Fissura labiopalatina: fatores que interferem no desenvolvimento motor em crianças entre 0 e 18 meses

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35200

Palavras-chave:

Fenda labial; Transtornos das habilidades motoras; Lactentes.

Resumo

Objetivos: Investigar fatores que interferem no desenvolvimento motor em crianças de até 18 meses com fissura lábio palatina. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, de crianças com idade entre 0 e 18 meses que apresentam fissura lábio palatina. O desenvolvimento motor foi classificado de acordo com a Escala Motora Infantil de Alberta (AIMS). E as fissuras lábio palatinas conforme a Classificação de Spina. Resultados e Discussão: Participaram do estudo 103 crianças. O tipo de fissura mais incidente foi a fissura Palatina Pós-forame Incompleta com 21,35% (n=22), mais incidente no sexo feminino com 13,59 % (n=14); sendo que a fissura Labial Unilateral Transforame Completa teve 12,62 % (n=13), com maior incidência no sexo masculino. Observou-se que o tipo de fissura não apresentou correlação significativa com nenhuma das variáveis. Quanto ao desenvolvimento motor, pode-se observar que 53,40 % apresentaram risco ou atraso no desenvolvimento motor. Conclusão: Conclui-se que o desenvolvimento motor possui fatores que interferem na sua evolução, sendo estes a idade/escolaridade materna, idade gestacional e Apgar, porém, não apresentaram correlação com o tipo de fissura.

Referências

Altmann, E. B. C., Vaz, A. C. N., Paula, M. B. S. F., & Khoury, R. B. F. (1997). Tratamento precoce. In: Altmann EBC. Fissuras labiopalatinas. 4a ed. Barueri: Pró-Fono, 291-324.

Alvik, A. (2014). Variáveis que preveem baixos escores de desenvolvimento infantil: A idade materna acima de 30 anos é um dos principais preditores. Revista Escandinava de Saúde Pública. 42(2):113-119.

Amaral, M. I. R., Martins, J. E., & Santos, M. F. C. (2010). Estudo da audição em crianças com fissura labiopalatina não-sindrômica. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, 76(2), 71-164.

Baldin, M. S., Apolônio, A. L. M., Vieira, A. R., Moretti, C. N., & Tabaquim, M. L. E. (2019). Desenvolvimento neuropsicomotor e afetivo-social de bebês com fissura labiopalatina relacionado aos estados de humor materno. Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde da UNIARP. 9(2), 1-15.

Benati, E. R., & Tabaquim, M. L. M. (2018) Habilidade cognitiva motora fina adaptativa de crianças com fissura labiopalatina. Rev. Psicopedag. 35, 35-41.

Borges, A. R. et al. (2014) Fissuras labiais e/ou palatinas não sindrômicas: determinantes ambientais e genéticos. Revista Bahiana de Odontologia, Salvador, 5(1), 48-58.

Borges, L., Macêdo, L., Lima, R., Silva, A., Coelho, S., Conceição, H.N., Pereira, B., & Camara, J. (2020). Avaliação do desenvolvimento motor infantil em crianças de alto risco. Revista de Enfermagem UFPE on line. 14.

Cabral, M. Y. S., Baltazar, M. M. de M., Érnica, N. M., & Bertoldo, M. G. W. (2022). Physiotherapeutic performance in children with cleft lip and palate – Experience report. Research, Society and Development, 11(5), e37411528228. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28228

Cavalheiro, M.G. (2016). Habilidades do desenvolvimento infantil e linguagem de crianças com fissura labiopalatina. Dissertação de Mestrado. Programa de fonoaudiologia, Universidade de São Paulo.

Di Ninno, C. Q. M. S., et al. (2004). O conhecimento de profissionais da área da saúde sobre fissura labiopalatina. Rev Soc Bras Fonoaudiol, 9(2):93-101

Di Ninno, C. Q. M. S., et al. (2011). Levantamento epidemiológico dos pacientes portadores de fissura de lábio e/ou palato de um centro especializado de Belo Horizonte. Rev CEFAC. 13(6):1002-8.

Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.

Gallahue, D. L., Ozmu, J. C., & Goodway, J. D. (2003). Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte.

Gardenal, M, Bastos, P. R. H. O., Pontes, E. R. J. C., & Bogo, D. (2011). Prevalência das fissuras orofaciais diagnosticadas em um serviço de referência em casos residentes no estado de Mato Grosso do Sul. Arq Int Otorrinolaringol. 15(2):133-41.

Hiremath, V. S. et al. (2016). A innovative technique - modified feeding bottle for a cleft palate infant. Journal of Clinical and Diagnostic Research, 10(4), 1-2.

Hoffmann, J., Zimmermann, F., Duca, A. P., Lima, H. do N., & Giannecchini, T. (2022). Perfil epidemiológico de bebês com fissura labiopalatina: uma perspectiva patologia da linguagem da fala. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 11(6), e40511629146. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29146

Li, L, Bao, Y, He, S, Wang, G, Guan, Y, Ma, D. et al. (2016). The Association Between Genetic Variants in the Dopaminergic System and Posttraumatic Stress Disorder: A Meta-Analysis. Medicine (Baltimore).95(11):e3074.

Lima, E.P.A, Carvalho, A.S, Menezes, D.M.V et al. (2015). A ortodontia na atenção multidisciplinar na saúde do paciente fissurado : uma revisão de literatura. Odontol. Clín.-Cient. 4(14), 785-788.

Lopes, I. M. B., Arruda, K. A. (2013). Atuação da fisioterapia na reabilitação de pacientes com anomalias craniofaciais. Bauru: Universidade de São Paulo, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais.

Martelli, D. B. R. et al. (2012). Non sindromic cleft lip and palate: relationship between sex and clinical extension. Braz J Otorhinolaryngol., 78(5), 116- 120.

Martelli-Junior, H., Porto, L.V., Martelli, D.R., Bonan, P.R., Freitas, A.B., Della Coletta, R. (2007). Prevalence of nonsyndromic oral clefts in a reference hospital in the state of Minas Gerais, Brazil, between 2000-2005. Braz Oral Res.21(4):314-7.

Modolin, M. L. A., Cerqueira, E. M. M. (2005). Etiopatogenia. In: ALTMANN, E. B. C. Fissuras Labiopalatinas. (4a ed.), Pró-Fono.

Montagnoli, L.C. (1992). Crescimento de crianças portadoras de fissuras lábio-palatais, de 0 a 2 anos. Ribeirão Preto. Dissertação (Mestrado em Puericultura e Pediatria) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.

Neville, B. W. et al. (2009). Patologia oral e maxilofacial. (3a ed.), Guanabara Koogan, p. 53-98.

Nopoulos, P, Boes, A. D., Jabines, A., Conrad, A. L., Canady, J., Richman, L. et al. (2010). Hyperactivity, impulsivity, and inattention in boys with cleft lip and palate: relationship to ventromedial prefrontal cortex morphology. J Neurodev Disord. 2(4):235-42.

Pachi, P. R. (2005). Aspectos pediátricos. In: Altmann, E. B. C. Fissuras labiopalatinas. 4. ed. Carapicuíba: Pró-fono Departamento. cap. 20, 283-288

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.

Pereira, K. R. G., Saccani, R., & Valentini, N. C. (2016). Cognição e ambiente são preditores do desenvolvimento motor de bebês ao longo do tempo. Fisioterapia e Pesquisa. 23(1)

Piper, M. C. et al. (1992). Construction and validation of the Alberta Infant Motor Scale (AIMS). Canadian Journal of Public Health, 83(2), 46-50.

Ribeiro, T. R., Sabóia, V. P. A., & Fonteles, C. S. R. (2011). Fissuras labiopalatais: abordagem multiprofissional. Brasília Med ,48(3):290-295

Rocha, R, Ritter, D.E, Ribeiro, G.L.U et al. (2015). Fissuras labiopalatinas – diagnóstico e tratamento contemporâneos. Orthod. Sci. Pract. 32(8), 526-540.

Saccani, R., & Valentini, N.C. (2012) Reference curves for the Brazilian Alberta infant motor scale: percentiles for clinical description and follow-up over time. J Pediatria (Rio J). 88:40-7.

Sangali, C., Toni, T., Trubian, F., Lodi, M., Viçosa Bonetti, L., & Saccani, R. (2022). Desenvolvimento motor de prematuros nascidos abaixo de 2.500g no primeiro ano de vida: interferência do crescimento infantil. Saúde e Desenvolvimento Humano. 10. 1-12.

Silva Filho, O. G., & Freitas, J. A. S. (2007). Fissuras labiopalatinas: uma abordagem interdisciplinar. Santos. 17-46.

Silva, E. B. S., Fúria, C. L. B., Di Ninno, C. Q. M. S. (2005). Aleitamento materno em recém-nascidos portadores de fissura labiopalatina: dificuldades e métodos utilizados. Revista CEFAC, 7(1), 21-28.

Silva, L. V., Araújo, L. B., Azevedo, V. M. G. O. (2018). Assessment of the neuropsychomotor development in the first year of life of premature infants with and without bronchopulmonary dysplasia. Rev Bras Ter Intensiva. 30(2):174:80.

Sousa, G. F. T. (2017). Fissuras labiopalatinas no Brasil: prevalência e fatores associados ao retardo do tratamento cirúrgico primário no Sistema Único de Saúde. 91f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.

Spina, V., Psillakis, J. M., Lapa, F. S., Ferreira, M. C. (1972) Classificação das fissuras lábio-palatais: sugestão de modificação. Rev Hosp Clin Fac Med São Paulo. 27(1):5-6.

Strufaldi, M. B. (2016). A criança com fissura labial e fenda palatina na escola. São Paulo.

Tabaquim, M. L. M., Ferrari, J. B., Souza, C. T. (2015). Funções percepto-motoras de crianças com fissura labiopalatina. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 28(1), 89-97.

Tungotyo, M. et al. (2017). The prevalence and factors associated with mal nutrition amongin fants with cleftpalate and/or lip at a hospital in Uganda: a cross-section al study.

Valentini, N. C., & Saccani, R. (2012). Brazilian Validation of the Alberta Infant Motor Scale. PhysTher, 92:440-7.

Vigotski, L. S. (2022). Obras Completas – Tomo Cinco: Fundamentos de Defectologia. / Tradução do Programa de Ações Relativas às Pessoas com Necessidades Especiais (PEE). — Cascavel, PR: EDUNIOESTE, 462-464.

Wyszynski, D. F. (2002). Cleft lip & Palate: from origin to treatment. Oxford University Press.

Zajonz, R., Müller, A. B., & Valentini, N. D. (2008). A influência de fatores ambientais no desempenho motor e social de crianças da periferia de Porto Alegre. Revista da Educação Física/UEM. Maringá, 19(2), 159-171.

Downloads

Publicado

27/09/2022

Como Citar

GANASCINI, V.; BERTOLDO, M. G. W. . Fissura labiopalatina: fatores que interferem no desenvolvimento motor em crianças entre 0 e 18 meses. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 13, p. e34111335200, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i13.35200. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/35200. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde