Desvalorização da cultura esportiva no ambiente escolar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34814

Palavras-chave:

Adolescente; Criança; Educação Física; Comportamento Sedentário; Estudantes.

Resumo

Os objetivos deste estudo foram analisar e identificar prováveis relações entre comportamento sedentário e inatividade física de crianças e adolescentes discentes com a predominância do conceito de corpo Cartesiano no ambiente escolar e a falta de aprendizado sobre cultura esportiva nas aulas de Educação Física no ensino fundamental. A pesquisa foi por uma abordagem transversal qualitativa com participação de 19 discentes com faixa etária entre 14 a 17 anos, ambos os sexos. O instrumento de coleta de informações – questionário – questão discursiva submetida à técnica adaptada de análise de discurso. Identificou-se que a desvalorização da cultura esportiva que são atividades aparentemente físicas, no ambiente escolar a partir da predominância de concepção Cartesiana de corpo e a ausência do acesso e apropriação da cultura esportiva durante as aulas de Educação Física podem contribuir para o comportamento sedentário e inatividade física de crianças e adolescentes discentes.

Biografia do Autor

Rudson Jesus Pereira, Federal Institute of Goiás

Graduado em Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Estadual de Goiás. Especialização em Fisiologia do Exercício pela Universidade Veiga de Almeida. Mestrado em Esporte e Exercício pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Experiência na Educação Básica e Educação Especial pela Rede Estadual de Goiás, atuando no Ensino Fundamental e Ensino Médio. Pertence, atualmente, ao quadro de docentes IFG - Instituto Federal de Goiás - Câmpus Itumbiara, atuando na Área de Educação Profissional, especificamente em Cursos Técnicos Integrados na Modalidade Integral com a área de Conhecimento da Educação Física e Treinamento Desportivo. Experiência em Projeto de Ensino e Extensão com finalidade de intervenção ao comportamento sedentário de discentes adolescentes de Cursos Técnicos Integrados na Modalidade Integral. Membro da CISS - Comissão Interna de Saúde do Servidor e Membro do NAPNE - Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Especiais. Atuação em Pedagogia do Esporte, Esporte na Escola, Esporte Adaptado e Promoção da Saúde em ambiente escolar.

Regina Márcia Ferreira Silva, Federal Institute of Goiás

Mestre em Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal Goiano Campus Ceres (2022), Bacharel em Sistemas de Informação pela Universidade Luterana do Brasil (2008), Especialista em Administração Pública pela Universidade Cândido Mendes (2015). Graduanda em Educação Física pela Unopar Polo Itumbiara. Servidora Pública Federal Técnica Administrativa em Educação - Assistente em Administração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Campus Itumbiara

Marciana Gonçalves Farinha, Federal University of Uberlândia

Professora pública Federal desde 2011. Possui Licenciatura (1997) e Graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia (1998). Mestrado em Psicologia pela Universidade de São Paulo - USP em Ciências, subárea Psicologia, área de concentração Fenomenologia (2001) e Doutorado em Enfermagem Psiquiátrica pela Universidade de São Paulo (2006) área de concentração Saúde Mental e Fenomenologia (2006). Trabalhou em clínica psicológica na vertente das abordagens Fenomenológicas-Existenciais como Existencial e Gestalt com atendimento a crianças, adolescente e adulto (1999-2011). Atuação em clínica de Acompanhamento Terapêutico (1999-2011). Atendimento em Ambulatório de Saúde Mental (2000 ? 2011) realizando atendimento à crianças, adolescentes e adultos. No Ensino Superior atuou como professora na Graduação em diversas Instituições de Ensino Público e Privado em cursos de Psicologia e outros e Pós-Graduação. Atualmente se dedica à docência na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia. Se dedica em pesquisas nas áreas de Psicologia Clínica, Gestalt, Fenomenologia, Saúde Mental, Tratamento e Prevenção Psicológica. Membro do Grupo de Pesquisa RECUID - REFLETIR PARA CUIDAR: Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção em Saúde Mental e do LEPPS - Laboratório de Ensino e Pesquisa em Psicologia da Saúde.

Referências

Chaer, G., Diniz, R. R. P., & Ribeiro, E. A. (2011). The questionnaire technique in educational research. Revista Evidência, 7(7), 251–266. Retrieved from http://www.uniaraxa.edu.br/ojs/index.php/evidencia/article/view/201

Craig, C. L., Marshall, A. L., Sjöström, M., Bauman, A. E., Booth, M. L., Ainsworth, B. E., … Oja, P. (2003). International physical activity questionnaire: 12-country reliability and validity. Medicine and Science in Sports and Exercise, 35(8), 1381–1395. https://doi.org/10.1249/01.MSS.0000078924.61453.FB

Ferreira, R. W., Rombaldi, A. J., Ricardo, L. I. C., Hallal, P. C., & Azevedo, M. R. (2016). Prevalence of sedentary behavior and its correlates among primary and secondary school students. Revista Paulista de Pediatria (English Edition), 34(1), 56–63. https://doi.org/10.1016/j.rppede.2015.09.002

Ferreira Silva, R. M., Mendonça, C. R., Azevedo, V. D., Memom, A. R., Noll, P. R. E. S., & Noll, M. (2022). Barriers to high school and university students’ physical activity: A systematic review. PloS One, 1–24. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0265913

Guerra, P. H., Barbosa Filho, V. C., Almeida, A., Silva, L. de S., Pinto, M. T. V., Leonel, R. M., … Florindo, A. A. (2020). Systematic review of physical activity and sedentary behavior indicators in south-american preschool children. Revista Paulista de Pediatria, 38. https://doi.org/10.1590/1984-0462/2020/38/2018112

Guthold, R., Stevens, G. A., Riley, L. M., & Bull, F. C. (2019). Global trends in insufficient physical activity among adolescents : a pooled analysis of 298 population-based surveys with 1 · 6 million participants. The Lancet Child and Adolescent Health, 4(1), 23–35. Retrieved from http://dx.doi.org/10.1016/S2352-4642(19)30323-2

Instituto Brasileiro de Geográfia Estatística. (2015). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: síntese de indicadores. In Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2a). https://doi.org/http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv94935.pdf

Mantovani, T. V. L., Maldonado, D. T., & Freire, E. D. S. (2021). A relação entre saúde e educação física escolar: uma revisão integrativa. Movimento (ESEFID/UFRGS), 27, e27008. https://doi.org/10.22456/1982-8918.106792

Mckenzie, T. L., & Lounsbery, M. A. F. (2009). School Physical Education: The Pill Not Taken. American Journal of Lifestyle Medicine, 3(3), 219–225. https://doi.org/10.1177/1559827609331562

Melo, J., Pedretti, A., Gaya, A. R., & Gaya, A. (2021). Associação entre as variáveis individuais e ambientais do contexto escolar com a aptidão cardiorrespiratória de adolescentes. Saúde e Desenvolvimento Humano, 9(1), 1–10. https://doi.org/10.18316/sdh.v9i1.6224

Mendonça, G., Prazeres Filho, A., Barbosa, A. O., & Farias Júnior, J. C. (2018). Padrões de comportamento sedentário em adolescentes de um município da região Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 23, 1–9. https://doi.org/10.12820/rbafs.23e0023

Minayo, M. C. de S. (2007). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. In Serviço Social & Realidade (26a, Vol. 17). Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

Moreira, W. W., Scaglia, A. J., & Campos, M. V. S. de. (2017). Corporeity and motricity in sport pedagogy: indispensable knowledge and attitude for elementary school education. MOTRICIDADES: Revista Da Sociedade de Pesquisa Qualitativa Em Motricidade Humana, 1(1), 42–51. https://doi.org/10.29181/2594-6463.2017.v1.n1.p42-51

Sousa, L. M., Indjai, S., & Martins, E. S. (2021). A reflection on the devaluation of the discipline of physical education in the brazilian school. Revista Do PEMO, 3(2), 1–12. https://doi.org/10.47149/pemo.v1i3.3580

Tassitano, R. M., Bezerra, J., Tenório, M. C. M., Colares, V., de Barros, M. V. G., Hallal, P. C., … Hallal, P. C. (2007). Atividade física em adolescentes brasileiros: Uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 9(1), 55–60. https://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/4033

Tremblay, M. S., Aubert, S., Barnes, J. D., Saunders, T. J., Carson, V., Latimer-Cheung, A. E., … Chinapaw, M. J. M. (2017). Sedentary Behavior Research Network (SBRN) - Terminology Consensus Project process and outcome. The International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, 14(1), 75. https://doi.org/10.1186/s12966-017-0525-8

Downloads

Publicado

22/09/2022

Como Citar

PEREIRA, R. J. .; SILVA, R. M. F. .; ASSUNÇÃO, J. G. S. .; FARINHA, M. G. . Desvalorização da cultura esportiva no ambiente escolar. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 12, p. e501111234814, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i12.34814. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/34814. Acesso em: 28 set. 2024.

Edição

v. 11 n. 12

Seção

Ciências da Saúde

Licença

Copyright (c) 2022 Rudson Jesus Pereira; Regina Márcia Ferreira Silva; Joana Gabriela Santos Assunção; Marciana Gonçalves Farinha

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.