Avaliação do perfil epidemiológico e dos desfechos clínicos de pacientes com tuberculose multirresistente no estado de Santa Catarina entre os anos de 2009 e 2019
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33803Palavras-chave:
Tuberculose; Mycobacterium tuberculosis; Resistência a Medicamentos; Tuberculose Resistente a Múltiplos Medicamentos.Resumo
Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico e avaliar os desfechos clínicos de pacientes com tuberculose multirresistente no Estado de Santa Catarina, notificados entre os anos de 2009 e 2019. Métodos: Estudo observacional transversal, utilizando banco de dados do Sistema de Informação de Tratamentos Especiais da Tuberculose, do qual fizeram parte pacientes notificados com tuberculose multirresistente em Santa Catarina entre janeiro de 2009 e dezembro de 2019. Resultados: Dentre 265 participantes, as características sociodemográficas de maior prevalência foram idade entre 20 e 59 anos (90,2%), sexo masculino (69,8%), etnia branca (85,2%) e com escolaridade menor ou igual a 7 anos (65,6%). Houve maior número de notificações fora da Grande Florianópolis (66,4%), pacientes não assalariados (58,5%), com forma clínica pulmonar (91,6%), não bilateral (56,2%), com tratamento completo (69,8%). Os agravos mais prevalentes foram uso de drogas ilícitas (23,4%), tabagismo (30,9%), etilismo (23,8%), AIDS (16,6%) e Diabetes Mellitus (9,5%). Sobre os desfechos clínicos, evidenciou-se significância estatística na associação de etnia (p=0,020) e escolaridade (p=0,009) com desfecho clínico “tratamento completo”. Conclusão: O perfil encontrado é composto, majoritariamente, por homens, etnia branca, entre 20 e 59 anos, escolaridade menor ou igual a 7 anos, não assalariados, notificados fora da Grande Florianópolis, com forma clínica pulmonar, não bilateral e que completaram tratamento.
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