Estabilidade de cor da resina composta quando submetida a diferentes intensidades de luz e soluções corantes
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35495Palavras-chave:
Soluções corantes; Resina composta; Fotopolimerização; Materiais dentários; Odontologia.Resumo
O objetivo desse estudo consistiu em avaliar a estabilidade de cor da resina composta quando submetida a diferentes intensidades de fotopolimerização e substâncias corantes. Foi realizado um estudo in vitro com amostras (n=50) de resina microhíbrida (Spectro Basic, Dentsply Sirona) aleatorizadas em 10 grupos, conforme a distância de fotopolimerização (D1: 0 mm e D2: 8 mm) e as soluções corantes (soro fisiológico, café, suco de uva, refrigerante de laranja e chá). Os dados foram tabulados e analisados por meio do software IBM SPSS. Foram aplicados testes conforme a normalidade (teste de Shapiro-Wilk) e a homoscedasticidade (teste de Levene) e, após essas análises, foi realizado o teste de ANOVA à 1 critério com uma medida repetida, seguido do pós-teste de Sidak. O nível de significância foi fixado em 5%. As diferenças entre a cor inicial e final (ΔWID) foram avaliadas e a mudança de cor foi expressa através do índice de clareamento (WID). O tempo de imersão das amostras nas substâncias foi de 2 meses. Os limites de perceptibilidade e aceitabilidade foram, respectivamente, 0,72 e 2,60 unidades WID. Os valores de psoluções, ptime e pdistância foram significativos (<0,0001). Maiores valores de ΔWID foram observados no grupo refrigerante de laranja (ΔWID = -52,19) e grupo chá (ΔWID -25,23). Concluiu-se que o refrigerante de laranja e o chá foram as bebidas que mais alteraram a cor da resina composta. E a distância de fotopolimerização que obteve a melhor estabilidade de cor da resina foi de 0 mm.
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