Memória, gênero e sexualidade: uma abordagem pós-estruturalista
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33746Palavras-chave:
Memória coletiva; Gênero; Sexualidade; Violências estruturais; Pós- estruturalismo.Resumo
Este trabalho tem por objetivo, discutir, de forma panorâmica, questões de gênero e sexualidade evocadas na memória coletiva, de forma a trazer a sua importância dentro de uma abordagem pós-estruturalista, sem fechamento de sentidos. Para tal, fez -se uso do conceito de memória, principalmente o da memória coletiva e dos quadros sociais da memória em Maurice Halbwachs (1990; 2004), que traz a noção de memória partilhada entre grupos sociais e replicadas como verdades válidas dentro daquele tempo e espaço, ancoradas em quadros e marcos. Verificou-se, por meio de uma pesquisa bibliográfica, que a memória é sempre constituída em um grupo, e o indivíduo que se recorda, por sua vez, está inserido neste. Destarte, esse grupo, partilhante das memórias coletivas comungadas ali, utiliza, na maioria das vezes, essas memórias como regramentos de fé e prática quando há o reforço e influência de instituições maiores, que fazem uso da manutenção de uma lógica padronizada moralmente do bem viver. Observou-se também que, o encaixe em características tidas como padrão em sociedade é construção de grupos sociais, e, muitas vezes, são usadas como forma de violência para com grupos minoritários como mulheres, travestis, transgêneros e sujeitos com sexualidades homoafetivas, nesse sentido, cabe à academia promover debates e construções epistemológicas que caminhem no sentido de romper esses constructos estruturais de gênero, sexualidades e papeis sociais dentro de uma ótica e memória coletiva padronizada pelo olhar de grupos conservadores e avessos à diversidade.
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