A diversidade da macrofauna bêntica no Brasil: uma revisão bibliográfica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35752

Palavras-chave:

Meio aquático; Táxon; Macrofauna bêntica; Arthropoda.

Resumo

O objetivo dessa pesquisa foi levantar informações sobre a pesquisa científica brasileira com o grupo da macrofauna de invertebrados bênticos. As buscas foram realizadas nas principais bases de dados de periódicos científicos online, como: Science Direct, PubMed, Web of Science, Scopus, Scielo (Scientific Eletronic Library Online), Periódicos Capes e Google Scholar, levando em consideração os estudos realizados ao longo de 10 anos (2010 – 2020). Os manuscritos foram tabelados de acordo com as seguintes informações: região do estudo, ambiente em que o estudo foi realizado (dulcícola, marinho ou estuarino), filos de macroinvertebrados mais citado e o tipo de estudo realizado (taxonomia, descrição de um grupo, diversidade, entre outros). As regiões Sul e Sudeste são as que mais possuem trabalhos publicados. A Análise dos Componentes Principais (PCA) destacou que Arthropoda é o táxon que mais possui registro. Dos ambientes estudados o estuarino obteve maior quantidade de estudos sobre Arthropoda no Brasil. Nas pequisas analisadas verificou-se que predomina os estudos de distribuição, caracterização, diversidade, descrição e composição. O fato do status de conhecimento sobre os organismos bênticos estar concentrado na região Sul e Sudeste demonstram que há um deficit dos estudos da fauna bêntica nas demais regiões, demostrando a necessidade de se ampliar as linhas de pesquisas tendo em vista que a fauna bêntica possui grande distribuição por todos os estados brasileiros e são organismos importantes por apresentarem características significativas para a manutenção do meio aquático.

Referências

Almeida, C., Coelho, R., Silva, M., Bentes, L., Monteiro, P., Ribeiro, J., Erzini, K., & Gonçalves, J. M. S. (2008). Use of different intertidal habitats by faunal communities in a temperate coastal lagoon. Estuarine, Costal and Shelf Science, 80(3), 357-364. 10.1016/j.ecss.2008.08.017

Alonso, A. (2006). Valoración del efecto de la degradación ambiental sobre los macroinvertebrados bentónicos em la cabecera del rio Henares. Ecosistemas, 15(2), 101-105. Retrieved from http://www.revistaecosistemas.net/articulo.asp?Id=412&Id_Categoria=2&tipo=otros_contenidos

Amaral, A. C. Z., Denadai, M. R., Turra, A., & Rizzo, A. (2003). Intertidal macrofauna in Brazilian subtropical sandy beach landscape. Journal of Coastal Research, 35(1), 446-455. https://www.researchgate.net/publication/281210686_Intertidal_macrofauna_in_Brazilian_subtropical_sandy_beach_landscapes

Brasil. Ministério do Meio Ambiente. (2002). Avaliação e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade das zonas costeira e marinha. Relatório Técnico, Secretaria de Biodiversidade e Florestas, Brasília, Brasil. https://demersais.furg.br/images/producao/2002_haimovici_relatorio_conservacao_biodiversidade_costeira_marinha.pdf

Bemvenuti, C. E., & Rosa-Filho, J. S. (2000). Estrutura e dinâmica das associações de macroinvertebrados bentônicos dos ambientes estuarinos do Rio Grande do Sul: um estudo de caso. In: Workshop: Avaliação e Ações Prioritárias para a Zona Costeira e Marinha, PROBIO (Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira), 49p. Retrieved from http://www.bdt.org.br/workshop/costa/macroinvert

Bueno, A. A. P., Bond-Buckup, G., & Ferreira, B. D. P. (2003). Estrutura da comunidade de invertebrados bentônicos em dois cursos d’água do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 20(1), 115-125. 10.1590/S0101-81752003000100014

CAIRNS, J. Jr., & PRATT, J. R. (1993) A history of biological monitoring using benthic macroinvertebrates. In: Rosenberg, D. M. & Resh, V. H. (Eds.) Freshwater Biomonitoring and Benthic Macroinvertebrates. Nova Iorque: Chapman & Hall.

Diaz, R. J., Solan, M., & Valente, R, M. (2004). A review of approaches for classifying benthic habitats and evaluating habitat quality. Journal of Environmental Management, 73(3), 165-181. 10.1016/j.jenvman.2004.06.004

Esteves, F. A. (1998). Fundamentos de limnologia. Rio de Janeiro, Brasil, Interciência.

Ellingsen, K. E., & Gray, J. S. (2002). Spatial patterns of benthic diversity: is there a latitudinal gradient along the Norwegian continental shelf. Journal of Animal Ecology, 71(3), 373–389. Retrieved from https://www.jstor.org/stable/2693516

Fernandes, E. B., Ribeiro, F. R., Ferrari, M. F., Spirlandelli, F. P., & Bueno, R. O. (2017). Macroinvertebrados bentônicos presentes no rio de Campo e córrego dos Papagaios, Campo Mourão Paraná. GEOMARE, 8(1), 103-109. https://docplayer.com.br/125134635-Macroinvertebrados-bentonicos-presentes-no-rio-do-campo-e-corrego-dos-papagaios-campo-mourao-parana.html

Ferreira, V. M. B., Souza, J. L. C., & Moraes, M. (2020). Estrutura da comunidade de macroinvertebrados bentônicos em diferentes tipos de habitats em um trecho do rio de Mata Atlântica. Society and Development, 9(2), 16-25. 10.24221/jeap.7.01.2022.3963.016-025

Gilman, E., Ellison, J., Jungblat, V., Vanlavieren, H., Wilson, L., Areki, F., Brighouse, G., Bungitak, J., Dus, E., Henry, M., Sauni Jr. I., Kilman, M., Matthews, E., Teariki-Ruatu, N., Tukia, S., & Yuknavage, K. (2006). Adapting to Pacific Island mangrove responses to sea level rise and other climate change effects. Climate Research, 32(3), 161–176. https://www.researchgate.net/publication/233961858_Adapting_to_Pacific_Island_mangrove_responses_to_sea_level_rise_and_other_climate_change_effects

Hyland, J., Balthis, L., Karakassi, I., Magni, P., Petrov, A., Shine, J.; Vestergaard, O., & Warwick, R. (2005). Organic carbon content of sediments as an indicator of stress in the marine benthos. Marine Ecology Progress Series, v.295(1), 91–103. 10.3354/meps295091

Joly, C. A., Haddad, C. F. B., Verdade, L. M., Oliveira, M. C., Bolzani, V. S., & Berlinck, R. G. S. (2011). Diagnóstico da pesquisa em biodiversidade no Brasil. Revista USP, 89(1), 114-133. 10.11606/issn.2316-9036.v0i89p114-133

Kikuchi, R. M., & Uieda, V. S. (2005). Composição e distribuição dos macroinvertebrados em diferentes substratos de fundo em um riacho do Municipio de Itatinga, São Paulo, Brasil. Entomologia y Vectores, 12(2), 193-231. 10.1590/S0328-03812005000200006

Lalli, C. N., & Parsons, T. R. (1997). Biological oceanography: an introduction. London: Butterworth Heinemann.

Levy, Y. & Ellis, T. J. A system approach to conduct an effective literature review in support of information systems research. Informing Science Journal, (9) p.181-212, 2006. 10.28945/479

Levinton, J. S. (2001). Marine biology: function, biodiversity, ecology. Oxford: Oxford University Press.

Malozzi, J., França, J. S., Araujo, T. L. A., Viana, T. H., Hughes, R. M., & Calisto, M. (2011). Diversidade de habitats físicos e sua relação com os macroinvertebrados bentônicos em reservatórios urbanos em Minas Gerais. Iheringia, Série Zoologia, 101(3) 191-199. 10.1590/S0073-47212011000200006.

Marques, M. G. S. M., Ferreira, R. L., & Barbosa, F. A. R. (1999). A comunidade de macroinvertebrados aquáticos e características limnológicas das Lagoas Carioca e da Barra, Parque Estadual do Rio Doce, MG. Revista Brasileira de Biologia, 59(2), 203-210. 10.1590/S0034-71081999000200004.

Merritt, R. W., Cummins, K. W., & Campbell, E. Y. (2014). Uma Abordagem Funcional Para a Caracterização de Riachos Brasileiros. In: INPA (Ed.), Insetos Aquáticos na Amazônia Brasileira: taxonomia, biologia e ecologia. Manaus, Brasil, Embrapa Meio Norte.

Miloslavich, P., Klein, E., Díaz, J. M., Hernández, C. E., Bigatti, G., Campos, L., Artigas, F., Castilo, J., Penchaszadeh, P. E., Neill, P. E., Carranza, A., Retana, M. V., & Astarloa, J. M. D. (2011). Marine biodiversity in the Atlantic and Pacific coasts of South America: Knowledge and gaps. PLoS ONE, 6(1). 10.1371/journal.pone.0014631.

Neves, R. A., & Valentin, J. L. (2011). Revisão bibliográfica sobre a macrofauna bentônica de fundos não-consolidados, em áreas costeiras prioritárias para conservação no Brasil. Arquivos de Ciências do Mar, 44(3), 59-80. 10.32360/acmar.v44i3.153.

Nichols, R., Hoozemans, F., & Marchand, M. (1999). Increasing flood risk and wetland losses due to sea-level rise: regional and global analyses. Global Environ. Change, 9(1), 69–87. 10.1016/S0959-3780(99)00019-9.

Ocon, C. S., & Paggi, A. C. (2008). Evaluation of zoobenthic assemblages and recovery following petroleum spill in a coastal area of Rıo de la Plata estuarine system, South America. Environmental Pollution, 156(1), 82-89. 10.1016/j.envpol.2007.12.035

Oyanedel, A., Valdovinos, C., Azócar, M., Moya, C., Mancilla, G., Pedreiros, P., & Figueroa, R. (2008). Patrones de distribucion espacial de los macroinvertebrados bentonicos de la cuenca del rio Aysen (Patagonia Chilena). Gayana, 72(2), 241-257. 10.4067/S0717-65382008000200011

Picolotto, V. A. P. (2017). Distribuição de macroinvertebrados bentônicos sésseis de substrato consolidado em um Hotspot de mudanças climáticas, Santa Catarina, Brasil. Universidade Federal de Santa Catarina, Curso de Graduação em Oceonografia, Trabalho de Conclusão de Curso, Florianópolis, Santa Catarina. Retrieved from https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/195783

Pires-Vanin, A. M. S. (1993). A macrofauna bêntica da plataforma continental ao largo de Ubatuba, São Paulo, Brasil. Publicação Especial do Instituto Oceanográfico, (10), p.137-158. Retrieved from https://repositorio.usp.br/single.php?_id=000857675

Popova, E., Yool, A. Byfield, V., Cochrane, K., Coward, A. C., Salim, S. S., Gasalla, M. A., Henson, S. A., Hobday, A. J., Pecl, G. T., Sauer, W. H., & Roberts, M. L. (2016). From global to regional and back again: Common climate stressors of marine ecosystems relevant for adaptation across five ocean warming hotspots. Global Change Biology, 22(6), 2038–2053. 10.1111/gcb.13247.

Przeslawski, R., Ahyong, S., Byrne, M., Worheide, G., & Hutchings, P. (2008). Beyond corals and fish: the effects of climate change on noncoral benthic invertebrates of tropical reefs. Global Change Biology, 14(12), 2773–2795. 10.1111/j.1365-2486.2008.01693.x.

Ribeiro, L. O., & Uieda, V.S. (2005). Estrutura da comunidade de macroinvertebrados bentônicos de um riacho em serra da Itatinga, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, 22(3), 613- 618. 10.1590/S0101-81752005000300013

Seeliger, U., & C. Odebrecht, J.P. (1998). Castello (eds.). Os ecossistemas costeiro e marinho do extremo sul do Brasil. Rio Grande, Brasil. Editora Ecoscientia.

Snelgrove, P. V.R. (1998). The biodiversity of macrofaunal organisms in marine sediments. Biodiversity and Conservation, (7), 1123-1132. 10.1023/A:1008867313340.

Taniwaki, R. H., & Smith, W. S. (2011). Utilização de macroinvertebrados bentônicos no biomonitoramento de atividades antrópicas na bacia de drenagem do Reservatório de Itupararanga, Vorantim -SP, Brasil. Journal of the Health Sciences Institute, 29(1), 7-10. Retrieved from https://repositorio.unip.br/journal-of-the-health-sciences-institute-revista-do-instituto-de-ciencias-da-saude/utilizacao-de-macroinvertebrados-bentonicos-no-biomonitoramento-de-atividades-antropicas-na-bacia-de-drenagem-do-reservatorio-de-itupararanga-votorantim-sp-brasil/

Teles, F. H., Linares, M. S., Rocha, P. A., & Ribeiro, A. D. (2013). Macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores no Parque Nacional da Serra de Itabaiana, Sergipe, Brasil. Revista Brasileira de Zoociências, 15(3), 123-137. https://www.researchgate.net/publication/278019719_Macroinvertebrados_Bentonicos_como_Bioindicadores_no_Parque_Nacional_da_Serra_de_Itabaiana_Sergipe_Brasil

Tundisi, J. G., & Tundisi, T. M. (2008). Limnologia. São Paulo: Oficina de Textos.

Tundisi, J. G., Tundisi, T. M., & Rocha, O. (2006). Ecossistemas De Águas Interiores. In: Rebouças, A. Da C.; Braga, B. & Tundisi, J. G. (orgs). Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação, São Paulo, Escrituras.

Venturini, N., & Tommasi, L.R. (2004). Polycyclic aromatic hydrocarbons and changes in the trophic structure of Polychaete assemblages in sediments of Todos os Santos Bay, Northeastern, Brazil. Marine Pollution Bulletin, v. 48 (2), p.97-107. 10.1016/S0025-326X(03)00331-X.

Downloads

Publicado

16/10/2022

Como Citar

SOARES, H. S. .; PESTANA, S. S.; BARROS, M. F. de S.; SOUSA, R. R.; OLIVEIRA, V. M. de; CARVALHO NETA, R. N. F. . . A diversidade da macrofauna bêntica no Brasil: uma revisão bibliográfica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 13, p. e583111335752, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i13.35752. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/35752. Acesso em: 26 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão