Adaptação cultural e reprodutibilidade do Bristol COPD Knowledge Questionnaire em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.33913Palavras-chave:
DPOC; Questionários; Conhecimento.Resumo
Nos últimos anos, tem havido um crescimento na ênfase da educação de pacientes e de suas famílias sobre as condições médicas deles. Isso tem levado os pacientes a desejarem mais informações sobre suas condições, e, em parte, os profissionais de saúde têm reconhecido que um certo autocontrole da doença é importante para os pacientes. O objetivo geral deste trabalho foi adaptar para a cultura brasileira e avaliar a reprodutibilidade do Bristol COPD Knowledge Questionnaire em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. O presente estudo tratou de um questionário original composto de 65 perguntas foi traduzido para a língua portuguesa por um profissional com domínio na língua inglesa. Essa primeira versão passou por adaptação cultural. Em seguida foi aplicada a versão adaptada a oito pacientes que responderam ao questionário e avaliadas as dificuldades com as palavras traduzidas. Essa segunda versão em português adaptada culturalmente passou por uma tradução retrógrada para o inglês, por outro tradutor americano com domínio nas duas línguas. Esta versão em inglês foi comparada com a versão original pelos pesquisadores e depois pelo o autor do questionário original. Encontrou-se o valor de CCI de 0,83 para a avaliação global das duas aplicações do questionário. Avaliados isoladamente seis domínios apresentaram o CCI acima de 0,70, quatro entre 0,60 - 0,69 e três abaixo de 0,60. A menor concordância foi observada no domínio referente à etiologia e a maior, em corticoides orais. Concluímos que o Questionário Bristol adaptado para a língua portuguesa do Brasil é de fácil entendimento pelos pacientes com DPOC e mostrou ser reprodutível.
Referências
Black, L. F., Mitchell, M. M. (1977). Evaluation of a patient education program for chronic obstructive pulmonary disease. Mayo Clin Proc, 52(2), 106-11.
Celli, B. R. (1995). Pulmonary rehabilitation in patients with COPD. Am J Respir Crit Care Med, 152(3), 861-4.
Chen, K. H, et al (2008). Self-management behaviours for patients with chronic obstructive pulmonary disease: a qualitative study. J Adv Nurs, 64(6), 595-604.
Dawson, B., Trapp, R. G. (2003). Bioestatística básica e clínica. 3.ed. Rio de Janeiro : McGraw Hill, 348p.
Franchi, K. M. B., et al. (2008). Estudo comparativo do conhecimento e prática de atividade física de idosos diabéticos tipo 2 e não diabéticos Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, 11(3), 327-339.
Frente Parlamentar em Defesa da Atividade Física [Texto na internet], citado em 04 de agosto de 2022. Disponível em http://www.fpdatividadefisica.com.br.
Gallefoss, F., Bakke, P. S., Rsgaard, P. K. (1999). Quality of life assessment after patient education in a randomized controlled study on asthma and chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med, 159(3), 812-7.
Lottermann, P. C., Sousa, C. A. de; Liz, C. M. (2017). Programas de exercício físico para pessoas com dpoc: uma revisão sistemática. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, 21(1), 65-75.
Maricoto T, et al. (2016) Educational interventions to improve inhaler techniques and their impact on asthma and COPD control: a pilot effectiveness-implementation trial. J Bras Pneumol, 42(6), 440-3.
Matsudo, S. M., et al. (2002). Nível de atividade física da população do Estado de São Paulo: análise de acordo com o gênero, idade, nível socioeconômico, distribuição geográfica e de conhecimento, Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília, 4(10), 41-50.
Monninkhof, E. M, et al. (2003). Self-management education for patients with chronic obstructive pulmonary disease: a systematic review, 58(5), 394-8.
Netzer, N, et al. (1996). "Open-word" questions: an effective tool in gauging education of patients with COPD. Monaldi Arch Chest Dis, 51(1), 74-6.
Programa Agita São Paulo [Texto na internet], citado em 22 de julho de 2022. Disponível em https://celafiscs.org.br/programa-agita-sao-paulo.
Programa Academia da Saúde [Texto na internet], citado em 06 de agosto de 2022. Disponível no Portal da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (saude.gov.br).
Ries, A. L., et al. (1995). Effects of pulmonar rehabilitation on physiologic and psychosocial outcomes in patients with chronic obstructive pulmonary disease. Ann Intern Med, 122(11), 823-32.
Souza, H. V. P, et al. (2020). Conhecimento sobre doença pulmonar obstrutiva crônica em pacientes de diferentes níveis de atividade física. Rev. Eletr. Enferm, 22, 576-37.
Shrout, P. E., Fleiss, J. L. (1979). Intraclass correlations: uses in assessing rater reliability.Psychol Bull, 86(2), 420-8.
Stewart, D. G., et al. (2001). Benefits of an inpatient pulmonary rehabilitation program: a prospective analysis. Arch Phys Med Rehabil, 82(3), 347-52.
Toshima, M. T., Kaplan, R. M., Ries, A. L. (1990). Experimental evaluation of rehabilitation in chronic obstructive pulmonary disease: short-term effects on exercise endurance and health status. Health Psychol, 9(3), 237-52.
Tougaard, L., et al. (1992). Economic benefits of teaching patients with chronic obstructive pulmonary disease about their illness. Lancet, 20(8808), 1517-20.
Wedzicha, J. A., et al. (1998). Randomized controlled trial of pulmonar rehabilitation in severe chronic obstructive pulmonary diseasepatients, stratified with the MRC dyspnoea scale. Eur Respir, 12(2), 363-9.
Worth H, Dhein Y. (2004). Does patient education modify behaviour in the management of COPD? Patient Educ Couns, 52(3), 267-70.
White, R., et al. (2006). Bristol COPD Knowledge Questionnaire (BCKQ): testing what we teach patients about COPD. Chron Respir Dis, 3(3), 123-31.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Elenildo Aquino dos Santos; Oliver A. Nascimento ; George Márcio da Costa e Souza; Evandro Guimarães de Souza; José R. Jardim
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.