Vaginose citolítica: revisão de escopo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.35057

Palavras-chave:

Vaginose citolítica; Vaginose bacteriana; Ginecologia; Revisão; Ensino.

Resumo

Esse estudo teve como objetivo identificar as características clínicas e morfológicas de vaginose citolítica. Trata-se de uma scoping review (análise de escopo), realizada em três bases de dados, com os descritores “Cytolytic vaginosis”, “Bacterial, vaginosis” e “Vaginosis”. Dentre os critérios de elegibilidade, foram incluídos os artigos publicados em periódicos indexados na área da saúde, disponíveis de forma online e na íntegra, entre 2012 e 2022, que respondessem ao objetivo da pesquisa. Inicialmente, 39 trabalhos foram identificados, e após a triagem deles, foram selecionadas sete publicações. Os resultados indicaram que as principais características da vaginose citolítica são aumento dos lactobacilos, o desgaste de células escamosas, a ausência de leucócitos e citólise. Ademais, há presença de corrimento esbranquiçado – semelhante ao corrimento gerado pela candidíase, um pH vaginal entre 3,5 e 4,5, hiperemia e ardor vulvovaginal. Em relação ao tratamento, evidências apontam para o uso de bicarbonato de sódio e a regulação da microbiota vaginal. Sugere-se a ampliação de estudos acerca da temática, especialmente, sobre a detecção e o tratamento.

Referências

Carter, K. A., Balkus, J. E., Anzala, O., Kimani, J., Hoffman, N. G., Fiedler, T. L. et al. (2022). Associations between vaginal bacteria and bacterial vaginosis signs and symptoms: a comparative study of kenyan and american women. Front Cell Infect Microbiol., 12, 801770

Cerikcioglu, N. & Beksac, M. S. (2004). Cytolytic vaginosis: Misdiagnosed as candidal vaginitis. Infect Dis Obstet Gynecol, 12,13-6.

Cibley, J. & Cibley, J. (1991). Cytolytic vaginosis. Am J Obstet Gynecol, 165, 1245–8.

Cohen, C. R., Wierzbicki, M. R., French, A. L., Morris, S., Newmann, S., Reno, H. et al. (2020). Randomized trial of lactin-v to prevent recurrence of bacterial vaginosis. N Engl. J. Med., 382 (20), 1906–1915

Colquhoun, H. L., Levac, D., O'Brien, K. K., Straus, S., Tricco, A. C., Perrier, L. et al. (2014). Scoping reviews: time for clarity in definition, methods, and reporting. J Clin Epidemiol, 67(12), 1291-4.

Demirezen, S. (2003). Cytolytic vaginosis: examination of 2947 vaginal smears. Cent Eur J Public Health, 11(1), 23-4.

Ferraz, L., Pereira, R. P. G. & Pereira, A. M. R. C. (2019). Tradução do Conhecimento e os desafios contemporâneos na área da saúde: uma revisão de escopo. Saúde em Debate, 43(2), 200-16.

Hacısalihoğlu, U. P. & Acet, F. (2021). A clinicopathological diagnostic and therapeutic approach to cytolytic vaginosis: an extremely rare entity that may mimic vulvovaginal candidiasis. J Cytol., 38(2), 88-93.

Hills, R. L. (2007). Cytolytic vaginosis and lactobacillosis: consider these conditions with all vaginosis symptoms. Adv Nurse Pract.,15, 45–8.

Hu, Z., Zhou, W., Mu, L., Kuang, L., Su, M. & Jiang, Y. (2015). Identification of cytolytic vaginosis versus vulvovaginal candidiasis. J Low Genit Tract Dis, 19(2),152-5.

Levac, D., Colquhoun, H. & O'Brien, K. K. (2010). Scoping studies: advancing the methodology. Implement. sci., 5(1), 5-69.

Mashburn, J. Etiology, diagnosis, and management of vaginitis (2015). J Midwifery Womens Health, 51, 423-30.

Melo, A., Ossa, X., Fetis, G., Lazo, L., Bustos, L. & Fonseca-Salamanca, F. (2021). Concordance between clinical and laboratory diagnosis of abnormal vaginal discharge in chilean women. Rev Bras Ginecol Obstet., 43(8), 600-607.

Qi, W., Li, H., Wang, C., Li, H., Zhang, B., Dong, M. et al. (2021). Recent advances in presentation, diagnosis, and treatment for mixed vaginitis. Front Cell Infect Microbiol, 11, 759795.

Sanches, J. M., Giraldo, P. C., Amaral, R., Eberlin, M. N., Marques, L. A., Migliorini, I. et al. (2018). Vaginal lipidomics of women with vulvovaginal candidiasis and cytolytic vaginosis: A non-targeted LC-MS pilot study. PLoS One, 13(8), e0202401.

Sanches, J. M., Giraldo, P. C., Bardin, M. G., Amaral, R., Discacciati, M. G. & Rossato, L. (2020). Laboratorial aspects of cytolytic vaginosis and vulvovaginal candidiasis as a key for accurate diagnosis: a pilot study. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 42(10), 634-41.

Suresh, A., Rajesh, A., Bhat, R. M. & Rai, Y. (2009). Cytolytic vaginosis: A review. Indian J Sex Transm Dis AIDS, 30(1), 48-50.

Tricco, A. C., Antony, J., Soobiah, C., Kastner, M., Cogo, E., MacDonald, H. et al. (2016). Knowledge synthesis methods for generating or refining theory: a scoping review reveals that little guidance is available. J. clin. Epidemiol., 73, 36-42.

Venugopal, S., Gopalan, K., Devi, A., Kavitha, A. (2017). Epidemiology, and clinico-investigative study of organisms causing vaginal discharge. Indian J Sex Transm Dis AIDS, 38(1), 69-75.

Xu, H., Zhang, X., Yao, W., Sun, Y. & Zhang, Y. (2019). Characterization of the vaginal microbiome during cytolytic vaginosis using high-throughput sequencing. J Clin Lab Anal, 33(1): e22653.

Downloads

Publicado

25/09/2022

Como Citar

COUTINHO, M. I. .; LIRA NETO, J. C. G. .; FERREIRA, B. de O. Vaginose citolítica: revisão de escopo. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 12, p. e586111235057, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i12.35057. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/35057. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde