Desempenho de milho precoce adubado com macrófitas aquáticas submetidas aos processos de compostagem e vermicompostagem
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.34757Palavras-chave:
Composto orgânico; Produtividade; Zea mays L.Resumo
Com o aumento contínuo dos custos de produção agrícola torna-se importante o uso de processos que permitam a reciclagem de nutrientes oriundos de resíduos orgânicos. Desse modo, objetivou-se utilizar compostos e vermicompostos, a partir de macrófitas aquáticas, na produção agrícola de milho (Zea mays L.) e avaliar o desempenho biométrico e produtivo das plantas em resposta à adubação orgânica. O experimento foi conduzido na Fazenda da Universidade Estadual Paulista, Campus de Ilha Solteira. Foram produzidos dois compostos orgânicos à base macrófitas aquáticas, um compostado e outro vermicompostado. O experimento foi montado em delineamento em blocos casualizado, com oito tratamentos, sendo três constituídos de compostos com – 20, 40, 60 dias e três com vermicompostos – 20, 40, 60 dias, um com adubação NPK e um sem adubação, contendo em cada parcela 10 plantas úteis. Os compostos e vermicompostos foram eficientes para crescimento e produtividade do milho, não apresentando diferença entre os tipos de compostos apenas para umidade e número médio de grãos por fileira e, para o tempo de compostagem apenas para altura, umidade e número médio de grãos por fileira e número médio de fileiras por espiga. Entre o tratamento controle (Solo) e a testemunha (NPK) apenas umidade de grãos não apresentou diferença estatística entre os tratamentos. Estes resultados mostram o potencial da macrófita aquática como adubo orgânico vermicompostado, sendo o melhor resultado com 60 dias de compostagem.
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