Tendência da mortalidade por homicídios em um município de São Paulo, durante o período de 2000 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.34017Palavras-chave:
Mortalidade; Homicídio; Estudos de séries temporais; Epidemiologia.Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar a tendência da mortalidade por homicídios em um município de São Paulo (2000-2020). Estudo ecológico de série temporal, sendo os óbitos extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade, sendo investigados: idade, sexo, raça/cor e regiões de residência. Os dados foram analisados por estatística descritiva e gráficos de controle. Nos gráficos de controle, foram definidas as zonas: A (controle – inclusão de 99,7% dos dados), B (alerta 95,4%) e C (central - 68,3%). Os limites de cada uma das zonas foram calculados considerando a distribuição binomial negativa. O número de óbitos por homicídios no tempo foi avaliado por: uma das taxas acima da linha de controle superior/inferior, pelo menos seis pontos consecutivos crescentes/decrescentes, pelo menos nove pontos consecutivos do mesmo lado (acima/abaixo) da média, dois de três pontos consecutivos em alguma das Zonas A e quatro de cinco pontos consecutivos em alguma das Zonas B ou além. De 2000-2020 ocorreram 5.185 homicídios, taxa (100.000 hab.) 2000 (55,78), 2001 (59,42) e em queda até 2009 (13,80). A faixa etária de 20 a 40 anos incompletos foi a de maiores taxas, ficando abaixo da média do período a partir de 2006. O sexo masculino foi de maior risco e a partir de 2006 apresentou valores abaixo da média do período. Houve predomínio de homicídios em brancos. As regiões Leste, Sudoeste e Sul apresentaram ocorrências abaixo da média a partir de 2007. Faz-se necessário conhecer a tendência e distribuição da mortalidade por homicídios para melhor direcionamento das Políticas Públicas.
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