Resistência residual de blocos cerâmicos e argamassas cimentícias submetidos a elevadas temperaturas e variadas condições de rompimento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.34898

Palavras-chave:

Incêndio; Análise experimental; Altas temperaturas; Argamassa; Bloco cerâmico.

Resumo

Os materiais de construção normalmente alteram suas propriedades quando são acometidos as altas temperaturas. Essa pesquisa analisou a resistência residual de blocos cerâmicos e de argamassas cimentícias submetidos as temperaturas de 200, 400, 600 e 800ºC, em três condições de ensaio: rompimento à quente, rompimento após resfriamento brusco e rompimento após resfriamento lento. Ocorreu ganho de resistência à compressão para os blocos cerâmicos quando rompidos a quente para todas as temperaturas analisadas. Entretanto, para as argamassas cimentícias ocorreu ganho de resistência apenas à compressão para a temperatura de 200ºC quando rompido à quente, porém para as demais condições de ensaio e temperaturas a resistência reduziu de forma significativa e apresentou queda em torno de 70% para o resfriamento brusco aos 600ºC.

Biografia do Autor

Geilson Márcio Albuquerque de Vasconcelos, Universidade Federal de Alagoas

Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) em 2003, mestre em Engenharia de Estruturas pela Universidade de São Paulo - Escola de Engenharia de São Carlos (EESC - USP) em 2005. Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Docente da Universidade Federal de Alagoas/Campus Arapiraca. Experiência na área de engenharia de estrutura, com ênfase em estruturas de concreto armado e estruturas em situação de incêndio.

Tiago Ancelmo de Carvalho Pires, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco, UFPE (2004), mestrado em Engenharia da Produção pela UFPE (2006) e doutorado em construções metálicas e mistas com ênfase em estruturas em situação de incêndio pela Universidade de Coimbra, FCTUC - Portugal (2014). Atualmente é Professor Adjunto 1 do Departamento de Engenharia Civil da UFPE. Tem experiência nas áreas de engenharia civil e da produção, com ênfase em sistemas de gestão da qualidade, metrologia, avaliação pós-ocupação, engenharia de segurança ao incêndio e gerenciamento de riscos; desenvolvendo pesquisas para os setores elétrico, petroquímico e da construção civil.

José Jéferson do Rêgo Silva, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco, UFPE (1985), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE/UFRJ (1989) e doutorado em Engenharia Civil no Wessex Institute of Technology, Portsmouth University (1993). Atualmente é professor titular do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Engenharia de Estruturas e Engenharia de Construção. Atualmente desenvolve pesquisa sobre comportamento de estruturas e materias submetidos a altas temperaturas. Entre outras áreas de atuação destacam-se: desempenho acústico de edificações, qualidade e produtividade na construção e sustentabilidade do ambiente construído.

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Publicado

01/10/2022

Como Citar

VASCONCELOS, G. M. A. de .; PIRES, T. A. de C.; SILVA, J. J. do R. Resistência residual de blocos cerâmicos e argamassas cimentícias submetidos a elevadas temperaturas e variadas condições de rompimento. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 13, p. e140111334898, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i13.34898. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/34898. Acesso em: 25 dez. 2024.

Edição

Seção

Engenharias