Prevalência de alterações em seios maxilares por meio de radiografias panorâmicas digitais da Universidade Tiradentes
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33806Palavras-chave:
Prevalência; Radiografia panorâmica; Seio maxilar.Resumo
Os seios maxilares, estrutura anatômica visualizada radiograficamente por uma ampla área radiolúcida na região posterior de maxila e são considerados como as maiores das cavidades paranasais, podendo ser localizados em radiografias panorâmicas digitais. Nessa área podem ser encontradas extensões, septos intrassinusais e algumas alterações patológicas. Essa pesquisa objetiva investigar e determinar a prevalência dos principais tipos de alterações anatômicas e patológicas em seios maxilares com suas exatas localizações através de radiografias panorâmicas digitais do banco de imagens da Clínica de Radiologia da Universidade Tiradentes (UNIT). A amostra foi composta por 878 exames, totalizando em 1756 seios maxilares. Para avaliar a associação entre as variáveis, utilizou o teste não paramétrico de associação Qui-quadrado, com nível de significância estatística em p<0,05. Para verificar o grau de concordância entre os examinadores foi utilizado o teste estatístico Kappa (p<0,001). Os dados obtidos mostraram que houve uma predominância ao gênero feminino (66,2%). Observou-se maior número de alterações entre indivíduos de 46 a 55 anos (84,78%). Referente às alterações anatômicas, os septos intra sinusais (69,2%) apresentaram-se em maior frequência e, como alterações patológicas, o cisto de retenção de muco (1,17%). Foi observado diferença estatística entre a presença de alterações sinusais em relação à faixa etária (p<0,0001). Houve maior prevalência de alterações sinusais em mulheres, sendo estatisticamente significante (<0,0001). Esse estudo contribuiu para o conhecimento sobre a estrutura anatômica da população estudada, onde a radiografia panorâmica digital, trata-se de uma ferramenta importante para o diagnóstico de alterações na região maxilomandibular.
Referências
Alvares, L. C., & Tavano, O. (1998). Curso de radiologia em odontologia. In Curso de radiologia em odontologia (pp. 248-248).
Arieta, L. C., de Abreu, M. Á., Rockenbach, M. I. B., & Veeck, E. B. (2005). Extensões dos seios maxilares detectadas em radiografias periapicais. Revista Odonto Ciência, 20(47), 18-22.
Antoniazzi, M. C. C., Carvalho, P. L. D., & Koide, C. H. (2008). Importância do conhecimento da anatomia radiográfica para a interpretação de patologias ósseas. RGO, 56(2), 195-9.
Batista, P. S., Junior, A. F. D. R., & Wichnieski, C. (2011). Contribuição para o estudo do seio maxilar. Revista Portuguesa de Estomatología, Medicina Dentária e Cirugia Maxilofacial, 52(4), 235-239.
Beretta, M., Cicciu, M., Bramanti, E., & Maiorana, C. (2012). Schneider membrane elevation in presence of sinus septa: anatomic features and surgical management. International journal of dentistry, 2012.
Hernández Caldera, A., Vistoso Monreal, A., Hernández Quezada, R., & Rojo Pereira, J. (2011). Presencia y distribución de tabiques intrasinusales en el piso del seno maxilar. International Journal of Morphology, 29(4), 1168-1173.
Carneiro, P. M. R. (2010). Alterações dos seios paranasais em exames de tomografia computadorizada multislice solicitadas para avaliação otorrinolaringológica [dissertation]. Belo Horizonte, MG: Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais.
Castro, A., Sassone, L., & Amaral, G. (2013). Alterações no seio maxilar e sua relação com problemas de origem odontológica. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto (TÍTULO NÃO-CORRENTE), 12(1).
Costa, C. M. A. C., Madeiro, A. T., & Bandeira, F. G. (2007). Diagnóstico das alterações nos seios maxilares através da imagem digitalizada. Salusvita, 26(1), 11-21.
Cral, W. G., Chicrala G. M., & Capelozza, A. L. A. (2017). Reconhecimento da anatomia do seio maxilar em exames radiográficos: relato de caso. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, 15(1), 223-228.
Da Silva Dias, A. C. M., de Medeiros, A. M. C., de Freitas, Y. N. L., de Lima, K. C., Maia, P. R. L., & de Oliveira, P. T. (2019). Achados radiográficos em radiografias panorâmicas de idosos: estudo transversal em 1006 pacientes.
Dobele, I., Kise, L., Apse, P., Kragis, G., & Bigestans, A. (2013). Radiographic assessment of findings in the maxillary sinus using cone-beam computed tomography. Stomatologija. Baltic Dental and Maxillofacial Journal.
Dragan, E., Oana Ladunca, R. U. S. U., Nemtoi, A., Melian, G., Mihai, C., & Danisia, H. A. B. A. (2014). Maxillary sinus anatomic and pathologic CT findings in edentulous patients scheduled for sinus augmentation. The Medical-Surgical Journal, 118(4), 1114-1121.
Ferreira, T. L. D., Freitas, C. F. D., & Freitas, Á. D. C. P. A. D. (2013). Anatomia radiográfica dentomaxilomandibular. Radiologia odontológica e imaginologia.
Gracco, A., Parenti, S. I., Ioele, C., Bonetti, G. A., & Stellini, E. (2012). Prevalence of incidental maxillary sinus findings in Italian orthodontic patients: a retrospective cone-beam computed tomography study. The korean journal of orthodontics, 42(6), 329-334.
Guerra-Pereira, I., Vaz, P., Faria-Almeida, R., Braga, A. C., & Felino, A. (2015). CT maxillary sinus evaluation-A retrospective cohort study. Medicina oral, patologia oral y cirugia bucal, 20(4), e419.
Havas, T. E., Motbey, J. A., & Gullane, P. J. (1988). Prevalence of incidental abnormalities on computed tomographic scans of the paranasal sinuses. Archives of Otolaryngology–Head & Neck Surgery, 114(8), 856-859.
Kim, M. J., Jung, U. W., Kim, C. S., Kim, K. D., Choi, S. H., Kim, C. K., & Cho, K. S. (2006). Maxillary sinus septa: prevalence, height, location, and morphology. A reformatted computed tomography scan analysis. Journal of periodontology, 77(5), 903-908.
Krennmair, G., Ulm, C. W., Lugmayr, H., & Solar, P. (1999). The incidence, location, and height of maxillary sinus septa in the edentulous and dentate maxilla. Journal of oral and maxillofacial surgery, 57(6), 667-671.
Lim, C. G., & Spanger, M. (2012). Incidental maxillary sinus findings in patients referred for head and neck CT angiography. Singapore dental journal, 33(1), 1-4.
Maciel, P. P., Monteiro, B. M., Lopes, P. D. M. L., & de SALES, M. A. O. (2012). Correlação clínico-tomográfica em patologias dos seios maxilares: avaliação por meio de tomografia computadorizada por feixe cônico. Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada, 12(4), 477-481.
Fenyo-Pereira, M., Crivello Júnior, O., Lascala, C. Â., Costa, C., Freitas, C. F. D., Arita, E. S., ... & Cavalcanti, M. G. P. (2013). Radiologia odontológica e imaginologia.
Moraes, S. A. D., Lopes, D. A., & Freitas, I. C. M. D. (2014). Sex-specific differences in prevalence and in the factors associated to the search for health services in a population based epidemiological study. Revista Brasileira de Epidemiologia, 17, 323-340.
Navarro, J. A. C. (1997). Cavidade do nariz e seios paranasais. In Cavidade do nariz e seios paranasais (pp. 146-146).
Neugebauer, J., Ritter, L., Mischkowski, R. A., Dreiseidler, T., Scherer, P., Ketterle, M., ... & Zöller, J. E. (2010). Evaluation of maxillary sinus anatomy by cone-beam CT prior to sinus floor elevation. International Journal of Oral & Maxillofacial Implants, 25(2).
Nogueira, A. S. (2013). Avaliação da prevalência de variações anatômicas do complexo ostiomeatal e de afecções inflamatórias dos seios maxilares por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Orhan, K., Seker, B. K., Aksoy, S., Bayindir, H., Berberoğlu, A., & Seker, E. (2013). Cone beam CT evaluation of maxillary sinus septa prevalence, height, location and morphology in children and an adult population. Medical Principles and Practice, 22(1), 47-53.
Pacenko, M. R., de Lima Navarro, R., Fernandes, T. M. F., Conti, A. C. D. C. F., Domingues, F., & Oltramari-Navarro, P. V. P. (2017). Avaliação do Seio Maxilar: Radiografia Panorâmica Versus Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico. Journal of Health Sciences, 19(3), 205-208.
Pagin, O. (2011). Avaliação do seio maxilar por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Pommer, B., Ulm, C., Lorenzoni, M., Palmer, R., Watzek, G., & Zechner, W. (2012). Prevalence, location and morphology of maxillary sinus septa: systematic review and meta‐analysis. Journal of clinical periodontology, 39(8), 769-773.
Dos Anjos Pontual, M. L., dos Anjos Pontual, A., da Silveira, M. M. F., Martins, M. T., & Devito, K. L. (2017). Aplicação de técnicas radiográficas para o diagnóstico diferencial de tonsilolito. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, 22(1), 50-55.
Poubel, H. C. P. (2014). Avaliação de septos em seios maxilares por meio de radiografia panorämica e tomografia computadorizada: revisão de literatura.
Raghav, M., Karjodkar, F. R., Sontakke, S., & Sansare, K. (2014). Prevalence of incidental maxillary sinus pathologies in dental patients on cone-beam computed tomographic images. Contemporary clinical dentistry, 5(3), 361.
Rege, I. C. C. (2011). Ocorrência de anormalidades nos seios maxilares detectadas por meio da tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC) em pacientes assintomáticos.
Ritter, L., Lutz, J., Neugebauer, J., Scheer, M., Dreiseidler, T., Zinser, M. J., ... & Mischkowski, R. A. (2011). Prevalence of pathologic findings in the maxillary sinus in cone-beam computerized tomography. Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology, and Endodontology, 111(5), 634-640.
Shankar, L., Evans, K., Hawke, M., & Stamnberger, H. (1997). Atlas de imagem dos seios paranasais. Rio de Janeiro: Revinter.
Shiki, K., Tanaka, T., Kito, S., Wakasugi-Sato, N., Matsumoto-Takeda, S., Oda, M., ... & Morimoto, Y. (2014). The significance of cone beam computed tomography for the visualization of anatomical variations and lesions in the maxillary sinus for patients hoping to have dental implant-supported maxillary restorations in a private dental office in Japan. Head & face medicine, 10(1), 1-13.
Souza, C. F. D., Loures, A. D. O., Lopes, D. G. D. F., & Devito, K. L. (2019). Analysis of maxillary sinus septa by cone-beam computed tomography. Revista de Odontologia da UNESP, 48.
Sperber, G. H. (1980). Applied anatomy of the maxillary sinus. J Can Dent Assoc. 46(60, 381-6
Updegrave, W. J. (1966). The role of panoramic radiography in diagnosis. Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, 22(1), 49-57.
White, S. C. & Pharoah, M. J. (2015) Radiologia Oral: Princípios e Interpretação. 7. ed. Los Angeles, California: Elsevier Editora Ltda., 652 p.
White, S. C., & Weissman, D. D. (1977). Relative discernment of lesions by intraoral and panoramic radiography. The Journal of the American Dental Association, 95(6), 1117-1121.
Van Zyl, A. W., & Van Heerden, W. F. (2009). A retrospective analysis of maxillary sinus septa on reformatted computerised tomography scans. Clinical Oral Implants Research, 20(12), 1398-1401.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ingrid de Melo Silva; Denilson Oliveira Correia da Silva; Valéria Pinto dos Santos ; Marcela Santos Rodrigues; Matheus Santos Souza; Daniel Pitanga de Sousa Nogueira; José Lucas Feitosa; Saione Cruz Sá; Sara Juliana de Abreu de Vasconcellos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
