Avaliação do nível de alfabetização científica de acadêmicos ingressantes e concluintes de cursos de licenciatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.3349Palavras-chave:
Alfabetização Científica; Formação inicial; Pesquisa quantitativaResumo
Apresentamos os resultados de uma pesquisa quantitativa que visou inferir e comparar o nível de Alfabetização Científica de 194 acadêmicos ingressantes e concluintes em cursos de licenciaturas de uma Universidade do interior do Rio Grande do Sul, no Brasil. A justificativa para o estudo envolve o anseio de conhecer o impacto da vivência acadêmica na formação científica de futuros professores que estão no processo de formação inicial. Para isso, utilizou-se uma versão reduzida do Teste de Alfabetização Científica Básica (TACB). De maneira específica, essa investigação buscou inferir o entendimento de licenciandos nas três dimensões da Alfabetização Científica postuladas pelo referencial teórico: entendimento dos conteúdos da ciência, da natureza da ciência e do impacto da ciência na sociedade e ambiente. Como resultados, observou-se que há diferenças na média de acertos entre ingressantes e concluintes dos cursos estudados. No entanto, essas diferenças não puderam ser consideradas significativas estatisticamente. Tais constatações vão de encontro aos resultados descritos pela literatura ao investigar sob esta perspectiva os cursos de Química e Biologia. Recomenda-se que outros estudos sejam realizados replicando a metodologia empregada, a fim de fornecer subsídios para comparar os dados e as conclusões obtidas dentre os diferentes cursos de formação inicial de professores.
Referências
A.A.A.S. (1989). American Association for the Advancement of Science. Science for all Americans: A project 2061 report on literacy goals in science, mathematics and technology. Washington: AAAS.
Anelli, C. (2011). Scientific literacy: What is it, are we teaching it, and does it matter. American Entomologist, 57(4), 235-244.
Auler; D., & Delizoicov, D. (2001). Alfabetização científico-tecnológica para quê?. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 3(2), 122-134.
Baram‐Tsabari, A., & Yarden, A. (2005). Text genre as a factor in the formation of scientific literacy. Journal of research in science teaching, 42(4), 403-428.
Brossard, D., & Shanahan, J. (2006). Do they know what they read? Building a scientific literacy measurement instrument based on science media coverage. Science Communication, 28(1),47-63.
Bybee, R. (1995). Achieving scientific literacy. The science teacher, 62(7), 28-32.
Camargo, A. N. B., Pilar, F. D., Ribeiro, M. E. M., Fantinel, & M., Ramos, M. G (2011).
Alfabetização Científica: A evolução ao Longo da formação de Licenciandos Ingressantes, Concluintes e de Professores de Química. Momento – Diálogos em Educação, 20(2), 19-29.
Camargo, A. N. B., Vidor, C. B., Irber, C., Pilar, C. D., Souza, V. M., & Ramos, M. G. (2010). Estudo do nível de Alfabetização Científica de licenciandos ingressantes e concluintes em Química. Anais do XI Salão de Iniciação Científica PUCRS, Porto Alegre.
Chin, C. (2005). First‐year Pre‐service Teachers in Taiwan: Do they enter the teacher program with satisfactory scientific literacy and attitudes toward science? International Journal of Science Education, 27(13), 1549-1570.
Coppi, M. A., & Sousa, C. P. (2019). Estudo da Alfabetização Científica de alunos do 9° ano do Ensino Fundamental de um colégio particular da cidade de São Paulo. Debates em Educação, 11(23), 169-185.
Cunha, R. B. (2017). Alfabetização científica ou letramento científico?: interesses envolvidos nas interpretações da noção de scientific literacy. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, 22(68), 169-186.
Deboer, G. (2000). Scientific literacy: Another look at its historical and contemporary meanings and its relationship to science education reform. Journal of Research in Science Teaching: The Official Journal of the National Association for Research in Science Teaching, 37(6), 582-601.
Field, A. (2009). Descobrindo a estatística usando o SPSS. Porto Alegre: Bookman.
Gresczysczyn, M. C. C., Monteiro, E. L., & Camargo, P. S. (2018). Determinação do Nível de Alfabetização Científica Básica de estudantes da etapa final do Ensino Médio e etapa inicial de Ensino Superior. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, 11(1), 192-208.
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. Editora Atlas SA.
Hair Júnior, J.; Black, W., Babin, B., Anderson, R., & Tatham, R. (2009). Multivariate Data Analysis. 6ª ed. Upper Saddle River, NJ: Pearson Prentice Hall.
Hoff, A. G. (1936). A test for scientific attitude. School Science and Mathematics, 36(7), 763-770.
Hurd, P. D. (1958). Science literacy: Its meaning for American Schools. Educational Leadership, 16, 13-16.
Laugksch, R., & Spargo, P. (1996). Construction of a paper-and-pencil Test of Basic Scientific Literacy based on selected literacy goals recommended by the American Association for the Advancement of Science. Public Understanding of Science, 5, 331-359.
Laugksch, R., & Spargo, P. (1999). Scientific Literacy of Selected South African Matriculants Entering Tertiary Education: A Baseline Survey. South African journal of science, 95, 427-432.
Laugksch, R. (2000). Scientific Literacy: A Conceptual Overview. Science Education, 84(1), 71-94.
Lima, A. M. D. L. (2016). A alfabetização científica de estudantes de licenciatura em ciências biológicas e sua influência na produção de materiais didáticos. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
Lima, A. M. D. L., & Garcia, R. N. (2015). A Alfabetização Científica de estudantes de licenciatura em Ciências Biológicas: um estudo de caso no contexto da formação inicial de professores. Anais do X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC). Águas de Lindóia.
Membiela, P. (2007). Sobre la deseable relación entre comprensión pública de la ciência y alfabetización científica. TED: Tecné, Episteme y Didaxis, 22, 107-112.
Miller, J. (1983). Scientific literacy: A conceptual and empirical review. Daedalus: Journal of the American Academy of Arts and Sciences, 112(12), 29-48.
Murcia, K., & Schibeci, R. (1999). Primary student teachers' conceptions of the nature of science. International journal of science education, 21(11), 1123-1140.
Nascimento-Schulze, C. M. (2006). Um estudo sobre Alfabetização Científica com jovens catarinenses. Psicologia: teoria e prática, 8(1), 95-117.
Nascimento-Schulze, C. M., Camargo, B. V., & Wachelke, J. F. R. (2006). Alfabetização científica e representações sociais de estudantes de ensino médio sobre ciência e tecnologia. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 58(2), 24-37.
Noll, V. (1935). Measuring the scientific attitude. The Journal of Abnormal and Social Psychology, 30(2), 145-156.
Oliveira, W. F. A., Silva-Forsberg, M. C. (2011). Níveis de Alfabetização Científica de estudantes da última série do Ensino Fundamental. Anais do VIII Encontro nacional de pesquisa em educação em ciências (ENPEC), Campinas.
Özdem, Y., Çavaş, P., Cavas, B., Çakiroǧlu, J., & Ertepinar, H. (2010). An investigation of elementary students' scientific literacy levels. Journal of Baltic Science Education. 9(1), 6-19.
Pasquali, L. (2017). Psicometria: teoria dos testes na psicologia e na educação. Petrópolis: Vozes.
Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Acesso em: 31 março 2020.
Rivas, M. I. E. (2015). Avaliação do nível de Alfabetização Científica de estudantes de biologia. (Trabalho de conclusão de curso). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
Rivas, M. I. E., Moço, M. C., & Junqueira, H. (2017). Avaliação do nível de alfabetização científica de estudantes de biologia. Revista Acadêmica Licencia&acturas, 5(2), 58-65.
Sasseron, L. H., & Carvalho, A. M. P. (2011). Alfabetização Científica: uma revisão bibliográfica. Investigações em Ensino de Ciências, 16(1), 59-77.
Shen, B. (1975). Science literacy and the public understanding of science. In: Communication of scientific information. Karger Publishers, 63(3), 44-52.
Vidor, C. B., Pilar, F. D., Camargo, A. N. B., Irber, C., Souza, V. M., Silva, A. M. M., & Ramos, M. G. (2010). Estudo sobre o nível de alfabetização científica e tecnológica de professores do estado do rio grande do sul. Anais do XI salão de iniciação científica PUCRS, Porto Alegre, RS, Brasil.
Vidor, C. B., Silva, A. M. M., Costa, S. S. C., & Ramos, M. G. (2009a). Avaliação do nível de alfabetização científica de professores da Educação Básica. Anais do X salão de iniciação científica PUCRS, Porto Alegre, RS, Brasil.
Vidor, C. B., Costa, S. S. C., Silva, A. M. M., & Ramos, M. G. (2009b). Avaliação do nível de Alfabetização Científica de professores da educação básica. Anais do VI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC). Florianópolis, SC, Brasil.
Vizzotto, P. A., & Mackedanz, L. F. (2020). Alfabetização Científica e a Contextualização do conhecimento: um estudo da Física aplicada ao trânsito. Revista Brasileira de Ensino de Física, 42, e20190027.
Vizzotto, P. A., & Mackedanz, L. F. (2018). Teste de Alfabetização Científica Básica: processo de redução e validação do instrumento na língua portuguesa. Revista Prática Docente, 3(2).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.