Investigação sobre as relações entre a Sonata K448 de Mozart com a extinção da memória de medo ao ambiente
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35306Palavras-chave:
Extinção psicológica; Memória; Modelos animais; Música.Resumo
O processo da memória é dividido em fases. A extinção é a fase final, na qual as informações previamente estabelecidas são suprimidas, a partir de um novo processo de aprendizagem. Objetivo: investigar a possível interferência da Sonata K448 de Mozart na extinção da memória de medo ao ambiente. Métodos: Foram utilizados camundongos da linhagem C57BL/6J, divididos em: G1: Mozart (n=7); G2: Ambiente (n=7); e G3: Controle (n=6). Apenas o grupo G1 foi exposto à música a partir da vida intrauterina. Nos dias 50º ao 53º após o nascimento, os animais foram submetidos à Habituação. No 54º dia, realizou-se um Treino Aversivo apenas com G1 e G2. No 55º dia, iniciou-se o Teste de Extinção por doze dias consecutivos com os três grupos. No 81º dia, todos os grupos passaram pelo Teste de Recordação. Os testes foram gravados em vídeo para análise. Os dados foram analisados pelo teste ANOVA de medidas repetidas, sendo considerados significativos p≤0,05. Resultados: Não foi observado efeito principal dos grupos (F (2;16) =2,46; p=0,118), assim como não foi verificada interação dias vs. grupos (F (4,08;32,62) =1,42; p=0,250). Conclusão: N ossos resultados não encontraram alterações na extinção da memória de medo em animais expostos à música clássica, uma vez que o comportamento dos grupos foi semelhante ao longo do tempo.
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