Perfil epidemiológico do câncer do colo do útero no Estado do Maranhão, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35035Palavras-chave:
Câncer de Colo Uterino; Papanicolau; Epidemiologia.Resumo
Objetivo: avaliar o perfil epidemiológico dos exames citopatológicos do colo do útero, cadastrados no SISCAN, realizados no ano de 2016 a 2022, no Estado do Maranhão, Brasil. Método: estudo epidemiológico de natureza descritiva e com abordagem quantitativa e retrospectiva. Foram analisadas as seguintes variáveis: ano resultado, faixa etária, citologia anterior, motivo do exame, adequabilidade da amostra e alterações celulares do exame. Os dados foram categorizados e tabulados utilizando o software Microsoft Office Excel 2016, sendo dispostos em figuras e tabelas. Resultados: 1.120.465 exames foram registrados, sendo o maior quantitativo pertencente a faixa etária de 30 a 34 anos. O rastreamento foi a principal motivação para realização do exame. Quanto a adequabilidade, observou-se uma maior frequência de esfregaços classificados como satisfatórios. A inflamação foi o principal achado dentre as alterações celulares benignas. As atipias de significado indeterminado possivelmente não neoplásicas (ASC-US) e as lesões intraepiteliais de baixo grau (LSIL) representam o maior percentual encontrado nas anormalidades de células escamosas. Adenocarcinoma invasor correspondeu ao principal achado de anormalidades em células glandulares. Considerações Finais: por meio deste estudo, espera-se que haja implementação de ações de educação em saúde e abordagens preventivas cada vez mais eficientes que auxiliem na redução do número de casos positivos para o Câncer do Colo do Útero (CCU), uma vez que a falta de informação adequada sobre o CCU é um fator que dificulta a periodicidade na realização dos exames.
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