Análise do conhecimento farmacológico e padrão de prescrição medicamentosa dos cirurgiões-dentistas da atenção básica no município de Feira de Santana-BA
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35091Palavras-chave:
Saúde Pública; Odontólogos; Prescrições de medicamentos.Resumo
A prescrição inadequada de fármacos em odontologia tem se tornado um problema de saúde pública. O intuito deste estudo foi analisar a forma que os Cirurgiões-dentistas (CDs) da Atenção Básica de Feira de Santana conduzem a prescrição farmacológica. Um total de 26 CDs participaram da pesquisa e responderam um questionário on-line pela plataforma Google Forms. O questionário apresentava perguntas socioeconômicas sobre os medicamentos mais prescritos e suas condutas terapêuticas em situações orais especificas. Com base nos resultados, identificou-se que os medicamentos eleitos pelos CDs é a Dipirona (69,30%) como analgésico, a Nimesulida (61,50%) como anti-inflamatório e Amoxicilina (96,20%) como antibiótico. Nas situações clínicas, 30,9% dos entrevistados indicam a associação de analgésico, anti-inflamatório e antibiótico nos casos de abcesso dentoalveolar. Em quadros de pulpite após urgência endodôntica, a maioria indicou o uso de Analgésico e anti-inflamatório (57,7%). Na pericoronarite inicial foi indicado o uso associado de analgésico, anti-inflamatório e clorexidina 0,12% (30,9%). Já em situações de exodontia simples uma boa parte relatou prescrever anti-inflamatórios (53,8%). A prescrição de corticoides foi eleita em situações pós-traumáticas ou cirurgias invasivas. A profilaxia antibiótica é usualmente prescrita pelos entrevistados em casos de endocardite e diabetes mellitus descompensada. Através dos achados é possível concluir que os cirurgiões dentistas estão prescrevendo os medicamentos de forma adequada. No entanto, é imprescindível desenvolver estratégias para sempre relembrar a importância dos conhecimentos dos fármacos e com base nisso, promover a sua prescrição consciente.
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