O uso da territorialização em um programa de Residência Multiprofissional na identificação dos principais problemas e potencialidades do território II do município de Camaragibe: um estudo observacional
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34990Palavras-chave:
Territorialização da Atenção Primária; Atenção Primária à Saúde; Sistema Único de Saúde.Resumo
O processo de territorialização é uma das etapas desenvolvidas por grupos de profissionais que fazem parte da Residência Multiprofissional em programas que atuam na Atenção Básica, usado para contribuir com o entendimento das vivências práticas na atenção especializada à saúde mental de maneira ética, respeitando os preceitos do SUS e conscientizando os envolvidos no processo de trabalho ou uma população específica. O presente estudo teve como objetivo identificar os riscos, as vulnerabilidades e potencialidades do território coberto pelo NASF-AB II do município de Camaragibe-PE, no período de abril a maio de 2022, para subsidiar o processo de intervenção na atenção básica de profissionais residentes em saúde mental. Foi feita uma pesquisa qualitativa observacional a partir de documentação e análise de visitas no território, entrevistas e levantamentos biográficos. Foi possível ter um panorama dos principais problemas e potencialidades do território II em Camaragibe, onde dentre os principais problemas estão as arboviroses, alto índice de homicídios e acidentes de trânsito, e pessoas afetadas por deslizamentos e desastres naturais de inundação. Os pontos negativos identificados foram a dificuldade na realização de ações de promoção e prevenção da saúde e a fragilidade na articulação entre atenção básica e as redes de saúde mental. Já os amplos equipamentos de saúde, sociais, educacionais, culturais e de lazer são potencialidades do território. Por fim, conhecer o território mostrou-se como tarefa indispensável para uma atuação consciente e crítica de profissionais atuantes no mesmo.
Referências
Almeida, L.S., Cota, A.L.S., & Rodrigues, D.F. (2020). Saneamento, Arboviroses e Determinantes Ambientais: impactos na saúde urbana. Ciência & Saúde Coletiva, 25, 3857-3868.
Batista, M. D. S. A., Mondini, L., & Jaime, P. C. (2017). Ações do Programa Saúde na Escola e da alimentação escolar na prevenção do excesso de peso infantil: experiência no município de Itapevi, São Paulo, Brasil, 2014. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 26, 569-578.
Campos, R. O., Gama, C. A., Ferrer, A. L., Santos, D. V. D. D., Stefanello, S., Trapé, T. L., & Porto, K. (2011). Saúde mental na atenção primária à saúde: estudo avaliativo em uma grande cidade brasileira. Ciência & Saúde Coletiva, 16, 4643-4652.
Faria, R. M. D. (2020). A territorialização da atenção básica à saúde do sistema único de saúde do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 25, 4521-4530.
Faria, J. M. L., de Souza Silva, T. C., Sampaio, C. N., Pinheiro, V. E., & Chaves, M. G. (2022). ZIKA E CHIKUNGUNYA ENTRE 2017 E 2020: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO. The Brazilian Journal of Infectious Diseases, 26, 101965.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2022). Cidades e Estados. Recuperado de https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pe/camaragibe.html
Jimenez, L. (2011). Psicologia na Atenção Básica à Saúde: demanda, território e integralidade. Psicologia & Sociedade, 23, 129-139.
Política Nacional de Atenção Básica. (2009). Portaria Nº 0424 de 03 de dezembro de 2009. Recuperado de https://www.saude.sc.gov.br/index.php/legislacao/portarias-nasf#:~:text=Portaria%20N%C2%BA%200424%20de%2003%20de%20dezembro%20de%202009
Maniero, V. C., Santos, M. O., Ribeiro, R. L., de Oliveira, P. A., da Silva, T. B., Moleri, A. B., ... & Cardozo, S. V. (2016). Dengue, chikungunya e zika vírus no brasil: situação epidemiológica, aspectos clínicos e medidas preventivas. Almanaque multidisciplinar de pesquisa, 3(1).
Ministério da Saúde. (2019). Guia de vigilância em Saúde, 3.
Ministério da Saúde. (2022). DataSUS. Recuperado de https://datasus.saude.gov.br/
Organização Mundial da Saíde. (2019). Global leprosy update, 2018: moving towards a leprosy. Recuperado de https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/326775/WER9435-36-en-fr.pdf
Pessoa, V. M., Rigotto, R. M., Carneiro, F. F., & Teixeira, A. C. D. A. (2013). Sentidos e métodos de territorialização na atenção primária à saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 18, 2253-2262.
Sampieri, R. H., Collado, C. F., Lucio, M. P. B. (2010). Metodologia de pesquisa, 5, 419.
Santos, A. L., & Rigotto, R. M. (2010). Território e territorialização: incorporando as relações produção, trabalho, ambiente e saúde na atenção básica à saúde. Trabalho, Educação e Saúde, 8, 387-406.
Santiago, R. F., Mendes, A. D. C. G., Miranda, G. M. D., Duarte, P. O., Furtado, B. M. A. S. M., & Souza, W. V. D. (2013). Qualidade do atendimento nas Unidades de Saúde da Família no município de Recife: a percepção do usuários. Ciência & Saúde Coletiva, 18, 35-44.
Secretaria de Defesa Social. (2022). MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR. Recuperado de ttps://www.sds.pe.gov.br/estatisticas/40-estatisticas/178-violencia-domestica-e-familiar-contra-a-mulher.
Secretaria de Saúde de Camaragibe. (2022). Vigilância em Saúde. Recuperado de https://www.camaragibe.pe.gov.br/secretaria-de-saude/
Soares, D. D. A. M., & Martins, A. M. (2017). Intersetorialidade e interdisciplinaridade na atenção primária: conceito e sua aplicabilidade no cuidado em saúde mental. Revista Baiana de Saúde Pública, 41(2).
Villar, J.E., Gonçalves, B.C.M. (2016). Dengue: origem, espécie e tratamento, 18, 6.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Milena Kelly Silva do Carmo Lira; Débora Cristina de Lima Leão Cavalcanti; Agamenon Carlos da Silva Júnior; Juliana Daniele de Araújo Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
