Migrante fronteiriço e a COVID-19: o direito ao acesso aos serviços de saúde na tríplice fronteira Brasil-Argentina-Paraguai
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.34222Palavras-chave:
Acesso aos Serviços de Saúde; Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde; Migrantes; Saúde na Fronteira; COVID-19.Resumo
Objetivo: discutir sobre as dificuldades no acesso a saúde por imigrantes em regiões de fronteira, sobretudo no período da pandemia da COVID-19. Metodologia: trata-se uma pesquisa documental, do tipo revisão narrativa, pela qual não se faz necessário empregar critérios explícitos e sistemáticos para a busca e análise crítica da literatura, todavia ressaltamos que as buscas foram realizadas em periódicos nacionais, com publicações em português, de acesso completo e gratuito, sem delimitação de tempo de publicação. Para que houvesse uma ampla busca de estudos, utilizou-se também a literatura gray, por ampliar os achados e diminuir possíveis lacunas sobre o tema. Resultados: o texto discorre sobre os processos burocráticos de migrantes brasileiros que vivem na Argentina e Paraguay e encontram dificuldade de acesso aos serviços de saúde no Brasil, sobretudo durante a pandemia da COVID-19. Conclusão: embora as discussões a respeito do reconhecimento das diferenças dos sistemas sanitários dos diversos países fronteiriços, no que tange à gestão e ao financiamento, assim como ao grau de cobertura, extensão de programas, qualidade da atenção e a própria rede instalada, manifesta-se um grande obstáculo garantir a proteção à saúde aos habitantes da zona de fronteira, independente da sua nacionalidade, e em situações atípicas, como na COVID-19, essa população não são considerados nas tomadas de decisões.
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