Teletrabalho antes e durante a pandemia de COVID-19: uma avaliação da percepção dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34365Palavras-chave:
Teletrabalho; Organização Pública Pandemia; TJGO.Resumo
A presente pesquisa teve como objetivo aferir as percepções dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) com relação aos impactos e desafios do teletrabalho antes e após à pandemia da COVID-19. Tratou-se de um estudo descritivo, exploratório com abordagem quanti-qualitativa a partir de um estudo inédito no TJGO. Nos resultados foram descritos conforme as seguintes categorias de análise: perfil sociodemográfico e análise das percepções dos servidores sobre os impactos do teletrabalho, antes e após à pandemia. Os resultados demonstraram que em relação à idade dos servidores, estes em sua maioria possuem entre 41 e 46 anos de idade. O gênero dos entrevistados em sua maioria é do sexo feminino. Acerca da função dos servidores, a maioria 62,8% são analistas judiciários; e 16,7% escrivão judiciário. Na segunda categoria que foi a análise das percepções dos servidores sobre os impactos do teletrabalho, antes e após à pandemia, notou-se na percepção dos sujeitos de pesquisa, se já haviam trabalhado no formato de teletrabalho antes da pandemia, e 96,2% responderam que não. 98,7% responderam que mesmo antes da pandemia, nunca solicitaram ao TJGO para atuarem no regime de teletrabalho. Sobre a rotina do teletrabalho, 42,3% dos servidores afirmaram que não tiveram dificuldade em estabelecer uma rotina. Dos entrevistados, 43,6% concordam totalmente com a qualidade da Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs) disponibilizadas. O tempo de atendimento ao usuário de forma remota na visão dos servidores, é satisfatório, na proporção de 46,2% dos participantes que concordaram totalmente.
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