Pancreatite aguda: fisiopatologia, achados imagenológicos, manifestações clínicas e diagnóstico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34811

Palavras-chave:

Pancreatite aguda; Enzimas; Sinal de Grey-Turner; Amilase.

Resumo

A pancreatite aguda é um processo inflamatório do pâncreas que ocorre de maneira súbita. Na pancreatite, as enzimas digestivas, que deveriam ser liberadas no trato digestivo, acabam por danificar o próprio pâncreas e outros órgãos adjacentes, ao provocar uma autodigestão tecidual. Existem muitas causas de pancreatite aguda. A maioria dos casos é secundária a doenças biliares, como litíase biliar (incluindo microlitíase), ou ingesta excessiva de álcool (sendo esses responsáveis por 80 a 90% dos casos). O principal sintoma de pancreatite aguda é a dor abdominal, sendo que essa manifestação clínica é de grande variabilidade e pode se apresentar como um desconforto leve e autolimitado a um sofrimento intenso, constante e incapacitante. Nos casos típicos, a dor irá se localizar no epigástrio e na região periumbilical, podendo apresentar irradiação para o dorso, tórax, flancos e partes inferiores do abdome (dor intensa, em faixa, com irradiação para o dorso). Além disso, alguns sinais cutâneos podem ser observados, como o Sinal de Grey-Turner, Sinal de Cullen, Paniculite e Sinal de Fox. O diagnóstico de pancreatite aguda é definido pela presença de pelo menos duas das três características primárias, sendo elas apresentação clínica, alterações nos exames laboratoriais, e alterações nos exames de imagem. Os exames laboratoriais consistem na análise dos níveis de amilase e lipase sérica. Dentro de poucas horas após o início dos sintomas, ocorre o aumento dos níveis dessas enzimas. Aumentos superiores a 3 vezes o limite superior dos níveis normais dessas enzimas são o teto recomendado para o diagnóstico. Ademais, os exames de imagem que podem ser solicitados são ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Referências

Aguilar, A. (2019). Pancreatite aguda: fisiopatologia e manejo inicial. Acta Med Costarric., 61(1):13-21.

Álvares, L., et al. (2013). Perfil clínico epidemiológico de pacientes com pancreatite aguda em um hospital público de São Luís, Maranhão. Rev Pesq Saúde, 14(2):109-12.

Araújo, G. B., et al. (2018). Perfil clínico-epidemiológico de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Para Res Med J., 4(38).

Dijk, S., et al. (2017). Acute pancreatitis: recent advances through randomised trials. Gut., (11):1-9.

Dumnicka, P., et al. (2017). The interplay between inflammation, coagulation and endothelial injury in the early phase of acute pancreatitis: clinical implications. Int J Mol Sci., 18(2):354-7.

Ferreira, A. F., et al. (2015). Fatores preditivos de gravidade da pancreatite aguda: quais e quando utilizar? Arq Bras Cir Dig., 28(3):207-11.

Habtezion, A. (2015). Inflammation in acute and chronic pancreatitis. Curr Opin Gastroenterol., 31(5):395-9.

Houghton, E. J., et al. (2018). Necrotizing pancreatitis: description of videoscopic assisted retroperitoneal debridement (vard) technique with covered metallic stent. Arq Bras Cir Dig., 31(2).

Kamal, A., et al. (2017). Effectiveness of guideline-recommended cholecystectomy to prevent recurrent pancreatitis. Am J Gastroenterol.,112(3):503-10.

Li, Z., et al. (2016). Peritoneal lavage for severe acute pancreatitis. Pancreas, 45(6):806-13.

Maltoni, I. S., et al. (2018). Evidências de revisões sistemáticas Cochrane sobre diagnóstico e tratamento da pancreatite aguda. Diagn Tratamento, 23(4):160-169.

Mars, H. (2016). Improving the outcome of acute pancreatitis. Dig Dis., 34(5):540-5.

Minkov, G., et al. (2015). Pathophysiological mechanisms of acute pancreatitis define inflammatory markers of clinical prognosis. Pancreas, 44(5):713-7.

Mourad, M., et al. (2017). Prophylactic antibiotics in acute pancreatitis: endless debate. Ann R Coll Surg Engl., 99(2):107-12.

Niehues, G., et al. (2017). Avaliação clínico-laboratorial e o prognóstico da pancreatite aguda biliar. Arq Catarin Med., 46(2):2-14.

Sah, R., et al. (2013). New insights into the pathogenesis of pancreatitis. Curr Opin Gastroenterol., 29(5):523-30.

Singh, P. (2016). Pathophysiological mechanisms in acute pancreatitis: current understanding. Indian J Gastroenterol., 35(3):153-66.

Siriwardena, A. (2017). Improving care for patients with pancreatitis. UK: Wiley Online Library.

Souza, G. D., et al. (2016). Entendendo o consenso internacional para as pancreatites agudas: classificação de Atlanta 2012. Arq Bras Cir Dig., 29(3):206-10.

Waele, J. J. (2014). Acute pancreatitis. Curr Opin Crit Care, 20(2):189-95.

Downloads

Publicado

19/09/2022

Como Citar

PINHEIRO, F. E. da S.; FIGUEIREDO, B. Q. de .; ARAÚJO, P. da C.; SOARES, C. A. V. D.; GHIDETTI, C. A.; CARMO, F. V. do .; BARROS, G. G. de .; SOUZA, H. R. B.; MARTINS, J. P. S. .; BRITO, J. F. de . Pancreatite aguda: fisiopatologia, achados imagenológicos, manifestações clínicas e diagnóstico. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 12, p. e427111234811, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i12.34811. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/34811. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde