Eficiência hídrica na obra da Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho da Universidade Federal Rural de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34234Palavras-chave:
ClimAp; Precipitação; Reuse.Resumo
O Cabo de Santo Agostinho é localizado em área de precipitações pluviais abrangentes, o que torna a Unidade Acadêmica da Universidade Federal Rural de Pernambuco capaz de alcançar a sua eficiência hídrica pelo uso da água da chuva. Esse trabalho objetiva avaliar a eficiência hídrica pela captação de águas pluviais e reuso de efluente na unidade. Foram realizados levantamentos de dados pluviométricos no município do Cabo de 1987 a 2017 com a base histórica da Agência Pernambucana de Águas e Clima e a análise das séries de dados de precipitação através do software ClimAp 3.0. O consumo de água durante a operação da unidade foi obtido mediante consulta ao memorial descritivo da obra, seguido pelo cálculo da estimativa de consumo através da caracterização dos aparelhos sanitários junto aos fabricantes. As projeções de telhados identificadas em planta foram utilizadas para calcular as áreas cobertas das edificações. As precipitações no município foram consideradas elevadas, com média de 1.863,4mmdurante o intervalo avaliado. O consumo das descargas é de 63,15% do consumo total de água da unidade. A quantidade de área verde observada faz com que o consumo de águas não potáveis ultrapasse a disponibilidade, necessitando o uso de água potável para os meses mais secos. A eficiência hídrica total para as águas não potáveis e suas aplicações legais foi alcançada ao longo do ano, mesmo nos dias menos chuvosos, ratificando que a captação das águas da chuva e as condições de armazenamento são fundamentais para a eficiência hídrica em edificações.
Referências
Associação Brasileira de Normas Técnicas [ABNT]. (1989). NBR 10.844: Instalações prediais de águas pluviais. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro.
Associação Brasileira de Normas Técnicas [ABNT]. (2007). NBR 15.527: Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro.
Alvares, C. A., Stape, J. L., Sentelhas, P. C., Gonçalves, J. D. M., & Sparovek, G. (2013). Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22(6), 711-728.
Alves, M. E. P. (2015). Eficiência Hídrica em Edifícios. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil, Especialização em construções). Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto, Portugal.
Assis, H. M. B. (1999). Cartografia geomorfológica do Município do Cabo de Santo Agostinho/PE. Recife: CPRM/FIDEM, 32.
Baptista Junior, J. V., & Romanel, C. (2013). Sustentabilidade na indústria da construção: uma logística para reciclagem dos resíduos de pequenas obras. Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 5, 27-37.
Instrução Normativa n. 01, de 19 de janeiro de 2010 (2010). Dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências. Brasília, 2010. Disponível em: https://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A81881F7595543501762A30FA9A2BA7.
Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011 (2011). Institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC. Brasília, 2011. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12462.htm
Brasileiro, L. L., & Matos, J. M. E. (2015). Revisão bibliográfica: reutilização de resíduos da construção e demolição na indústria da construção civil. Cerâmica, 61, 178-189.
Conselho Brasileiro de Construção Sustentável [CBCS]. (2014). Aspectos da Construção Sustentável no Brasil e Promoção de Políticas Públicas. Disponível em: http://www.cbcs.org.br/_5dotsystem/userfiles/mma-pnuma/aspectos%20da%20construcao%20sustentavel%20no%20brasil%20e%20promocao%20de%20politicas%20publicas.pdf.
Chueke, D. A. (2016). Estudo dos impactos em edificações gerados por ações de sustentabilidade implantadas por ocasião da construção. Monografia (Graduação em Engenharia Civil), Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
Credter, H. (2006). Instalações hidráulicas e sanitárias. In Instalações hidráulicas e sanitárias (pp. 423-423).
Deca. (2017). Ficha técnica: Válvula de descarga. https://produtos.deca.com.br/2550.E.114.BE/fichaTecnica/ficha_tecnica_1659632291199_2550.E.114.BE.pdf
Degani, C. M., & Cardoso, F. F. (2002). A sustentabilidade ao longo do ciclo de vida de edifícios: a importância da etapa de projeto arquitetônico. São Paulo: Núcelo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Holanda, R. M., Medeiros, R. M., França, M. V., Marcelo, L., Saboya, F., Cunha Filho, M., & Araújo, W. R. (2022). Impacts and variability on the urban climate of Recife – Pernambuco, Brazil. International Journal of Science and Research Archive, 5(2), 217-219.
Holanda, R. M., Medeiros, R. M., Araújo, W. R., Neto, F. C. R., Saboya, L. M. F., & França, M. V. (2021a). Balanço Hídrico da Área da Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho – PE, Brasil. RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar, 2(9), e29748-e29748.
Holanda, R. M., Medeiros, R. M., Saboya, L. M. F., França, M. V., Neto, F. C. R., Araújo, W. R., & Pereira, M. L. F. (2021b). Flutuações Pluviais em Cabo de Santo Agostinho – Pernambuco, Brasil. RECIMA21-Revista Científica Multidisciplinar, 2(5), e25316-e25316.
Kammers, P. C. & Ghisi, E. (2006). Usos finais de água em edifícios públicos localizados em Florianópolis, SC. Ambiente Construído, 6(1), 75-90.
Lima, R. M. A. (2010). Gestão da água em edificações: utilização de aparelhos economizadores, aproveitamento de água pluvial e reuso de água cinza. Monografia (Especialização em Construção Civil). Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais.
Köppen, W., & Geiger, R. (1928). Klimate der Erde. Gotha: Verlag Justus Perthes. Wall-map 150cmx200cm, 91-102.
Marengo, J. A., Alves, L. M., Beserra, E. A. & Lacerda, F. F. (2015). Variabilidade e mudanças climáticas no semiárido brasileiro. Recursos hídricos em regiões áridas e semiáridas. ISBN 978-85-64265-01-1. INSA. 303 – 422.
Marengo, J. A., Schaeffer, R., Zee, D., & Pinto, H. S. (2017). Mudanças climáticas e eventos extremos no Brasil. 2010.
Marinoski, A. K., & Ghisi, E. (2018). Avaliação de viabilidade ambiental e econômica de sistemas de aproveitamento de água pluvial em habitação de baixo padrão: estudo de caso em Florianópolis, SC. Ambiente Construído, 18, 423-443.
May, S. (2004). Estudo da viabilidade do aproveitamento da água da chuva para fins não potáveis em edificações. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Medeiros, R. M.; Saboya, L. M. F.; Araújo, W. R.; Rolim Neto, F. C.; Holanda, R. M.; França, M. V. (2021). Pluvial Floatings in the State of Pernambuco – Brazil. International Journal of Research and Methodology. 17, 243 – 261.
Medeiros, R. M. (2018). Relatório de precipitação e evapotranspiração da Cabo de Santo Agostinho. Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Medeiros, R. M. (2017). Fatores causadores e/ou inibidores de precipitação no Estado de Pernambuco.
Medeiros, Z., Alves, A., Brito, J. A., Borba, L., Santos, Z., Costa, J. P., & Netto, M. J. E. (2006). The present situation regarding lymphatic filariasis in Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, Northeast Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 48, 263-267.
Oliveira, J. T. (2017). Diretrizes para implantação de sistema de captação de águas pluviais pelas indústrias cerâmicas no agreste pernambucano. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental, Área de concentração: Gestão Ambiental e de Recursos Hídricos). Programa de Pós-graduação da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo [SABESP]. (2003). Estudo de casos em São Paulo. http://site.sabesp.com.br/site/uploads/File/asabesp_doctos/apresentacao_copasa.pdf.
Salvador, M. A. (2017). Climap. Aplicativo para análise de dados climáticos – versão 3. Revista Brasileira de Climatologia, 20, 2237-8642.
Silva, W. P. (2013). Critérios de sustentabilidade para contratações de obras na administração pública. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção, Área de concentração: Gestão Industrial). Programa de Pós-graduação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, Paraná, Brasil.
UFRPE. (2013). Universidade Federal Rural de Pernambuco. Edital de licitação do Regime Diferencial de Contratação nº 01/2013.
UFRPE. (2017). Universidade Federal Rural de Pernambuco. Projeto de Estação de Tratamento de Efluente (ETE), Prancha 1/1. Projetista: WESA Consultores Associados.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ângelo Magno Freitas Costa; Romildo Morant de Holanda; Raimundo Mainar de Medeiros; Fernanda Wanderley Corrêa de Araújo; Karina Paula Barbosa de Andrade Lima; Jackson José dos Santos; Felipe Bezerra de Lima; José Henrique da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
