Perfil microbiológico de pacientes internados no setor de terapia intensiva de hospital público da baixada maranhense
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33883Palavras-chave:
Análise bacteriológica; Unidade de Terapia Intensiva; Infecção.Resumo
No setor da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) cujo objetivo é estabilizar o paciente criticamente enfermo são realizados procedimentos invasivos que causam quebra de barreiras de proteção natural os quais associados ao perfil epidemiológico bem como o início empírico de antibióticos, favorece o desenvolvimento de bactérias multirresistentes, caracterizando assim, quadros graves com elevada morbidade e mortalidade. Dessa forma, a presente pesquisa teve como objetivo determinar o perfil microbiológico das culturas isoladas a partir de espécimes clínicos de pacientes internados na UTI adulta de um hospital público da Baixada maranhense, através da coleta dos resultados obtidos de exames de culturas microbianas. Trata- se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo, com dados laboratoriais do ano de 2018. Os dados foram tabulados e analisados em planilhas Excel®, analisados e descritos em frequências absolutas e percentuais para as variáveis categóricas e estatística descritiva da variável numérica. Dos resultados de 183 culturas, de bactérias e fungos, observou-se que 123 eram de pacientes do sexo masculino e 60 do feminino. A média de idade foi 56,69 anos (±21.89). A presença de microrganismos foi detectada em 139 hemoculturas, 29 culturas de secreção traqueal e 15 uroculturas. Quanto ao perfil aos antimicrobianos verificou-se que 30% dos microrganismos apresentaram sensibilidade à vancomicina, linezolida, gentamicina, teicoplamina, ciprofloxacina, meropenen e amicacina. Com relação aos perfis de resistência verificou-se maior resistência contra penicilina e ciprofloxacina. Estes achados reforçam a necessidade de esquemas antimicrobianos mais rígidos visando um maior controle do surgimento de bactérias multirresistentes.
Referências
Almeida, Z & Farias, L. (2015) Investigação epidemiológica das principais infecções nosocomiais no Brasil e identificação dos patógenos responsáveis: uma revisão bibliográfica. Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde, 1(2), 49-53 < http://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/article/view/18> Acesso em: 13 março.2020.
AlterthumL, F. (2015) Microbiologia. (6a ed.), Atheneu
Araujo, M et al. (2017) Perfil de resistência bacteriana em fômites de uti em hospital público do estado do Tocantins. Revista Cereus, 9(2) < http://ojs.unirg.edu.br/index.php/1/article/view/1576/546 >
Barros, L. M., Bento, J. N. C. Caetano, J. A. et al. (2012) Prevalência de microorganismo e sensibilidade antimicrobiana de infecções hospitalares em unidade de terapia intensiva de hospital público no Brasil. Revista de Ciência Farmacêutica Básica- UNESP, 33(3), 429-35. < http://scielo.isciii.es/pdf/eg/v17n52/pt_1695-6141-eg-17-52-278.pdf > Acesso
em: 02 setembro. 2019.
Bassp, M. E., Pulconelli, R. S. R., Aquino, A. R. C., Santos, F. (2016) Prevalência de infecções bacterianas em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva (UTI). Comunicação Breve/Short Communication. Revista Brasileira de Análises Clínicas, 48(4), 383-388 < http://www.rbac.org.br/wp- content/uploads/2017/04/RBAC-vol-48-4-2016-ref.-307.pdf>
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Nota Técnica Nº 01/2013. Medidas de prevenção e controle de infecções por enterobactérias multirresistentes. Brasília, 2013. http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect>.
Brito, C. S. et al. (2014) Genotypic study documentsvdivergence in the pathogenesis of bloodstream infection related central venous catheters in neonates. The Brazilian Journal of Infectious Diseases, 18(4), 387-93 https://www.scielo.br/pdf/bjid/v18n4/1413-8670-bjid-18-04- 00387.pdf
Carvalho, A S et al. (2017) Estudo Prospectivo de Colonização por Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina um Serviço de Medicina Interna: População, Factores de Risco e Implicações. Medicina Interna 24(3), 208-216 <http://www.scielo.mec.pt/pdf/mint/v24n3/v24n3a07.pdf > Acesso em: 27 fevereiro. 2020.
Chaves, N M O Moraes, C L K. (2015) Controle de infecção em cateterismo vesical de demora em unidade de terapia intensivar. Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro, 5(2), 650-1657. http://seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/download/773/867
Chowdhary, A Sharma, C; M, J. F. (2017) Candida auris: A rapidly emerging cause of hospital-acquired multidrug-resistant fungal infections globally. PLoS Pathogens, 13(5). https://journals.plos.org/plospathogens/article?id=10.1371/journal.ppat.1006290
Correa, M et al. (2018) Perfil microbiológico relacionado à assistência à saúde em uma unidade de terapia intensiva em um hospital da zona da mata mineira. Revista científica fagoc – saúde, 3(1) https://revista.fagoc.br/index.php/saude/article/view/340/305
Costa, A L P; Silva, J, Antonio Carlos Souza. (2017) Resistência bacteriana aos antibióticos e Saúde Pública: uma breve revisão de literatura.Estação Científica (UNIFAP), 7(2), 45-57 https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao/article/view/2555/andersonv7n2.pdf>
Ding, X et al. (2015) Epidemiology and risk factors for nosocomial Non-Candida albicans candidemia in adult patients at a tertiary care hospital in North China. Medical Mycology, 53(7), 684–90 <https://academic.oup.com/mmy/article/53/7/684/963304
Direção Geral da Saúde. Portugal – Prevenção e controlo de infeções e de resistência aos antimicrobianos em números. DGS; 2015.
Ferraccine, F. T. B. F. (2014) W M 7 Almeida, S de. Atenção à Prescrição Médica, Atheneu
Ferraz, C C B et al. (2016) Fatores associados a infecções hospitalares causadas por microorganismos multirresistentes num hospital de ensino.Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde, 2, 52-57 < https://periodicos.ufms.br/index.php/pecibes/article/download/1380/3545>
França, F R et al. (2020) Incidência de infecção relacionada à assistência à saúde na unidade de terapia intensiva de um hospital de médio porte. Revista Funec Científica - Multidisciplinar, 9(11), 1-12 < https://seer.unifunec.edu.br/index.php/rfc/article/view/4034/3302>
Gima, M et al. (2020) Características microbiologicas e perfil de resistencia de microrganismos causadores de infecções hospitalar em uma UTI para pacientes pediátricos de um hospital referência em infectologia do Amazonas. Brazilian Journal of health Review. 3(4), 8663-8678 https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/download/13490/11310>
Holanda, C. M. C. X., Motta Netto, R., & Arimateia, D. S. (2017) Manual de bacteriologia e de enteroparasitos. EDUFRN, 134 p.
ILAS - Instituto Latino-Americano para Estudos da Sepse. Sepse: um problema de saúde pública. Instituto Latino- Americano para Estudos da Sepse. Brasília: CFM, p.90, 2015. < https://ilas.org.br/assets/arquivos/ferramentas/livro- sepse-um-problema-de-saude-publica-coren-ilas.pdf>
Júnior, E et al. (2017) Incidência de sepse nosocomial em adultos de uma unidade de terapia intensiva, tubarão (SC), em 2013. Arquivos Catarinenses de Medicina. 46(4), 17-26. https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/download/255/166/>
Lima, E M G et al. (2015) Incidência Bacteriana e perfil de suscetibilidade de micro-organismos isolados em hemoculturas de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Anápolis, Goiás, no ano de 2013. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, 11(22), 3249 <http://www.conhecer.org.br/enciclop/2015c/saude/incidencia%20bacteriana.pdf>
Michellin, A. F., & Fonseca, M. R. C. C. (2018) Perfil epidemiológico das infecções hospitalares na unidade de terapia intensiva de um hospital terciário. Revista Nursing; 21, 236 < http://www.revistanursing.com.br/revistas/236- Janeiro2018/perfil_epidemiologico_das_infeccoes_hospitalares.pdf>
Millan, S L et al. (2012) Infecções de corrente sanguínea por bactérias multirresistentes em UTI de tratamento de queimados: experiência de 4 anos. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica. 27(3), 374-8 https://www.scielo.br/pdf/rbcp/v27n3/07.pdf>
Miranda, A et al. (2016) Resultados da implementação de um protocolo sobre a incidência de Infecção do Trato Urinário em Unidade de Terapia Intensiva. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 24, e2804 https://www.scielo.br/pdf/rlae/v24/pt_0104-1169-rlae-24-02804.pdf
Monteiro, M., Souza, T., & Mendes, T. (2018) Perfil microbiológico de hemoculturas em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Distrito Federal. Comunicação Em Ciências Da Saúde. 29(3) http://www.escs.edu.br/revistaccs/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/articl e/view/310/182
Mota, F., et al. (2018) Perfil e prevalência de resistência aos antimicrobianos de bactérias Gram-negativas isoladas de pacientes de uma unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Análises Clínicas. 50(3), 270-7 https://pdfs.semanticscholar.org/3836/0c984c5f508482f5e38a41f39be362220e71.pdf
Murray, P. R. Pfaller M. A., & Rosenthal, K. S. (2010) Microbiologia médica. (6a ed.), Elsevier.
Oros, P Gomez-Perez, L. Increasing antibiotic resistance in preservative-tolerant bacterial strains isolated from cosmetic products. International Microbiology, [S.L.], n. 18, p. 51-59, 2015. em: < http://revistes.iec.cat/index.php/IM/article/viewFile/139170/137839> Acesso em: 17 out. 2020.
Padrão, M C et al. (2010) Prevalência de infecções hospitalares em unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Clínica Medica, 8(2), 25-8 http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2010/v8n2/a007.pdf
Pereira, F et al. (2016) Caracterização das infecções relacionadas à assistência à saúde em uma Unidade de Terapia Intensiva.Revista vigilância sanitária em debate. 4(1), 70-77 https://visaemdebate.incqs.fiocruz.br/index.php/visaemdebate/article/download/614/ 292
Perna, T. D. G. S., et al. (2015) Prevalência de infecção hospitalar pela bactéria do gênero klebsiella em uma Unidade de Terapia Intensiva. Revista Sociedade Brasileira Clínica Medica. 13(2), 119-23. http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2015/v13n2/a4740.pdf
Pozzato, R. S., &Parisi, M. M. (2018) Perfil clínico e microbiológico dos casos de infecção hospitalar ocorridos em um hospital de médio porte do noroeste do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Análises Clínicas. 50(3), 260-4 < http://www.rbac.org.br/wp- content/uploads/2019/01/RBAC-vol-50-3-2018-ref-649-final.pdf
Reinaldo, A., et al. (2017) Infecções relacionadas à assistência em saúde em unidades de terapia intensiva. Journal of medicine and Health Promotion. 2(2), 544-555, <http://jmhp.fiponline.edu.br/pdf/cliente=13- 97ef3da1dfedcb27b646f36c49bc45e0.pdf>
R, I V et al. (2015) Resistência de bactérias isoladas em equipamentos em unidade de terapia intensiva. Acta Paulista de Enfermagem. 28(5), 433-439https://www.scielo.br/pdf/ape/v28n5/1982-0194- ape-28-05-0433.pdf
Ruiz, L S & Pereira, V B R. (2016) Importância dos fungos no ambiente hospitalar. Boletim do Instituto Adolfo Lutz, Sl, 26, 1- 3<http://www.ial.sp.gov.br/resources/insituto- adolfolutz/publicacoes/bial/bial_26/26u_art-2.pdf>.
Salehi, B. et al. (2018) Emergence and characterization of nosocomial multidrug- resistant and extensively drug-resistant Acinetobacter baumannii isolates in Tehran, Iran.Journal of Infection and Chemotherapy. 24(7), 515-523 <https://www.jiac-j.com/article/S1341-321X(18)30064-3/fulltext>.
Silva, A R A da et al. (2018) Ventilator-associated pneumonia agents in Brazilian NeonatalIntensiveCareUnits–a systematic review. Brazilian Journal of Infectious Diseases. 22(4), 338-344 https://www.scielo.br/pdf/bjid/v22n4/1413-8670-bjid-22-04-0338.pdf
Silva, P L N.& Aguiar A L C.; & Gonçalves, R P F. (2017) Relação de custo-benefício na prevenção e no controle das infecções relacionadas à assistência à saúde em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Journal of Health and Biological Sciences. 5(2), 142-149 em:<https://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/article/view/1195/421>.
Siqueira, G L G et al. (2011) Infecção de corrente sanguínea relacionada a cateter venoso central (ICSRC) em enfermarias: estudo prospectivo comparativo entre veia subclávia e veia jugular interna. Jornal Vascular Brasileiro. 10(3), 211-216 <https://www.scielo.br/pdf/jvb/v10n3/05.pdf>.
Song, Q. Wu, J., & Ruan, P. Predominance of community-associated sequence type 59 methicillin-resistant Staphylococcus aureus in a paediatric intensive care unit. Journal of Medical Microbiology. 67(3), 408–414. <https://www.microbiologyresearch.org/content/journal/jmm/10.1099/jmm.0.000693>.
Sousa, N et al. (2019) Sepse neonatal - perfil microbiológico e sensibilidade antimicrobiana em um hospital no Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Análises Clínicas. 51(1), 46-51 <http://www.rbac.org.br/artigos/sepse- neonatal-perfil-microbiologico-e-sensibilidade- antimicrobiana-em-um-hospital-no-nordeste-do-brasil/>.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Wilken Soares Batista; Mariana Ribeiro Jacinto Barros Nolêto; Karla Vitória Miranda de Sá ; Elias de Oliveira Sá e Castro; Brenna Emmanuella de Carvalho Agostinho; Ana Flávia Vieira Barbosa; Philipe de Carvalho Fonseca; Lívia Maria Siqueira; Mayara Kaori Obata; Gabriela Mariane de Paiva; Ana Claudia Pinho de Carvalho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.