99(40, 736–742. 10.1016/j.apmr.2017.11.004.

Hill, B. E., Williams, G., & Bialocerkowski, A. E. (2011). Clinimetric evaluation of questionnaires used to assess activity after traumatic brachial plexus injury in adults: A systematic review. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, 92(12), 2082–2089. doi:10.1016/j.apmr.2011.07.188.

Hill, B., Pallant, A. J., & Williams, A. G. Brachial (2019). Assessment Tool (Brat) For Adults With Brachial Plexus Injuries BrAT : User manual BrAT investigators : n. 1. https://doi.org/10.25904/1912/833.

Magalhães, M., et al. (2017). Epidemiologia e estimativa de custo das cirurgias do plexo braquial realizadas pelo Sistema Único de Saúde no Brasil (2008–2016). Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery.10.1055/s-0037-1613713.

Mancuso, C. A., et al. (2015). Expectations and limitations due to brachial plexus injury: a qualitative study. 10.1007/s11552-015-9761-z.

Mancuso, C. A., et al. (2016). Compensation by the Uninjured Arm After Brachial Plexus Injury. Hand, 11(4), 410–415. 10.1177/1558944715627635.

Powell, C. (2003). The Delphi technique: myths and realities. Journal of advanced nursing, 41(4), 376–382. 10.1046/j.1365-2648.2003.02537.x.

Sc, B. W. M., Hons, B. S., & Nurse, O. N. C. C. (2010). Quality of life issues for patients following traumatic brachial plexus injury – Part 2 research project. International Journal of Orthopaedic and Trauma Nursing, 14(1), 5–11. https://doi.org/10.1016/j.ijotn.2015.11.001.

Wild, D., et al. (2005). Principles of Good Practice for the Translation and Cultural Adaptation Process for Patient-Reported Outcomes (PRO) Measures. Value in Health, 8(2), 95–104. 10.1111/j.1524-4733.2005.04054.x.

Downloads

Publicado

17/08/2022

Como Citar

MORAES, . A. A. de .; HILL, B. .; MENEZES, M. C. M. de .; CHAGAS, A. C. de S. .; SOUZA , F. H. M. de .; TOSCANO, R. C. S. .; DANTAS, D. de S. .; OLIVEIRA , D. A. de . Tradução e adaptação transcultural do Instrumento de Avaliação Braquial para a População Brasileira. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 11, p. e128111133455, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i11.33455. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/33455. Acesso em: 16 ago. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde