Evidências acerca do desequilíbrio de serotonina, vitamina D e melatonina em portadores de Transtorno do Espectro Autista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34865

Palavras-chave:

Transtorno do espectro autista; Serotonina; Vitamina D; Melatonina.

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) representa um grupo diversificado de condições relacionadas ao neurodesenvolvimento, acometendo uma em cada 100 crianças no mundo, sendo prevalente no sexo masculino. As principais características são a dificuldade com interação social e comunicação, além dos comportamentos repetitivos e restritivos. O diagnóstico pode ser feito entre os 18 e 24 meses de idade, quando os sintomas característicos podem ser diferenciados do desenvolvimento típico da criança. Nota-se que a serotonina torna-se importante nos estudos de TEA, os quais indicam que aproximadamente 45% dos portadores apresentam níveis séricos elevados de 5-HT e, consequentemente, menor interesse social. Ademais, a hipovitaminose, também conhecida como deficiência de vitamina D, está relacionada com TEA, bem como a deficiência de melatonina. Portanto, o desequilíbrio tanto dos níveis de serotonina, quanto de vitamina D e de melatonina nos pacientes com diagnóstico de TEA são de grande relevância nos quesitos de bem estar e da saúde global do indivíduo devido, respectivamente, à inferência em relações sociais, à distúrbios neurais, assim como em alterações significativas do ciclo circadiano. Outrossim, é viável a observação de que essas particularidades dos pacientes com Transtorno do Espectro Autista são de suma importância no que tange ao diagnóstico precoce, bem como no tratamento eficaz sem medidas farmacológicas externas. Contudo, essa ainda não é uma realidade atual.

Referências

Anagnostou, E., et al. (2014). Autism spectrum disorder: advances in evidence-based practice. Cmaj, 186(7), 509-519.

Brasil. (2014). Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) (Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, & Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (eds.)). www.saude.gov.br

Brown, H. K., et al. (2017). The association between antenatal exposure to selective serotonin reuptake inhibitors and autism: a systematic review and meta-analysis. The Journal of clinical psychiatry, 78(1), 817.

Crespo, V. C. M. (2019). Síndrome de Rett. Brazilian Journal of Health Review, 8 (9).

Eissa, N., et al. (2018). Current enlightenment about etiology and pharmacological treatment of autism spectrum disorder. Frontiers in neuroscience, 12 (9), 304-314.

Fung, L. K., et al. (2016). Pharmacologic treatment of severe irritability and problem behaviors in autism: a systematic review and meta-analysis. Pediatrics, 137(2), S124-S135.

Isaías, J. M. D. R. (2019). Prevalência e Etiologia de Transtornos do Espectro do Autismo. [Doctoral dissertation - Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Beira Interior].

Kerche, L. E., et al. (2020). As alterações genéticas e a neurofisiologia do autismo. SaBios-Revista de Saúde e Biologia, 15(1), 40–56.

Martins, A. C. F. (2021). A busca de fármacos úteis no tratamento do autismo: estudos in silico para identificação de novos ligantes seletivos do receptor 5-HT2A. [Universidade Estadual do Oeste do Paraná].

Martins, A. C. F., & Melo, E. B. (2020). O autismo e o potencial uso de inibidores do receptor tipo 1A de Vasopressina para seu tratamento. Brazilian Journal of Health Review, 3(2), 2087–2112.

Mezzacappa, A., et al. (2017). Risk for autism spectrum disorders according to period of prenatal antidepressant exposure: a systematic review and meta-analysis. JAMA Pediatrics, 171(6), 555-563.

Morais, P. F. D. (2021). Dosagem de vitamina D em crianças com Transtorno do Espectro Autista [Universidade de Brasília].

Nascimento, K. S. (2022). Serotonergic neurotransmitters in relation to mental illnesses and their nutritional factors: a systematic review. Research, Society and Development, 11(2).

Neves, K. R. T., et al. (2021). Segurança da risperidona em crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista. Infarma-Ciências Farmacêuticas, 33(2), 138-148.

Nunes, G. L. T. (2021). Associação entre o polimorfismo foki do receptor de vitamina D (VDR) e o transtorno do espectro autista. [Trabalho de Conclusão de Curso de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul].

Pinto, I. R. (2021). Psoríase e a Vitamina D [Doctoral dissertation, Universidade de Coimbra].

Queirós, J. R. P. (2019). Vitamina D e perturbação do espectro do autismo: revisão da evidência. [Mestrado de Medicina da Universidade Porto].

Silva, L. S. D. (2016). Transtornos do espectro do autismo, estratégia saúde da família e tecnologias de cuidado na rede SUS. [Mestrado em Saúde da Família da Universidade Federal do Ceará].

Paulin, J. V., et al. (2021). Melanina, um pigmento natural multifuncional. ArXiv, 1–32.

World Health Organization (WHO). (2022). Autism. WHO. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/autism-spectrum-disorders

Zeidan, J., et al. (2022). Global prevalence of autism: A systematic review update. Autism Research, 15(5), 778–790.

Downloads

Publicado

19/09/2022

Como Citar

PEREIRA, A. K. A.; FIGUEIREDO, B. Q. de .; NOGUEIRA, E. C.; MIRANDA, L. D.; ANDRADE, N. P. de .; NASCIMENTO, L. S. Evidências acerca do desequilíbrio de serotonina, vitamina D e melatonina em portadores de Transtorno do Espectro Autista. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 12, p. e426111234865, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i12.34865. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/34865. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde