A teoria da justiça de John Rawls e sua relação com as percepções de justiça e autorrespeito das mulheres vítimas de violência intrafamiliar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33509

Palavras-chave:

Violência intrafamiliar; Teoria da justiça; Equidade; Autorrespeito.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar as percepções de justiça e autorrespeito que as mulheres vítimas de violência possuem antes e depois da denúncia da violência às autoridades julgadoras, a partir da análise discussões feitas na rede social Facebook. Trata-se de uma pesquisa qualitativa. A análise se sustenta em um resgate histórico e conceitual da justiça, equidade e autorrespeito, baseada na renomada teoria da justiça de John Rawls, tendo em consideração que a violência está cada vez mais presente na vida cotidiana das mulheres, tanto no âmbito social quanto nos lares. Os resultados desta pesquisa mostraram ser necessária uma preocupação com a eficiência das medidas tomadas pelas instituições de justiça em casos de violência ocorridas no seio familiar, visto que, conforme a análise dos relatos em um grupo de interação no Facebook, na maioria das vezes, a medida protetiva não surte os devidos efeitos no agressor, e nem promove um verdadeiro sentimento de segurança e integridade nas vítimas.

Referências

Araújo, D. S. (2014). Os direitos sociais e a teoria da justiça de John Rawls. Revista de Informação Legislativa, 51(203), 237-247.

Barbosa-Fohrmann, A. P. (2011). A legitimação moral dos direitos humanos: uma análise dos princípios de justiça de John Rawls. Revista Direito e Práxis, 3(2), 42-55.

Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo: Edições 70.

Bernardo. A. M. C. S., Ramos, E. M. L. S., Almeida, S. S., & Souza, J. G. (2022). Patrulha Maria da Penha no Estado do Pará. In I. R. Nascimento, A. L. M. das Neves, L. N. dos Reis (Orgs.), Segurança e violências: perspectivas interdisciplinares (pp. 165-178). Curitiba: CRV.

Biroli, F. (2010). Gênero e família em uma sociedade justa: adesão e crítica à imparcialidade no debate contemporâneo sobre justiça. Rev. Sociol. Polít., 18(36), 51-65.

Bourdieu, P. (1999). A dominação masculina: Bertrand Brasil.

Bruno, N. L., Profice, C. C., Aguiar, P. C. B. de, Pires, M. de M., & Ferraz, M. I. F. (2022). Empoderamento feminino na agricultura familiar no estado da Bahia, Brasil. Research, Society and Development, 11(9), e38711932003.

Castells, M. A (2015) Galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Da Silva Filho, J. A., Silva, C. F., Albuquerque, G, A., Pinto, A. G. A., Rakelly de Oliveira, D., & Cavalcante, E. G. R. (2020). Preventive recommendations during covid-19 times in the light of the environmental theory. Avances en Enfermería, 38, 68-73.

De Almeida, R. L. P., & Mendonça, A. L. P. (2022). A violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha: uma efetiva proteção ou uma legislação simbólica?.Revista Pensamento Jurídico, 15(3), 438-465.

DeSouza, E., Baldwin, J. R., & Rosa, F. H. (2000). A construção social dos papéis sexuais femininos. Rev. Psicologia: Reflexão e Crítica, 13(3), 485-496.

Fernandes, A. B. (2014) A mídia e os fluxos comunicativos do espaço público. Geraes Revista de Comunicação Social, n. 51.

Grondona, M. (2000). Os pensadores da liberdade: de John Locke a Robert Nozick. Mandarim.

Melo, M. T., & Teles, M. A. A. (2002). O que é violência contra a mulher (Coleção Primeiros Passos). Brasiliense.

Minayo, M. C. S. (2006). Violência e saúde. Fiocruz.

Möller, J. E. (2006). A justiça como equidade em John Rawls: Sergio Antonio Fabris Ed.

Oliveira, C. (2015). Justiça e equidade em John Rawls. Cadernos de Ética e Filosofia Política, 2(27), 114-128.

Piovesan, F., & Silva, R. B. D. (2010). Igualdade e diferença: o direito à livre orientação sexual na corte europeia de direitos humanos e no judiciário brasileiro. In: J. R. Vieira, 20 anos da Constituição Cidadã de 1988: efetivação ou impasse institucional? (pp. 65-105). Lumen Juris.

Ramos, K. R., Fernandes, R. C., & Spinosa, S. A. (2018). Direito e Estado: Uma Análise da Teoria da Justiça em John Rawls. Revista Ágora Filosófica, 1(2), 05-26.

Rawls, J. (2002). Justiça como eqüidade: uma reformulação: Martins Fontes.

Rawls, J. (2008). Uma teoria da justiça: Martins Fontes.

Silva, P. R. O., Libório, N. D., Almeida, M. C. de, Rocha, T. S., Dourado, F. N., & Amorim, C. F. (2022). Os possíveis impactos psicossociais na mulher diante da violência doméstica. Research, Society and Development, 11(10), e241111032666.

Yin, R. K. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos. (2a ed.): Bookman.

Downloads

Publicado

16/08/2022

Como Citar

SILVA, R. A. da; NASCIMENTO, I. R.; MELEIRO, M. L. de A. P. A teoria da justiça de John Rawls e sua relação com as percepções de justiça e autorrespeito das mulheres vítimas de violência intrafamiliar . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 11, p. e94111133509, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i11.33509. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/33509. Acesso em: 28 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais